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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Carta aos líderes do MSP - Movimento O Sul é o Meu País

Hoje, às 19h, acontece, em Joinville, no Hotel Slaviero, encontro do Movimento O Sul é o Meu País. Este é o documento que envio às lideranças do evento:

"Lideranças do Movimento O Sul é o Meu País,
É com tristeza que escrevo, pois preferia estar com vocês nesse encontro na cidade onde vivo desde 1977, Joinville, SC.
Todavia, como estou Procurador Regional Sul Brasileiro da Defensoria Social, fui convocado para uma reunião em São Paulo, para tratar de assuntos relativos à denúncia internacional que estamos liderando contra o Governo Catarinense e a Tupy Fundições S.A. Estamos articulando internacionalmente a denúncia do criminoso uso de rejeitos industriais de fundições em obras públicas e também como matéria-prima em outros artefatos públicos e privados. O assunto é tão grave que meu parceiro, Leonardo Aguiar Morelli, ex-Secretário Geral da Defensoria Social, foi encontrado morto em quarto de hotel em Florianópolis, em dezembro de 2013, quando estávamos ultimando essa mesma denúncia junto à ONU (Organização das Nações Unidas). Morte totalmente suspeita e ainda não explicada pelas autoridades. Por isso tenho, também, uma reunião na ONG Article19 na capital paulista.
Justificada a minha ausência quero registrar a preocupação com o que tenho lido e ouvido entre simpatizantes do MSP. É inadmissível que reacionários, racistas e preconceituosos posicionem-se com suas execráveis opiniões em nome do MSP.
Mais execrável ainda é já ter conferido essa prática em algumas lideranças do MSP. Pior é estar vendo o Movimento cair na vala comum do reacionarismo político/partidário do momento eleitoral e ver supostos simpatizantes do MSP fazendo coro preconceituoso contra nossos irmãos do norte e nordeste.
Foi em Joinville, sob nossa liderança, que o MSP encontrou seu acertado caminho para levantar a bandeira do plebiscito e, só depois do resultado, se for para a separação, tornar-se um movimento separatista. Sem preconceito, sem racismo, sem reacionarismo, sem violência...
Nascemos, em Joinville, como “Movimento de Conscientização Plebiscitária O Sul é o Meu País”. E se assim continuar a ser, as novas lideranças que se enfileiram à causa poderão contar com o meu apoio. Caso contrário, devo me transformar numa liderança de oposição ao MSP.
Oposição também farei a todos aqueles que instigam ao ódio e ao preconceito contra qualquer ser humano, no caso do MSP, contra os nordestinos ou contra qualquer criatura que não seja sulista brasileira.
O MSP pode estar sendo imprudente em realizar estes eventos neste momento político/eleitoral, pois os reacionários contra o MSP estão se aproveitando para disseminar que somos preconceituosos e racistas como têm se apresentado tantos opositores ao atual Governo Federal. E sabemos que bastam poucos minutos de exposição nacional manipulada para esvaziar, quase de morte, tudo que construímos. Vi isso acontecer. Senti na pele, alguns anos atrás. Com escarrada na minha face sob xingamentos de “nazista”...
Na esperança de que o bom senso domine esse encontro sob a exemplar liderança de meu estimado amigo Celso Deucher, desejo sucesso ao evento e crescimento à causa que é contra a centralização governamental do modelo brasileiro que penaliza os Sulbrasileiros."
Leia mais sobre o assunto:

domingo, 27 de maio de 2012

Líder do Movimento Nordeste Independente sai revigorado do Movimento O Sul é o Meu País

O Pernambucano Dr. Jacques Ribemboim foi a mais esperada personalidade nacional no XX Congresso do MSP (Movimento O Sul é o Meu País) que iniciou no sábado, 26 de maio de 2012, em Balneário Camboriú, SC.


Celso Deucher (esquerda) presidente nacional do MSP; Dr. Jacques Ribemboim, autor do livro Nordeste Independente e Adílcio Cadorim, fundador do MSP


O encontro, que também foi comemorativo aos 20 anos de fundação do MSP, promoveu a aproximação de duas iniciativas nos extremos do país que têm como base o descontentamento e revolta de seus integrantes contra a concentração de riqueza no estado de São Paulo - que resultou na criação do Gesni (Grupo de Estudos Nordeste Independente) e o movimento auto-determinista nordestino - e contra o centralismo político do Governo Federal - que consolidou um dos mais importantes movimentos emancipacionistas da recente história brasileira - o MSP.
Na edição 053 do JOI (Jornal O Joinvilense) anunciávamos o evento. Em entrevista exclusiva que me concedeu, já na madrugada de domingo, Dr. Jacques Ribemboim, que é formado em engenharia mecânica, economia de petróleo, e possui os títulos de MSc (Mestre em Economia Ambiental) pela University College London e de Doutor em Economia pela UFPE, com pós-doutorado em sistemas produtivos locais pela Université Pièrre Mendes France, França,  diz que volta para Recife surpreso com o MSP.
"Saio daqui com a desmistificação de que o MSP fosse um movimento nazistóide. O que pude conferir é que trata-se de um movimento democrático, tolerante, inclusivo e não xenófobo".


Ribemboim, que atualmente é professor da UFRPE, Recife e professor visitante do Institute d'Etudes Politiques de Grenoble, na Franca, e ainda ministra módulos de pós-graduação na Universidade de Pernambuco (FCAP e Poli), explica que tinha essa "pecha" de que o MSP fosse um movimento xenófobo por conta da repercussão dada em 1992 pela Rede Globo de Televisão contra o MSP ao divulgar num dos seus programas dominicais (Fantástico) uma extensa reportagem contra movimentos separatistas e destacado o República dos Pampas liderado pelo gaúcho de Santa Cruz, RS, Irton Marx. "Era um movimento que falava mal dos nordestinos, tinha uma bandeira nazistóide e provocou uma reação negativa contra o MSP pela forma como foi montada a reportagem", explica Ribemboim, que já publicou dezenas de artigos para revistas, jornais e anais de congressos.
Ele também assina 14 livros (como autor, co-autor ou organizador), dentre eles: "Nordeste Independente" e "Manuel Correia de Andrade: um homem chamado Nordeste".


Além de sair de Santa Catarina estimulado à retomar a discussão do movimento autodeterminista do nordeste do Brasil, Jacques Ribemboim levou um presente de integrante do MSP de Itajaí, SC, uma obra que retrata a pedra do 'Bico-do-Papagaio' da praia de Cabeçudas, uma das mais belas de Santa Catarina


Dr. Jacques Ribemboim já morou em Salvador, Natal, Mossoró, Tel Aviv, Londres, Brasília e Grenoble. Atualmente reside no Recife, sua terra Natal. Militante político do PV (Partido Verde) também é autor do livro "Economia da Pesca Sustentável no Brasil". Ele retorna à sua terra convencido de que a independência nordestina é a alternativa mais digna daquele povo. "Precisamos 'caminhar com as próprias pernas' formar um novo país integrado pelos estados brasileiros da região", diz o líder defensor da autodeterminação nordestina e que também é membro da União Brasileira de Escritores e do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.


O evento contou também com a participação de um dos líderes do Lega Nord (Liga Norte), movimento separatista italiano, Jean Pedro Bontempi. Mas esse é assunto para outra postagem. Aguardem.