sexta-feira, 27 de maio de 2011

Radialista alerta atitude "perigosa" da Tupy contra jornalista de Joinville

Líder em audiência em Joinville com seu programa matinal Breakfast da Rádio Cultura AM/FM e Jovem Pan, o radialista Osny Martins, no dia 27 de maio de 2011, destacou o tema que temos abordado com prioridade editorial em nossos jornais nos últimos meses. O caso do reuso das areias de fundições ficou, inclusive, com uma enquete na internet no sítio www.osnymartins.com.br.
Na ocasião, Martins destaca o "ranço ditatorial de décadas passadas" promovido pela Tupy Fundições S.A. de forma pessoal contra mim. Segue, na integra, o que comentou o radialista:

"Muito disputada a enquete de nosso site esta semana. Como você analisa a denúncia sobre a reutilização da areia usada em fundição? A maior parte da população, porém, mostrou-se ou preocupada seriamente com a denúncia, ou pelo menos querendo estudos e análises profundas e técnicas sobre o caso. Estão com estas alternativas um total de 51,4% do total de votantes.
Já pelo outro lado, dizendo que a denúncia é bobagem e que a sua reutilização não tem problema algum estão 46,5% do total. Votaram na alternativa “Não sei responder” os restantes 2,1%.
Por mais respeito que tenhamos com as pessoas que estão denunciando o caso, parece claro que torcemos pelas empresas que reutilizam a areia, afinal de contas, Joinville já está enfrentando problemas demais, para ter que encarar mais este. Tomara que tudo fique explicado e que a ação em favor do reuso da areia de metalúrgica seja confirmada como uma ação válida e ecologicamente correta. Seria muito bom para Joinville.
Entretanto, cumpre deixar claro que causou estranheza a forma totalmente desbaratada como os acontecimentos se sucederam em torno do caso. Não foram poucos os tuítes, os e-mails e até ligações telefônicas que recebemos de forma grosseira e covarde. Gente em boa parte desqualificada e mal educada que tinha a clara missão de intimidar ou de encerrar o assunto. Do que tem medo?
Alguns chegaram a transbordar seu ranço anti-democrático ao explicar que por participarem de alguma forma de pesquisas sobre o assunto, não admitia o beneplácido da dúvida, da busca por análises e estudos independentes e técnicos.
Por mais que torçamos para que as empresas estejam cobertas de razão e que tudo não passe de equívoco, jamais poderemos fazer vistas grossas a uma denúncia feita por pessoa que merece respeito, vinda de uma entidade de mais respeito ainda, como a CNBB.
Por isso mesmo, lamentavelmente, somos obrigados aqui a alertar a sociedade joinvilense pela forma grotesca como algumas empresas, inclusive de fora de Joinville, se portaram diante do episódio. Evidência disso foi levar claque a uma audiência pública na Câmara de Vereadores. Claque? Pra que claque numa discussão técnica? A massa de manobra foi levada por empresas ao Legislativo para tentar minimizar a denúncia. O que conseguiram foi exatamente o contrário.
Ao agir desta forma pouco inteligente, as empresas mostraram claramente o medo que tem da denúncia. Caso contrário, munida de pesquisas que dizem possuir, não deveria haver qualquer temor que análises técnicas profundas e independentes, fossem realizadas. O que temem?
Outra postura perigosamente interessante que percebemos e que, igualmente, causou estranheza, foi a forma desnecessariamente áspera com que uma empresa se referiu não ao técnico que faz a denúncia, mas ao jornalista que a veiculou, num claro ranço ditatorial de décadas passadas. A culpa é da imprensa? Altamir Andrade do jornal O Vizinho sofreu uma clara tentativa de ser desacreditado, quando caberia a empresa simplesmente manifestar seu ponto de vista. O ato evidenciou de novo, que por trás da denúncia, uma verdade muito diferente da que queremos pode surgir. Só isto justificaria a falta de compostura de alguns, o uso da massa de manobra e de alguns técnicos que não explicaram até agora o que temem?
A própria votação em nosso site é outro ponto claro da ação orquestrada por empresas. Caso contrário, parece óbvio, a sociedade joinvilense que vê na denúncia pelo menos algo a ser investigado, teria uma vantagem muito maior do que realmente aconteceu. Por todo este quadro, infelizmente, chegamos a conclusão de que pode ter sujeira neste meio mesmo. Só teme investigação de uma denúncia quem tem algo a esconder.
Se a denúncia estivesse sendo feita por alguém de Joinville, com interesse politiqueiro por exemplo, poderia ainda se argumentar que o cara estaria visando quem sabe uma candidatura a vereador no ano que vem. Não é o caso. O técnico que faz a denúncia não é daqui, é funcionário da CNBB que realiza, por seu lado, a campanha da fraternidade 2011 voltada ao meio ambiente.
O símbolo deste quadro pode ser retratado na postura do vereador Roberto Bisoni demonstrada na Câmara, durante a audiência pública. Ele disse com sua tradicional e natural fala fácil e simples: “… então é por isso que tem tanta gente com câncer na vizinhança da empresa”!!!
Pelo sim, pelo não, por que não investigar? O que temem as empresas? Não é melhor sanear quaisquer dúvidas e prosseguir depois num trabalho reverenciado pela seriedade e comprovadamente livre de toxicidade? Preferem continuar nesta postura de buscar ridicularizar jornalista e desqualificar o denunciante, além de mandar sua massa de manobra pressionar? Tá pegando muito mal e deixando transparecer muito claramente que empresas que reutilizam a areia da metalurgia tem o que esconder… tem o que temer."

terça-feira, 24 de maio de 2011

Das minhas janelas

Podemos dividir a humanidade em dois grupos, criacionistas e evolucionistas. Os primeiros acreditam que o homem é obra de um "Deus" que o fez a Sua imagem e semelhança. Os do segundo grupo, do qual faço parte, creem que somos seres em evolução há milhões de anos.
Apesar disso, gosto do livro dos cristãos. A bíblia é um livro espetacular, reconheço. Tem uma passagem no Antigo Testamento que diz: "Monte de Deus é o monte de Basã, monte elevado é o monte de Basã. Por que tendes inveja, montes elevados, do monte que Deus escolheu para morar? O Senhor vai morar nele sempre". (Sl 68, 16-17.
Moro num monte que para mim pode ser o Basã que nenhum cristão ainda pode afirmar com certeza qual é essa montanha na qual Deus quis morar.  Das janelas da minha casa tenho paisagens fantásticas.

Nesse vídeo feito no mês de abril uma amostra do que vejo da janela do meu quarto com frequência. Essa bela ave é um "Jacu", típico da Mata Altântica. Bandos deles frequentam meu quintal e árvores. Chegam a ter o tamanho de um peru.
Aqui mais um momento único. Parte do bando caminha no gramado com uma elegância e despreocupação doméstica. Ainda não tenho certeza, mas me parece que o de papo vermelho é o macho.

O amanhecer visto do meu monte é uma obra de arte dinâmica. Fiz duas outras postagens nesse blog sobre o local: http://jornalistaandrade.blogspot.com/2011/01/brincando-com-lua.html e http://jornalistaandrade.blogspot.com/2011/01/bons-lugares-para-viver.html com algumas fotos.
Me considero um privilegiado. Além dessas enormes aves uma pequena e de grande valor comercial começa a frequentar minhas janelas. Trata-se do curió.
Mas, como nem tudo é perfeito, gatos da vizinhança (pelo menos três) também têm aparecido por aqui. Por enquanto só tenho visto penas de rolinhas pelos gramados. Menos mal. Elas são tão "idiotas" quanto as gaivotas do filme Procurando Nemo. Por isso não me incomodo muito. Espero nunca encontrar penas de saíras, curiós, jacus, jacutingas, tucanos... Ai, meu Deus!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Em breve mais um jornal na região norte de Santa Catarina

Araquari, SC, município vizinho de Joinville, já articula lançamento da primeira edição do seu jornal

"Olha a macuquinha ali". Assim exclamou o prefeito de Araquari, em comemoração, ao ver na internet a página do Jornal O Araquariense no sítio http://www.oaraquariense.com.br/ na manhã do dia 20 de maio de 2011.
Prefeito João Pedro Woitexem (PMDB) e o Vice-Prefeito Paulino Sérgio Travasso vibram ao ver a imagem do trem (Macuquinha) em frente à prefeitura como papel de fundo no sítio do jornal de Araquari na internet

O empresário Jorge Mazotto reuniu-se com o prefeito e o vice-prefeito de Araquari para articular o lançamento da primeira edição do JOARA (Jornal O Araquariense). O encontro contou também com a presença do Secretário Executivo da ACIAA (Associação Empresarial e Agrícola de Araquari). Arnaldo Cunha saiu do encontro comprometido com os demais de convocar uma reunião na entidade empresarial para o prefeito João Pedro Woitexem sensibilizar os empresários ao apoio para o lançamento do jornal.
João Pedro Woitexem, Paulino Sérgio Travasso, Arnaldo Cunha e Jorge Mazotto estão empenhados na viabilização do jornal de Araquari

Segundo o prefeito, o lançamento de um jornal exclusivo do município é uma iniciativa oportuna, pois a cidade está em acelerado crescimento, muitas empresas estão se instalando e os órgãos públicos também poderão se comunicar melhor com os munícipes.
Acompanhei a reunião como jornalista e editor executivo do novo jornal que teve um primeiro encontro informal de avaliação de oportunidade a pouco mais de um ano.
Há 20 anos editando o JOV (Jornal O Vizinho), a empresa (Bureau de Comunicação) é proprietária também do JOI (Jornal O Joinvilense) e do JOG (Jornal O Garuvense). "Pretendemos lançar e consolidar o JOARA ainda em 2011", diz o empresário Jorge Mazotto.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Areias de fundição. Prossegue o embate

O tema ganha repercussão também em outros veículos, como o jornal Gazeta de Joinville na edição 372 de 16 a 20 de maio de 2011com reportagem de página inteira (8). O mesmo em rádio que durante a mesma semana foi um dos temas mais debatidos na Rádio Jovem Pan/Cultura AM-FM de Joinville no programa Breakfast do radialista Osny Almeida Martins

Na edição 748 do JOV (Jornal O Vizinho), comemorativa aos 160 anos de Joinville, publicamos entrevista exclusiva com o Secretário Geral da Defensoria Social, jornalista Leonardo Aguiar Morelli. A matéria denuncia a inadequada reciclagem das areias de fundição da Tupy na produção de tijolos que pavimentam a calçada que contorna o 62o BI (Batalhão de Infantaria) no bairro Atiradores. Ele afirma que o material é contaminante de graves conseqüências à saúde humana por conter elemento cancerígeno (fenol), classifica a ação da empresa e da prefeitura como prática de crime ambiental e diz que pode ser pedida a prisão do prefeito Carlito Merss.
Na edição 750 do JOV, outra entrevista, com o bispo diocesano de Joinville, Dom Irineu Roque Scherer, líder na região de Joinville da Campanha da Fraternidade da CNBB, que nesse ano tem como tema “Fraternidade e Vida no Planeta”. O bispo comenta a denúncia da Defensoria Social e diz que é um caso complexo, mas que a igreja também tem essa função, de debater o tema e contar com o apoio de especialistas no assunto.
Na Semana Santa, a Tupy Fundições S.A. publica em outros jornais matéria paga como “Nota de esclarecimento” desqualificando as denúncias da Defensoria Social, o JOV (Jornal O Vizinho) e o jornalista e avisa que estaria tomando providências judiciais.
Na edição 751 do JOV publicamos outra nota da Tupy Fundições (espaço não pago e considerado direito de resposta) que faz graves acusações contra o secretário geral da Defensoria Social. Na mesma edição noticiamos o embate que aconteceria na CVJ (Câmara de Vereadores de Joinville no mês de maio.
Nessa edição 752 do JOV reportamos o evento acontecido na CVJ no dia 11 de maio e alguns desdobramentos. Estes os principais destaques da edição:

Calçada do 62 BI pode ser apenas a ponta do iceberg
Denúncia da Defensoria Social contra a Tupy Fundições S.A., prefeitura de Joinville e Fundema traz à tona outros possíveis crimes ambientais cometidos em passado recente

Governo do Estado tem prejuízo milionário
Perda pode chegar a quase 30 milhões

Vai faltar água
Mais da metade dos municípios brasileiros pode ter problemas de abastecimento de água até 2015. Cia Águas de Joinville investe para evitar desperdícios

Governar o governo
Reduzir custos em 15% é meta de Raimundo Colombo para aplicar em prioridades da população

Mais uma ponte no Cachoeira
O prefeito Carlito Merss assegurou em Brasília recursos para a construção da ponte sobre o rio Cachoeira entre as ruas Aubé e Plácido Olímpio de Oliveira, ligando os bairros Boa Vista e Bucarein