segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Receita joinvilense para jogar dinheiro público no esgoto


Na edição 072 do JOI (Jornal O Joinvilense) o colunista Brian de Catuha faz considerações pertinentes sobre o muro que se levantava às margens do rio Cachoeira, em frente a prefeitura.
Destaquei apenas a coluna, nesta postagem, mas o jornal está na íntegra aqui.
Após a veiculação do periódico acompanhei vários outros joinvilenses comentando, indignados, o mesmo tema, principalmente nas redes sociais.
O muro já está pronto. Agora o topo dele está à mesma altura da pista da ponte azul.
Fazendo coro com o Brian de Catuha, não consigo entender como esta mureta vai impedir ou minimizar as inundações naquela região.
A obra, no meu ponto de vista, é muito mais para jogar dinheiro público fora e ou remanejar recursos para contas bancárias de empreiteiras do que resolver o problema "supervalorizado" das históricas enchentes de Joinville.
Sim, supervalorizado porque é só se perguntar quantas enchentes acontecem por ano naquela região?

Qual o prejuízo público/privado que estas enchentes provocam?
Quanto tempo as águas ficam ocupando aquela área, nas respectivas enchentes?
Se se responder com isenção é possível concluir que podem ser muitos milhares de reais de grana pública sendo posta em obra que provavelmente não se justifica.
Também quero entender qual é a mágica da Prefeitura, mais especificamente dos engenheiros do IPPUJ, para fazer com que as águas na calha do rio, levantada com o muro acima do nível das bocas-de-lobo, não invadam as vias um metro mais baixo?
Não tenho conhecimento de que um muro possa neutralizar a lei da gravidade.
Outra iniciativa simples também me parece incompleta. A Avenida Beira Rio, nestes últimos meses, tem sido palco de inusitados acidentes. Tratam-se de atropelamentos, com mortes, de animais silvestres como as capivaras.

Há anos o IVC (Instituto Viva Cidade) vem reivindicando a instalação de placas de sinalização de trânsito às margens do rio Cachoeira indicando a presença de animais silvestres.
O trecho compreendido entre o Mercado Público e a ponte da rua Itaiópolis é o mais crítico.
Na última AGE (Assembleia Geral Extraordinária) de 2014, a diretoria e associados do IVC destacaram a iniciativa da Prefeitura em instalar placas de trânsito que sinalizam, aos motoristas, a presença de animais silvestres na região.
Adilson Lopes da Silva (vice-presidente do IVC), Mauro Ronchi, Julium Schramm, Juventino de Souza, João Carlos Farias (presidente do IVC) e Daiane Couto da Cunha na última AGE de 2014

 Fui conferir as placas e encontrei apenas duas no trecho entre o Mercado Público e a Prefeitura.
Trechos muito mais vulneráveis não têm as comemoradas placas. Mais vulneráveis porque animais como as capivaras ou os jacarés podem sair do leito do rio e parar nas vias que margeiam o Cachoeira nesta região central, como tem acontecido algumas vezes. Tanto que o IVC produziu e postou, na internet, um vídeo alerta.
Da ponte azul até um pouco mais rio acima além da ponte da rua Itaiópolis, as margens do Cachoeira felizmente ainda não têm paredões de concreto ou pedra. São naturais, ricas em flora e fauna. E neste longo percurso não encontrei nenhuma placa sinalizando a presença de animais silvestres. Este trecho urbano do rio é concentrado de tartarugas-de-água-doce, capivaras, preás, jacarés etc.
As placas deveriam estar instaladas em todo o curso com espaçamento máximo de 50 metros entre uma e outra, e nos dois lados das margens do rio Cachoeira.
Na região em frente ao Museu Sambaqui, por exemplo, o muro de concreto, às margens do rio, é baixo e coberto por vegetação e areia. Ali, inclusive, é um dos pontos que o IVC têm vários registros do jacaré Fritz tomando banho de sol e de fácil acesso à via pelo animal. Um ponto de risco potencial não sinalizado.
O IVC (Instituto Viva Cidade), que desde 2008 monitora o rio Cachoeira, tem denunciado crimes ambientais cometidos por empresas e também administradores públicos.
Mas, também, realizado projetos de educação e conscientização ambiental e parcerias públicas e privadas em defesa da natureza.
A mais recente atuação da entidade foi reunir-se com o Secretario de Meio Ambiente do município para solicitar uma ação em defesa da vida destes animais silvestres, no centro mais urbano da cidade.
O secretário municipal Juarez Tirelli mobilizou imediatamente sua equipe e os setores da Prefeitura de Joinville para minimizar os acidentes com os animais às margens do rio Cachoeira na região central.
De acordo com Tirelli, será executada ainda neste ano de 2014 a roçada da vegetação que tomou conta do espaço destinado à calçada entre o meio fio e as margens do rio. Há meses não tem sido realizada essa manutenção e, em alguns trechos, a vegetação alta chega ao meio fio.
Animais como as capivaras têm sido atropelados e mortos nestes últimos meses. Com a roçada, tanto os motoristas, como os próprios animais terão visibilidade e tempo suficiente para evitar novas tragédias.
Preás, dezenas deles, habitam as margens do rio Cachoeira, no centro de Joinville

 O IVC destacou ao secretário preocupação com a roçada, pois na gestão passada a Prefeitura cometeu um dos maiores crimes ambientais contra o Cachoeira decepando toda a vegetação até o leito do rio.
O ato insano foi interrompido após denúncias do IVC e de outras entidades e ambientalistas, como pode ser visto nesta matéria: As cobras do governo petista de Carlito Merss.
O comprometimento do atual Secretário Municipal de Meio Ambiente e sua imediata mobilização para atender esse pedido do IVC anima os ambientalistas.
Todavia, mais placas de sinalização de trânsito identificando a presença de animais silvestres deveriam ser instaladas.  Nas vias às margens do Cachoeira a velocidade máxima permitida também deveria ser a mais baixa possível. E o corte da vegetação, rotineiro.
A somatória destas ações reduziriam ainda mais o risco de acidentes com motoristas e mortes de indefesos animais que tornam a vida, no caos urbano joinvilense, mais diversa e contemplativa.


Outras postagens neste blog com as temáticas, administração pública e política
Heil Dilma
 







segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Heil Dilma

Na tarde de 07 de dezembro de 2014, fui ao chamamento do senador Aécio Neves. Eu e outras aproximadamente duas mil e quinhentas pessoas, segundo um policial militar que pediu para não ser identificado porque não poderia ser porta-voz dessa informação. Respeitei-o e, dada minha experiência de anos organizando grandes eventos em Joinville, SC, como Festa das Flores e Fenachopp, conferi que o policial sabia o que dizia.
Fiquei surpreso com tudo o que vi e ouvi naquela tarde. A começar por esta imagem.
É possível que eu tenha sido o único que conseguiu registrar o cartaz do "Heil Dilma", pois cheguei cedo, às 14h30, ao MASP, na Avenida Paulista. E quando vi os organizadores do caminhão de som com a faixa do Movimento Brasil Livre colando o cartaz, fiz a foto imediatamente.
Meu ato chamou a atenção de uma mulher que estava na calçada (o dedo que aponta o cartaz é dela) que ao ver meu crachá de jornalista deve ter sentido que o cartaz poderia trazer complicações e mandou retirá-lo. "Tirem isso daí que vai dar merda", no que foi atendida imediatamente.
Basicamente esse era o nível do evento convocado por Aécio Neves, pró impeachment (impedimento) de Dilma Rousseff.
Lobão ficou de bobão
Com uma hora de atraso chegava na Avenida Paulista outra liderança do "Fora Dilma" o Lobão. Ainda distante uns 100 metros do MASP fiz este registro.
Gosto desta foto. É um quadro perfeito para um debate semiótico. Lobão, cães que ladram (eram dois, um está atrás do ex cantor), moradores de rua, Itaú, Avenida Paulista... Emblemática a foto, neste seu tempo! 
Lobão ficou de bobão no evento. Ele até chegou alegre, dando autógrafos e posando para fotos. Mas, não demorou muito para mudar o seu humor. Bobão, quero dizer, Lobão estava puto com o Aécio. E naquele momento, isso já era perto das 17h, ainda não sabia ele que o senador, naquela tarde ensolarada, estava curtindo a Bela & Santa Catarina, mais especificamente a praia de Balneário Camboriú.
Para muitos gostos

Havia uma linha de produção de cartazes para muitos gostos.







 Quando cheguei, embaixo do vão do MASP estavam centenas de pessoas que participavam de um evento do Movimento Superação com dezenas de cadeirantes, familiares e simpatizantes presentes.
Mas, os integrantes do Movimento Vem pra Rua tinham pressa, e oito minutos antes do seu horário invadiram o tempo dos praticantes de um dos mais justos atos de cidadania. O desrespeito dos apressados obrigou os deficientes a gritarem mais alto do seu caminhão para terem o que lhe era de direito assegurado e combinado.
Ânimos acalmados e, terminado o evento do Superação, esperava para entrar em cena um grupo de percussionistas carioca; surdos, que ocupariam o espaço. Foram impedidos de armar seus tambores embaixo do MASP sob berros de integrantes do Movimento Brasil Livre e intervenção de populares que foram interceder em favor dos surdos, pois tinham a certeza de que seriam agredidos. E por pouco não aconteceu.
Os cariocas foram, desolados, para o outro lado da Avenida Paulista. Não vi se depois voltaram.

As animosidades não cessaram. Eram 3 caminhões de som. Movimento Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre,  Movimento Intervenção Militar Já.
Também estava lá outro caminhão, do www.ronaldobrasileiro.com.br. Era muito caminhão para pouca areia...
Num determinado momento, manifestantes que desejam o golpe militar começaram a agredir violentamente verbalizando palavrões contra Dilma Rousseff. Os integrantes do Movimento Brasil Livre se obrigaram a gritar que eram contra a intervenção militar, tal a violência verbal.
Os ânimos se agitaram no piso do MASP e a Polícia Militar se viu obrigada a fazer uma barreira dupla de policiais para separar os integrantes dos dois movimentos.

Eu acompanhava estas manifestações como a maioria dos brasileiros. Pelos veículos de comunicação e internet. Me assustava. Confesso que saí de São Paulo mais tranquilo.
Os reacionários que estavam lá, naquela que seria a maior mobilização contra a Dilma, a última do ano, liderada pelo seu opositor maior, foi um fiasco. Não há discurso.
Sobra ódio.
E muita mentira
No domingo, acessei o facebook e vi uma postagem de um ex-candidato a vereador pelo PSDB joinvilense.  O empresário, que estava em Joinville, postou um link com uma imagem borrada de uma aglomeração em frente ao prédio da Fiesp afirmando tratar-se do evento do dia 07. Tratava-se de mais uma das tantas mentiras postadas nas redes sociais pelos opositores de Dilma.
Mais uma das tantas mentiras veiculadas na grande mídia, como a capa da Veja às vésperas das eleições. Uma revista que se transformou num panfleto político partidário dos mais mentirosos deste país. E mesmo depois de desmascarada, a revista, ainda havia cartazes com aquela vergonhosa capa desfilando também no evento dia 07...
Por isso estou aliviado. Porque o PIG (Partido da Imprensa Golpista) tem contra ele a internet, as redes sociais, para desmascará-lo imediatamente.
Não sou. Nunca fui. E provavelmente nunca serei petista. Fui até tratado como inimigo na gestão petista joinvilense. É só conferir postagens feitas neste blog.
Mas, também sei odiar.
Odeio a mentira.
Odeio o golpismo.
Odeio o reacionarismo.
Odeio a hipocrisia.
Estou aliviado porque neste caso os protagonistas destes meus ódios são poucos. Numericamente insignificantes. Poderosos, sim! Mas, a sociedade brasileira na sua maioria é de gente do bem. De Brasileiros que irão às últimas das suas forças para manter e fortalecer o regime democrático.
E isto quer dizer que também devemos permitir que reacionários, mentirosos, hipócritas e odiosos possam se manifestar. Assim é a democracia.
Mas liberdade é diferente de libertinagem... como a desta imagem:

Ou como as agressões verbais ditas por manifestantes que ocuparam o carro de som do Movimento Intervenção Militar. "Chega dessa Dilma Filha da Puta, Vagabunda..."

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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Carta aos líderes do MSP - Movimento O Sul é o Meu País

Hoje, às 19h, acontece, em Joinville, no Hotel Slaviero, encontro do Movimento O Sul é o Meu País. Este é o documento que envio às lideranças do evento:

"Lideranças do Movimento O Sul é o Meu País,
É com tristeza que escrevo, pois preferia estar com vocês nesse encontro na cidade onde vivo desde 1977, Joinville, SC.
Todavia, como estou Procurador Regional Sul Brasileiro da Defensoria Social, fui convocado para uma reunião em São Paulo, para tratar de assuntos relativos à denúncia internacional que estamos liderando contra o Governo Catarinense e a Tupy Fundições S.A. Estamos articulando internacionalmente a denúncia do criminoso uso de rejeitos industriais de fundições em obras públicas e também como matéria-prima em outros artefatos públicos e privados. O assunto é tão grave que meu parceiro, Leonardo Aguiar Morelli, ex-Secretário Geral da Defensoria Social, foi encontrado morto em quarto de hotel em Florianópolis, em dezembro de 2013, quando estávamos ultimando essa mesma denúncia junto à ONU (Organização das Nações Unidas). Morte totalmente suspeita e ainda não explicada pelas autoridades. Por isso tenho, também, uma reunião na ONG Article19 na capital paulista.
Justificada a minha ausência quero registrar a preocupação com o que tenho lido e ouvido entre simpatizantes do MSP. É inadmissível que reacionários, racistas e preconceituosos posicionem-se com suas execráveis opiniões em nome do MSP.
Mais execrável ainda é já ter conferido essa prática em algumas lideranças do MSP. Pior é estar vendo o Movimento cair na vala comum do reacionarismo político/partidário do momento eleitoral e ver supostos simpatizantes do MSP fazendo coro preconceituoso contra nossos irmãos do norte e nordeste.
Foi em Joinville, sob nossa liderança, que o MSP encontrou seu acertado caminho para levantar a bandeira do plebiscito e, só depois do resultado, se for para a separação, tornar-se um movimento separatista. Sem preconceito, sem racismo, sem reacionarismo, sem violência...
Nascemos, em Joinville, como “Movimento de Conscientização Plebiscitária O Sul é o Meu País”. E se assim continuar a ser, as novas lideranças que se enfileiram à causa poderão contar com o meu apoio. Caso contrário, devo me transformar numa liderança de oposição ao MSP.
Oposição também farei a todos aqueles que instigam ao ódio e ao preconceito contra qualquer ser humano, no caso do MSP, contra os nordestinos ou contra qualquer criatura que não seja sulista brasileira.
O MSP pode estar sendo imprudente em realizar estes eventos neste momento político/eleitoral, pois os reacionários contra o MSP estão se aproveitando para disseminar que somos preconceituosos e racistas como têm se apresentado tantos opositores ao atual Governo Federal. E sabemos que bastam poucos minutos de exposição nacional manipulada para esvaziar, quase de morte, tudo que construímos. Vi isso acontecer. Senti na pele, alguns anos atrás. Com escarrada na minha face sob xingamentos de “nazista”...
Na esperança de que o bom senso domine esse encontro sob a exemplar liderança de meu estimado amigo Celso Deucher, desejo sucesso ao evento e crescimento à causa que é contra a centralização governamental do modelo brasileiro que penaliza os Sulbrasileiros."
Leia mais sobre o assunto:

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

IVC denuncia prefeituras de Araquari e Balneário Barra do Sul na CGU

As prefeituras dos municípios vizinhos de Balneário Barra do Sul e Araquari, SC, também estão sendo denunciadas na CGU (Controladoria Geral da União).
Como pode ser visto na primeira página do documento, trata-se da denúncia de uso de recursos públicos federais do Ministério do Turismo em obras sob suspeita de superfaturamento e crime ambiental.


A obrigatoriedade do uso de rejeitos industriais da Tupy Fundições S.A., a maior empresa do mundo no seu setor, é o que mobiliza os voluntários do IVC (Instituto Viva Cidade) à denúncia que também foi copiada para outras autoridades:
√ Izabella Teixeira, Ministra do Meio Ambiente;
√ Vinicius Lages, Ministro do Turismo;
√ Lúcia Gomes Vieira Dellagnelo, Secretária de Estado de Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina;
√ Ademar Henrique Borges, Prefeito Municipal de Balneário Barra do Sul e
√ João Pedro Woitexem, Prefeito Municipal de Araquari.
Na página 2 o documento revela que as obras denunciadas permitem à Tupy Fundições S.A. livrar-se de milhares de toneladas de rejeitos industriais que deveriam ser destinados à aterros industriais controlados.

Esta iniciativa complementa denúncias anteriormente feitas aos Ministérios Públicos Federal e Estadual (SC) e que tem sido prioridade editorial em jornais da região como na edição 071 do JOI (Jornal O Joinvilense). No fim deste post, dezenas de outros links para diversas reportagens sobre o tema.
Na página 3 o documento também faz referência ao meu blog por centralizar dezenas de matérias destes diversos veículos que resgatam mais de dez anos de denúncias contra a prática criminosa de uso e descarte de rejeitos industriais de fundições na região nordeste de Santa Catarina.
O objetivo dos ambientalistas associados ao IVC é impedir a continuidade das obras que já iniciaram e que podem provocar gravíssimos prejuízos ao meio ambiente.
Abaixo, seguem mais links para quem quiser se contextualizar sobre o tema:

Leia mais sobre o tema:
Defensoria Social e IVC denunciam prefeitura de Balneário Barra do Sul no MPF

IVC reage à graves violações
Morte de Ambientalista. Aumentam suspeitas sobre Joinville
Ambientalista morto tem seu último pedido atendido
"O GIGANTE acuado" já está na livraria
12/12/12, uma data enigmática
Defensoria Social escolhe Joinville
 

R$ 50 milhões de indenização
Uma arma à cabeça, um tiro. Jornalismo é profissão de risco
Loteamento com aterro de rejeitos é denunciado pela Defensoria Social
Minha casa, o fim da minha vida
"Deus" tremendo filho da puta
Imperdível, assustador, pois o veneno está à mesa
Acontecimentos inesperados, consequências de incalculáveis repercussões
Diálogos para um Brasil Sustentável
Livro de jornalista joinvilense é destaque em campanha nacional
Fui eleito Parceiro da Paz e Sustentabilidade
Jornalismo continuado, denúncias têm desdobramentos
Sindicato analisa posicionamento em defesa de jornalista
Radialista alerta atitude perigosa da Tupy Fundições
Prossegue o embate sobre areias de fundição
Reação de gigante poluidor contra jornalista joinvilense
 



quinta-feira, 31 de julho de 2014

Superação da timidez para falar em público

Ver uma pessoa, que ao longo da sua vida é reconhecida como tímida e incapaz de enfrentar uma plateia, superar esse desafio e apresentar-se para uma audiência das mais difíceis do mundo, não tem preço!
Foi isso que dezenas de pessoas presenciaram na noite de 28 de julho de 2014. A maioria dos presentes era composta por oradores profissionais, formados desde abril de 1979 pelo COL (Clube de Oratória e Liderança) de Joinville, SC.
Vejam esta gravação feita na noite de 21 de julho, no primeiro módulo do Curso de Oratória e Liderança com Ênfase em Desinibição.

Ao assistir o vídeo acima, são flagrantes algumas características da timidez do jovem eletricista montador Daniel Steil Alves, que foi estimulado pela empresa onde trabalha, a Fabio Perini, a fazer o curso do COL, já que Alves precisa fazer apresentações profissionais.
De um total de 20 horas do curso esta segunda filmagem foi realizada com menos 16 horas de treinamento. Confira o resultado:

O jovem tem apenas 17 anos e, no evento festivo, de formatura, fez uma apresentação de dois minutos. Com o tema "A importância da oratória na sociedade contemporânea", ele admitiu que jamais imaginou-se capaz de falar em público como naquele momento.
Em outro exercício no decorrer do curso, Alves foi incapaz de praticá-lo. Logo nos primeiros segundos "deu branco" e não conseguiu cumprir sua tarefa que era para uma pequena plateia de colegas que estava ali basicamente com os mesmos objetivos dele!

Durante o curso ele aprendeu técnicas que também superam o "branco".
É muito gratificante ajudar as pessoas a recuperarem uma das mais naturais e instintivas características humana, a de falar em público.
Daniel Steil Alves foi eleito, por seus COLegas, o orador que teve a "Maior Evolução" durante o curso e recebeu, além do certificado, um troféu por essa conquista, no evento de formatura.

Outro eleito foi o analista tributário da Receita Federal do Brasil, Paulo Sérgio Augusto, 45. Ele foi considerado, pelo grupo, também em votação secreta, o "Melhor Orador" da turma. Assim como todos os participantes, Augusto também recomenda o treinamento por considerá-lo bem elaborado e rico em conteúdo. "Já estou recomendando, pois trata-se de um curso que prepara muito mais do que apenas para falar em público. Aqui aprendemos a minimizar as sensações ruins, potencializar as boas e, principalmente, nos enxergar como somos".
Outro jovem, também com apenas 17 anos, aproveitou as férias escolares e veio de Antônio Carlos, município próximo à capital catarinense, Florianópolis, aperfeiçoar sua habilidade de fala em público.
Filipe Alexandre Schmitz, que não tem problemas de timidez, mas quer se comunicar com técnica, diz que se tornou um orador de verdade, "e quem sabe, outra pessoa".
Ana Lúcia Cava Galvão, assistente de marketing da ASAAS, que inscreveu três colaboradores neste curso e mais dois para o próximo, que acontece em novembro de 2014, diz que o curso também acrescentou muito à sua vida, não apenas pelas técnicas de oratória, como também na trajetória pessoal. "O curso é fantástico, excelente, pois é bastante focado em potencializar as habilidades de cada aluno com técnicas didáticas e práticas. Também se mostrou, e provou ser, de grande valia para a formação do espírito de liderança e das responsabilidades de ser um líder".

Leia mais sobre o tema neste blog:
A humildade burra
TIFO é o jeito certo de apresentar pessoas
UFPR e Clube de Oratória renovam parceria
Os maiores medos do mundo
Cada bunda um som
Trânsito e liderança
A oratória da liderança
COL e UFPR firmam parceria para formar empreendedores
Clube de Oratória decide parcerias com a SDR Joinville e Ajidevi
Formar líderes e oradores é missão do COL
Superação do medo e da inibição
Vídeo COL ênfase política
Vídeo COL ênfase liderança Vídeo "O rio que teima pela vida"
COL forma mais 16 oradores
Bons oradores têm melhores cargos e salários
O maior medo do mundo tem cura
Melhor oradora e maior evolução
Escolas de jornalismo não ensinam oratória
Comunicação é coisa difícil
Golpistas são excelentes oradores
Oratória para candidatos
Livro com resgate histórico dos primeiros 25 anos do COL
CEO - Curso de Especialização em Oratória com Ênfase em Liderança

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Defensoria Social e IVC denunciam prefeitura de Balneário Barra do Sul no MPF

O MPF (Ministério Público Federal) já recebeu pedido de investigação do Edital de Concorrência Pública 01/2014, da Secretaria Municipal de Administração e Finanças de Balneário Barra do Sul, que pretende contratar empresa de engenharia para as obras da rua Salina, com 7,644 km de extensão.
A denúncia foi protocolada pelo IVC (Instituto Viva Cidade) e Procuradoria Regional Sul Brasileira da Defensoria Social em Joinville, SC, na tarde de 09 de maio de 2014.
Entre a documentação apresentada pelo presidente do IVC, o ambientalista João Carlos Farias, destaca-se reportagem do  JOV (Jornal O Vizinho).
Os ambientalistas receberam denúncias de que o edital fora montado para beneficiar a empresa joinvilense Vogelsanger. Na edição 815 do JOV, que fora editada uma semana antes da divulgação do resultado do edital, foi codificado o nome da empresa, que já se sabia seria vencedora, na “Receita”, na página 2. Como se pode conferir, na primeira coluna, letras maiúsculas estão destacadas no meio de palavras, numa sequência que revela o nome da VOGELSANGER.
Na ata oficial da abertura dos envelopes das concorrentes, no dia 05 de maio, a PMBBS (Prefeitura Municipal de Balneário Barra do Sul) divulga como vencedora a MJRE Construtora Ltda, mas logo abaixo destaca “O consórcio Balneário Barra do Sul…” numa suposta tentativa de esconder o nome da Vogelsanger.
Alguns dias depois, associados do IVC tiveram acesso à cópia da Promessa de Constituição do Consórcio Balneário Barra do Sul onde se confirma a Vogelsanger Pavimentação Ltda, como a segunda empresa do suposto consórcio.
A edição 815 do JOV foi distribuída em três mil domicílios de Balneário Barra do Sul no dia 30 de abril, cinco dias antes da abertura dos envelopes que revelariam os nomes das empresas concorrentes e da vencedora. "Fomos informados que as cartas já estavam marcadas. Por isso usamos o artifício de codificar o nome da empresa que seria a vencedora conforme a fonte nos revelou", explica Farias.
Foi anexado ao  processo parecer de especialista que ajudou a "decifrar" o referido edital revelando também supostas artimanhas e falta de seriedade do mesmo que podem lesar os cofres públicos (com superfaturamento da obra), beneficiar a Tupy Fundições S.A. (que pode se desfazer de milhares de toneladas de rejeitos num volume cinco vezes maior do que prevê o edital) e legalizar um possível crime ambiental sem precedentes na história catarinense.
Em setembro de 2013 o Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente) aprovou resolução que permite o uso de rejeitos industriais de fundições em obras públicas.

Para os ambientalistas o mais grave na obra que o edital contrata é o uso destes rejeitos, pois já existe outra ação no MP contestando o governo do estado de Santa Catarina através da ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 02.2014.00004403-1. Como o processo jurídico é lento, muitas empresas podem aproveitar essa morosidade para se livrar de gigantescos passivos ambientais.
Os ambientalistas pedem ao MPF que priorize a investigação para evitar que milhões de toneladas de rejeitos industriais da Tupy Fundições S.A. sejam espalhados em solo público catarinense, o que poderá promover incorrigível contaminação ambiental e consequências imprevisíveis à saúde humana, flora e fauna da região.

Leia mais sobre o tema:
IVC reage à graves violações
Morte de Ambientalista. Aumentam suspeitas sobre Joinville
Ambientalista morto tem seu último pedido atendido
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12/12/12, uma data enigmática
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R$ 50 milhões de indenização
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Loteamento com aterro de rejeitos é denunciado pela Defensoria Social
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Sindicato analisa posicionamento em defesa de jornalista
Radialista alerta atitude perigosa da Tupy Fundições
Prossegue o embate sobre areias de fundição
Reação de gigante poluidor contra jornalista joinvilense 


Publicações feitas em outros veículos de comunicação sobre o tema:
Jornal O Vizinho (JOV)
Edição 748 do JOV (Jornal O Vizinho) - Edição comemorativa de aniversário de Joinville com destaque de capa para o tema (reúso de areias de fundições) com entrevista exclusiva do representante da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) nas páginas 6 e 7.
Edição 750 do JOV - Destaque de capa para entrevista com o Bispo Diocesano de Joinville, Dom Irineu Roque Scherer e editorial sobre a denúncia da Defensoria Social.
Edição 751 do JOV - Destaque de capa para o embate sobre o tema com publicação na íntegra, de nota da Tupy Fundições S.A. (direito de resposta) e alerta da Defensoria Social sobre o que qualifica de ações intimidatórias da empresa contra o jornal, nas páginas 4 e 5.
Edição 752 do JOV - Destaque de capa alerta que a Calçada do 62 BI pode ser apenas a ponta do iceberg com reportagem da cobertura jornalística de audiência pública na CVJ (Câmara de Vereadores de Joinville) nas páginas 6 e 7 e comentário em editorial.
Edição 753 do JOV - Destaque de capa para as novas denúncias feitas por vereadores contra o reuso de areias de fundições e repercussão do tema noutros veículos nas páginas 6 e 7.
Edição 760 do JOV - Destaques de capa para resposta da Fatma/SC aos questionamentos feitos pelos vereadores sobre o reúso das areias de fundições
Edição 761 do JOV - e edição 046 do JOI - Destaques de capa para resposta do prefeito de Joinville às perguntas dos vereadores sobre os casos de suspeita de câncer e suas relações com as areias de fundição
Edição 762 do JOV - Destaque na coluna de meio ambiente na página 4, alerta da Defensoria Social sobre a "Decisão Duvidosa" da prefeitura de Joinville em oficializar o reuso das areias de fundições.
Edição 771 do JOV - Destaque na contra capa com a matéria "Parceiro da Paz e da Sustentabilidade"
Edição 772 do JOV - Destaque na contra capa anuncia que o editor do JOV fora eleito com "Prêmio da ONU"
Edição 783 do JOV - Destaque de capa denuncia movimento das indústrias para o reuso das areias de fundição como "fertilizante"
Edição 784 do JOV - Destaque na contra capa que Joinville lidera iniciativa de uso de rejeito industrial na produção de alimentos
Edição 785 do JOV - Destaque de capa: Rejeitos de fundição podem virar "fertilizante"
Edição 786 do JOV - Reportagem de capa destaca que homenagem a joinvilense seria feita na Rio+20 teria sido boicotada pelo governo Dilma
Edição 787 do JOV - Destaque de capa denuncia uso de areias de fundição em obra do Programa do Governo Federal "Minha Casa, Minha Vida"
Edição 790 do JOV - Livro doado ao AHJ (Arquivo Histórico de Joinville)
Edição 791 do JOV - Livro doado ao AHJ (Arquivo Histórico de Joinville)
Edição 792 do JOV - Doação de livros à Biblioteca Pública Municipal de Joinville
Edição 805 do JOV - Consema libera uso de rejeitos de fundições
Edição 806 do JOV - Consema libera uso de rejeitos de fundições
Edição 808 do JOV - Ambientalista é encontrado morto em quarto de hotel

Edição 809 do JOV - Aumentam suspeitas sobre Joinville
Edição 810 do JOV - Entidade internacional une-se ao IVC na proteção a ambientalistas
Edição 815 do JOV - Rejeito Industrial joinvilense é base de obra pública barrasulense

Jornal O Joinvilense (JOI)
Edição 045 do JOI
- Destaque de capa para a resposta da Fatma que faz crescer suspeita contra fundição
Edição 040 do JOI - (Jornal O Joinvilense) - Destaque de capa para os riscos do reúso de areias de fundições contaminadas com o cancerígeno fenol e complemento de reportagem na pág. 3
 
Edição 046 do JOI - Destaque de capa para resposta do prefeito de Joinville às perguntas dos vereadores sobre os casos de suspeita de câncer e suas relações com as areias de fundição.
Edição 050 do JOI - Destaque na contra-capa reporta Prêmio da ONU ao editor do jornal
Edição 056 do JOI - Reportagem de capa destaca que iniciativa joinvilense mobiliza resistência nacional contra uso de rejeitos industriais na agricultura
Edição 057 do JOI - Reportagem de capa revela que Defensoria Social reage a ação do Palácio do Planalto
Edição 059 do JOI - O Gigante Acuado
Edição 060 do JOI - Livro recém lançado já integra acervo histórico

Edição 068 do JOI - Violência contra ambientalistas estimula parceria de Oscip joinvilense com movimento internacional

Jornal O Garuvense (JOG)
Edição 032 do JOG (Jornal O Garuvense) - Nota na página 8 sobre a repercussão nacional feita no JOV
Postagem neste blog sobre a reação da empresa contra esse jornalista e o JOV
Edição 33 do JOG - Destaque na coluna de meio ambiente na página 8 sobre o evento na Câmara de Vereadores de Joinville.
Edição 37 do JOG - Destaque na coluna de meio ambiente na página 8 sobre a denúncia nacional contra a Tupy Fundições S.A. no Anuário Brasil Sustentável.
Edição 042 do JOG - Destaque na coluna de meio ambiente na página 8, alerta da Defensoria Social sobre a "Decisão Duvidosa" da prefeitura de Joinville em oficializar o reúso das areias de fundições
Edição 047 do JOG - Destaque de capa sobre o Prêmio da ONU
Edição 060 do JOG - Destaca na capa que rejeitos de fundições podem virar "fertilizante"
Edição 062 do JOG - Destaca na capa que o Palácio do Planalto teria boicotado homenagem a joinvilense na Rio+20
Edição 064 do JOG - Areias de fundição, mais uma denúncia
Edição 065 do JOG - 50 milhões de indenização
Edição 066 do JOG - Livros doados Biblioteca Pública Municipal de Garuva

Edição 072 do JOG - Ambientalistas propõem parcerias com o governo garuvense
Edição 077 do JOG - Ambientalista encontrado morto investigava crimes ambientais nos rios de Garuva
Edição 078 do JOG - IVC reage às violações à ambientalistas e jornalistas

Jornal O Araquariense (JOA)
Edição 001 do JOA - Destaque de capa sobre o Prêmio da ONU
Edição 015 do JOA - Destaca que Joinville lidera iniciativa de uso de resíduo industrial na agricultura  

Edição 017 do JOA - Anuncia a criação do TSI (Tribunal Social Internacional
Edição 019 do JOA - Areias de fundição, mais uma denúncia
Edição 021 do JOA - Obra literária de jornalismo investigativo
Edição 029 do JOA - Consema libera uso de rejeito de fundições

Edição 030 do JOA - Morte de ambientalista é alívio para empresários da região
Edição 031 do JOA - IVC firma parceria com ONG internacional

terça-feira, 1 de abril de 2014

UFPR e Clube de Oratória renovam parceria

Acadêmicos da UFPR (Universidade Federal do Paraná) têm mais uma oportunidade de qualificação.
Já está confirmada a realização do Curso de Oratória e Liderança com Ênfase em Desinibição nos dias 17 e 18 de maio de 2014.
O evento está sendo viabilizado aos acadêmicos com subsídio pelo COL (Clube de Oratória e Liderança) de Joinville, pois a entidade tem entre os seus objetivos "Estimular a eficiência e promover altos padrões éticos no desempenho dos negócios e das profissões".
Com 20 horas de duração em cinco módulos de quatro horas cada, três no sábado e dois no domingo, o curso está sendo oferecido por apenas R$ 200,00 e podem participar principalmente acadêmicos e professores do CEM (Centro de Estudos do Mar) da UFPR, funcionários e alunos de outros Campi. Algumas vagas são oferecidas também a comunidade.

A iniciativa é do Projeto Mar Adentro, uma parceria entre a empresa junior Maris e o Camar (Centro Acadêmico de Oceanografia).
De acordo com a acadêmica do curso de Oceanografia Bruna Fernanda, é um projeto coordenado pelos membros da Maris e do Camar. "E são esses acadêmicos que participam da organização antes, durante e depois de cada curso". Este curso, que acontece pelo segundo ano consecutivo em Pontal do Sul (PR), no CEM, conta também com a parceria do COL. "Renovamos a parceria com o Clube de Oratória e Liderança por conta do sucesso do curso realizado no ano passado, pelo feedback positivo e pelo grande número de alunos interessados este ano", justifica Bruna.
Interessados em participar neste curso têm mais informações na internet, https://www.facebook.com/maradentroufpr?fref=ts.
O projeto "Mar Adentro" tem como missão capacitar os participantes para o mercado de trabalho. Assim, vem oferecendo cursos, com preços acessíveis a realidade universitária, que não são encontrados nas grades curriculares de Oceanografia e Aquicultura.
Há 35 anos o COL vem formando oradores e líderes em Joinville, SC. No período de 07 a 14 de abril acontece o primeiro curso do ano aberto a comunidade. Interessados neste curso em Joinville têm mais informações no link: http://www.clubedeoratoria.org.br/reserva_de_inscricoes%20curso%20oratoria.htm

Leia mais sobre o tema neste blog:
Os maiores medos do mundo
Cada bunda um som
Trânsito e liderança
A oratória da liderança
COL e UFPR firmam parceria para formar empreendedores
Clube de Oratória decide parcerias com a SDR Joinville e Ajidevi
Formar líderes e oradores é missão do COL
Superação do medo e da inibição
Vídeo COL ênfase política
Vídeo COL ênfase liderança Vídeo "O rio que teima pela vida"
COL forma mais 16 oradores
Bons oradores têm melhores cargos e salários
O maior medo do mundo tem cura
Melhor oradora e maior evolução
Escolas de jornalismo não ensinam oratória
Comunicação é coisa difícil
Golpistas são excelentes oradores
Oratória para candidatos
Livro com resgate histórico dos primeiros 25 anos do COL
CEO - Curso de Especialização em Oratória com Ênfase em Liderança

quinta-feira, 13 de março de 2014

A morte do "juiz festeiro"

A morte do ator Paulo Goulart neste dia 13 de março de 2014 me deixa um pouco mais triste que muitos. Isso porque além de ter sido fã dele e de sua mulher, Nicette Bruno, que formavam um casal admirável, tive a oportunidade de conhecê-los pessoalmente, passar algumas horas juntos e jantarmos. Foi num dos festivais de cinema de Paulínia, SP.
A intimidade do jantar com o simpático e generoso casal foi um momento marcante entre tantos outros que tive em diversas edições daquele importante festival. Numa das edições fiz uma das entrevistas que mais têm acesso no meu canal do youtube. Conversei com o ex-chefe do tráfico de uma favela carioca,  Washington Luis de Oliveira Miras, numa entrevista exclusiva que está em alguns vídeos. E uma outra com o artista plástico Vik Muniz...
Mas, não é sobre isso que decidi escrever. A perda é o asssunto, mas de um amigo mais próximo. Não tão famoso como Paulo Goulart, ou o ex-traficante "Tsiu". Mas, uma figura humana inesquecível. Divertida. E que deixou marca na Fenachopp.

A Fenachopp foi uma das mais importantes festas de Joinville que ocorria em Outubro, 
durante o período da Oktoberfest, de Blumenau.
Aqui, estou no camarote com duas rainhas. Sentindo-me rei...

 Tínhamos, no intervalo da troca das bandas, um momento muito esperado pelos festeiros. Enquanto uma saía e a próxima montava e regulava seus instrumentos, eu e José Volpato de Souza, às vezes acompanhados de outros amigos, ocupávamos o espaço para interagir com o público.
Acontecia nesse momento a esperada disputa do Choppemduzia. Era uma competição com 3 participantes sorteados a cada noite para o desafio de beber 12 copos de chopp no menor tempo possível.

José Volpato (cronômetro na mão) e eu estamos com os chapéus típicos fiscalizando
mais uma competição que era coordenada, nesta noite, pelo atual presidente 
da Câmara de Vereadores de Joinville, João Carlos Gonçalves

Várias destas competições tinha um juiz de verdade. Volpato ainda morava em Joinville, e se durante o dia atuava no Fórum do município, a noite ele estava lá conosco, no palco, como "juiz" da competição. Era tudo muito divertido.
Volpato representava o Lions Club. Eu o COL (Clube de Oratória e Liderança). Estas eram as duas entidades organizadoras da Fenachopp, parceiras do empresário Laércio Beckhauser, criador da festa.
A Fenachopp não existe mais. O "juiz" do choppemduzia também. Nesta vida tudo é passageiro mesmo. Pelo menos ficam as lembranças. Muito boas. Inesquecíveis. Como o jeito de ser e de viver do desembargador...

Mais sobre os Festivais de Cinema de Paulínia:
Ex-traficante agora é astro de cinema
Festival de cinema de Paulínia de 2010
Premiados do Festival de Paulínia de 2009
Zuenir Ventura no Festival de Cinema de Paulínia


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

"Administrar Joinville é como jogar pôquer", afirma Udo Döhler

A recente reforma administrativa anunciada pelo prefeito Udo Döhler de Joinville, SC, não foi surpresa para os ambientalistas do IVC (Instituto Viva Cidade). O anúncio da extinção da Fundema já era esperado.
O que surpreendeu foi o prefeito Udo Döhler, nos últimos minutos da entrevista coletiva em seu gabinete, afirmar que a administração pública se parece com um jogo de pôquer.
Bem preparado, o prefeito teceu seus comparativos entre o jogo e as dificuldades do ofício público e justificou a reforma administrativa que já enviara à Câmara de Vereadores de Joinville.
O destaque da reforma está na extinção da Fundema Joinville, pois o empresário, agora prefeito, diz que o maior e mais industrializado município catarinense está perdendo investimentos por conta da burocracia e da morosidade de licenciamentos.
Assim, a Fundação de Meio Ambiente está para ser extinta e criada a Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente. Esta nova "super-secretaria" deverá absorver os serviços da Fundema, da Infraestrutura Urbana, na área de consultas, alvarás e licenciamentos, e do ITTRAN, na área de manutenção de praças, parques e jardins. 
Quando foi concedida a palavra aos jornalistas, perguntei ao prefeito se a dissimulação faria parte da estratégia de governo com essa reforma, considerando a afirmação anterior dele e que essa estratégia é o segredo do sucesso no jogo de pôquer.
Udo Döhler disse que a reforma proposta traz ao governo mais pessoas "competentes, honestas e íntegras". Que não serão criados novos cargos, que será incrementada nos próximos cinco meses, que também terá modificações nos segundo e terceiro escalões de governo, e que vai permitir à Prefeitura buscar muitos recursos dos Governos Federal e Estadual para poder cumprir seu plano de governo.

O prefeito destacou ao longo da sua apresentação, e enfatizou no fim, que quanto menor a burocracia, menor o desvio de conduta. "E não nos desviaremos dessa nossa busca em nenhum momento".
A diretoria do IVC já encaminhou ofício ao presidente do legislativo joinvilense e demais vereadores pedindo que não aprovem a reforma, na íntegra. O documento, assinado pelo presidente da entidade, administrador João Carlos Farias, e por seu vice, marinheiro aposentado Adilson Lopes da Silva, considera a extinção da Fundema "o maior retrocesso ambiental de Joinville".
Farias diz que essa proposta de extinção da fundação, de submeter sua equipe e funções a uma secretaria, tem tudo para permitir grandes prejuízos ambientais ao município. "A Fundema perde o status de fundação para a submissão política e administrativa como um singular departamento da nova secretaria", lamenta o ambientalista.
O documento entregue aos vereadores relembra que a Fundema Joinville foi a primeira fundação de meio ambiente criada no Brasil, em 1990. "Iniciativa comemorada por ambientalistas nacionais e internacionais, dezenas de outros municípios optaram pelo mesmo caminho, pois estas entidades têm mais autonomia e menor submissão política e partidária".
Os ambientalistas não concordam que essa mudança seja justificada por conta da burocracia e destacam a qualidade do prefeito como gestor, como administrador. "Se havia morosidade nos processos burocráticos, esse era um problema a ser resolvido por mudanças de gestão, qualidade reconhecida no prefeito em sua carreira na iniciativa privada. Era nessa prática, de melhoria de gestão, para tornar a Fundema ainda mais atuante na fiscalização, autuação, educação e conscientização ambiental que os ambientalistas apostavam".

O documento finaliza demonstrando a decepção com o poder executivo e deposita esperanças no legislativo. "Mas, a decepção é a tônica dos ambientalistas que pedem ao poder legislativo que dê uma das mais importantes contribuições ao futuro para a melhor qualidade de vida dos joinvilenses. Que impeça a extinção da Fundema e que, ao contrário, crie leis que possam torná-la ainda mais atuante na recuperação, preservação e conscientização ambiental".

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

IVC reage às graves violações à liberdade de expressão de jornalistas e defensores ambientais/sociais

Denunciar graves violações à liberdade de expressão de jornalistas e defensores sociais/ambientais. Essa é a razão/motivação da mais recente parceria do IVC (Instituto Viva Cidade). Diretoria da entidade ambientalista, consolidada desde 2008 no voluntariado, aprovou iniciativa com a Artigo 19 Brasil.
 Sede da Artigo 19 Brasil - Edifício das Bandeiras - Rua João Adolfo, 118 - Conjunto 802 - São Paulo, SP
Tive a missão de entregar, em mãos, o documento decidido na primeira reunião de 2014 do IVC, como pode ser conferida a decisão unânime na ata do evento. Esse é o teor do documento entregue em São Paulo, capital, na manhã do dia 14 de fevereiro de 2014:
Não foi surpresa quando fui contatado pela entidade no início do ano, pois a morte suspeita do jornalista e ambientalista Leonardo Aguiar de Oliveira Morelli tem despertado interesses de entidades nacionais e internacionais que acompanham casos tão suspeitos.
Quando fui entrevistado por profissional da www.article19.org, compreendi a importância do contato, pois a entidade considera a violência e a intimidação as interferências mais evidentes na liberdade de expressão. Deste janeiro de 1987 atuo como empreendedor na área da comunicação, e nos últimos anos também como jornalista profissional (DRT-SC-JP 003371). Tenho sentido na pele essa afirmação.
A Artigo 19 Brasil declara que "quando se agride um jornalista ou um defensor dos direitos humanos por seu trabalho, coloca-se em risco não apenas a capacidade de expressão individual, mas também a possibilidade de toda uma coletividade obter informações, conhecer, comunicar e tomar decisões de forma livre, autônoma e independente. Ao violar a liberdade de expressão de um indivíduo, portanto, viola-se o direito da sociedade como um todo".
Noutro artigo que escrevi neste blog em 2012 intitulado "Uma arma à cabeça, um tiro. Jornalismo é profissão de risco", relatei dois momentos quando a violência pelos meus escritos e denúncias provocaram reações que muita gente duvida possa ocorrer em Joinville. Mas, ocorreram. Comigo.
Segundo a Artigo 19, no Brasil e em outros países da América do Sul, jornalistas, radialistas, editores, defensores dos direitos humanos, ativistas ambientais ou sociais, lideranças rurais e blogueiros estão sendo mortos e constantemente intimidados. "Eles são ameaçados, porque têm um ponto de vista específico sobre os assuntos públicos, porque têm uma opinião, fazem denúncias e defendem seus juízos de valores".
A partir de agora, a morte suspeita do Amigo Leonardo Morelli também faz parte dos estudos e acompanhamentos da Artigo 19. A entidade defende que além da obrigação negativa de não violar os direitos humanos, o Estado tem a obrigação de tomar medidas positivas para impedir qualquer tipo de ataque que objetive silenciar pessoas. "Ainda que a violência seja cometida por outros atores. Se as autoridades são incapazes de prevenir as violações à liberdade de expressão, elas são obrigadas a investigar as suas circunstâncias e processar os responsáveis".
Agora, minha investigação jornalística sobre a morte suspeita de Morelli, além do apoio do IVC, conta com o acompanhamento da Artigo 19 Brasil que defende: "A finalidade de tal investigação deve ser permitir que as vítimas ou seus familiares possam descobrir a verdade sobre os fatos, saber quem são os autores das violações e obter uma reparação adequada. Uma investigação insuficiente ou inadequada constitui um incentivo para todos os violadores dos direitos humanos. Todos têm direito à vida, à liberdade e à segurança".


Mais postagens sobre o caso Morelli:

Morte de Ambientalista. Aumentam suspeitas sobre Joinville
Ambientalista morto tem seu último pedido atendido
"O GIGANTE acuado" já está na livraria

12/12/12, uma data enigmática
Defensoria Social escolhe Joinville  

R$ 50 milhões de indenização
Uma arma à cabeça, um tiro. Jornalismo é profissão de risco
Loteamento com aterro de rejeitos é denunciado pela Defensoria Social
Minha casa, o fim da minha vida
"Deus" tremendo filho da puta
Imperdível, assustador, pois o veneno está à mesa
Acontecimentos inesperados, consequências de incalculáveis repercussões
Diálogos para um Brasil Sustentável
Livro de jornalista joinvilense é destaque em campanha nacional
Fui eleito Parceiro da Paz e Sustentabilidade
Jornalismo continuado, denúncias têm desdobramentos
Sindicato analisa posicionamento em defesa de jornalista
Radialista alerta atitude perigosa da Tupy Fundições
Prossegue o embate sobre areias de fundição
Reação de gigante poluidor contra jornalista joinvilense