A intimidade do jantar com o simpático e generoso casal foi um momento marcante entre tantos outros que tive em diversas edições daquele importante festival. Numa das edições fiz uma das entrevistas que mais têm acesso no meu canal do youtube. Conversei com o ex-chefe do tráfico de uma favela carioca, Washington Luis de Oliveira Miras, numa entrevista exclusiva que está em alguns vídeos. E uma outra com o artista plástico Vik Muniz...
Mas, não é sobre isso que decidi escrever. A perda é o asssunto, mas de um amigo mais próximo. Não tão famoso como Paulo Goulart, ou o ex-traficante "Tsiu". Mas, uma figura humana inesquecível. Divertida. E que deixou marca na Fenachopp.
A Fenachopp foi uma das mais importantes festas de Joinville que ocorria em Outubro,
durante o período da Oktoberfest, de Blumenau.
Aqui, estou no camarote com duas rainhas. Sentindo-me rei...
Tínhamos, no intervalo da troca das bandas, um momento muito esperado pelos festeiros. Enquanto uma saía e a próxima montava e regulava seus instrumentos, eu e José Volpato de Souza, às vezes acompanhados de outros amigos, ocupávamos o espaço para interagir com o público.
Acontecia nesse momento a esperada disputa do Choppemduzia. Era uma competição com 3 participantes sorteados a cada noite para o desafio de beber 12 copos de chopp no menor tempo possível.
José Volpato (cronômetro na mão) e eu estamos com os chapéus típicos fiscalizando
mais uma competição que era coordenada, nesta noite, pelo atual presidente
da Câmara de Vereadores de Joinville, João Carlos Gonçalves
Várias destas competições tinha um juiz de verdade. Volpato ainda morava em Joinville, e se durante o dia atuava no Fórum do município, a noite ele estava lá conosco, no palco, como "juiz" da competição. Era tudo muito divertido.
Volpato representava o Lions Club. Eu o COL (Clube de Oratória e Liderança). Estas eram as duas entidades organizadoras da Fenachopp, parceiras do empresário Laércio Beckhauser, criador da festa.
A Fenachopp não existe mais. O "juiz" do choppemduzia também. Nesta vida tudo é passageiro mesmo. Pelo menos ficam as lembranças. Muito boas. Inesquecíveis. Como o jeito de ser e de viver do desembargador...
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