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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

"Administrar Joinville é como jogar pôquer", afirma Udo Döhler

A recente reforma administrativa anunciada pelo prefeito Udo Döhler de Joinville, SC, não foi surpresa para os ambientalistas do IVC (Instituto Viva Cidade). O anúncio da extinção da Fundema já era esperado.
O que surpreendeu foi o prefeito Udo Döhler, nos últimos minutos da entrevista coletiva em seu gabinete, afirmar que a administração pública se parece com um jogo de pôquer.
Bem preparado, o prefeito teceu seus comparativos entre o jogo e as dificuldades do ofício público e justificou a reforma administrativa que já enviara à Câmara de Vereadores de Joinville.
O destaque da reforma está na extinção da Fundema Joinville, pois o empresário, agora prefeito, diz que o maior e mais industrializado município catarinense está perdendo investimentos por conta da burocracia e da morosidade de licenciamentos.
Assim, a Fundação de Meio Ambiente está para ser extinta e criada a Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente. Esta nova "super-secretaria" deverá absorver os serviços da Fundema, da Infraestrutura Urbana, na área de consultas, alvarás e licenciamentos, e do ITTRAN, na área de manutenção de praças, parques e jardins. 
Quando foi concedida a palavra aos jornalistas, perguntei ao prefeito se a dissimulação faria parte da estratégia de governo com essa reforma, considerando a afirmação anterior dele e que essa estratégia é o segredo do sucesso no jogo de pôquer.
Udo Döhler disse que a reforma proposta traz ao governo mais pessoas "competentes, honestas e íntegras". Que não serão criados novos cargos, que será incrementada nos próximos cinco meses, que também terá modificações nos segundo e terceiro escalões de governo, e que vai permitir à Prefeitura buscar muitos recursos dos Governos Federal e Estadual para poder cumprir seu plano de governo.

O prefeito destacou ao longo da sua apresentação, e enfatizou no fim, que quanto menor a burocracia, menor o desvio de conduta. "E não nos desviaremos dessa nossa busca em nenhum momento".
A diretoria do IVC já encaminhou ofício ao presidente do legislativo joinvilense e demais vereadores pedindo que não aprovem a reforma, na íntegra. O documento, assinado pelo presidente da entidade, administrador João Carlos Farias, e por seu vice, marinheiro aposentado Adilson Lopes da Silva, considera a extinção da Fundema "o maior retrocesso ambiental de Joinville".
Farias diz que essa proposta de extinção da fundação, de submeter sua equipe e funções a uma secretaria, tem tudo para permitir grandes prejuízos ambientais ao município. "A Fundema perde o status de fundação para a submissão política e administrativa como um singular departamento da nova secretaria", lamenta o ambientalista.
O documento entregue aos vereadores relembra que a Fundema Joinville foi a primeira fundação de meio ambiente criada no Brasil, em 1990. "Iniciativa comemorada por ambientalistas nacionais e internacionais, dezenas de outros municípios optaram pelo mesmo caminho, pois estas entidades têm mais autonomia e menor submissão política e partidária".
Os ambientalistas não concordam que essa mudança seja justificada por conta da burocracia e destacam a qualidade do prefeito como gestor, como administrador. "Se havia morosidade nos processos burocráticos, esse era um problema a ser resolvido por mudanças de gestão, qualidade reconhecida no prefeito em sua carreira na iniciativa privada. Era nessa prática, de melhoria de gestão, para tornar a Fundema ainda mais atuante na fiscalização, autuação, educação e conscientização ambiental que os ambientalistas apostavam".

O documento finaliza demonstrando a decepção com o poder executivo e deposita esperanças no legislativo. "Mas, a decepção é a tônica dos ambientalistas que pedem ao poder legislativo que dê uma das mais importantes contribuições ao futuro para a melhor qualidade de vida dos joinvilenses. Que impeça a extinção da Fundema e que, ao contrário, crie leis que possam torná-la ainda mais atuante na recuperação, preservação e conscientização ambiental".

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dr. Água, título consagrado

A noite de 09 de abril de 2012 será inesquecível para alguns joinvilenses e também histórica para o município.
Inesquecível por ter sido diplomada mais uma turma de oradores formados pelo COL (Clube de Oratória e Liderança) de Joinville. Ainda, pela comemoração aos 33 anos de fundação do clube que até essa data formou 2.637 oradores e líderes. Especialmente inesquecível para o administrador João Carlos Farias, membro do Conselho de Presidentes do COL e ambientalista do IVC (Instituto Viva o Cachoeira).
Nascido no Dia Mundial da Água, 22 de março, quis o destino que Farias se tornasse um especialista em sistemas economizadores de água em sua carreira profissional. A paixão pelo tema estimulou Farias associar-se ao IVC e engajar-se como ambientalista voluntário nos projetos da OSCIP (Organização Social Civil de Interesse Público).
João Carlos Farias agradece a oficialidade do título como "Dr. Água" conferida pelo COL e IVC assistido pelo presidente do clube Mário Lúcio Floriani (primeiro a esquerda), o secretário municipal de integração e desenvolvimento econômico Raulino João Schmitz e o presidente da Fundema Eni Voltolini

Nos últimos anos Farias vinha sendo identificado como "Dr. Água", denominação que recebera oficiosamente numa palestra que fizera em evento da Udesc. Desde então, o "Dr. Água" tornou-se uma personagem assumida pelo ambientalista e que contou com o apoio do COL e do IVC na consolidação do título.
Nessa mesma assembleia do COL, que foi um evento realizado em parceria com o IVC, as duas entidades homenagearam Farias concedendo-lhe oficialmente o título.
No mesmo evento, as duas entidades fizeram o lançamento público  do vídeo documentário "O rio que teima pela vida". A participação do presidente da Fundema como palestrante da noite sobre o tema marcou o encerramento do projeto que foi liderado pelo COL para a produção da obra, como pode ser conferido nos links no fim desse post.
O presidente da Fundema, Eni Voltolini palestra para sócios do COL e do IVC sendo observado pela vice-presidenta do COL, Mônica Robert ao lado do vice-presidente do IVC, o marinheiro aposentado Adilson Lopes da Silva

Para Eni Voltolini, as duas entidades estão escrevendo parte da história de Joinville e reescrevendo uma importantíssima história sobre o rio Cachoeira. "Vocês estão conseguindo fazer o que a Fundema há vinte anos quis e não conseguiu. Estão criando argumentos convincentes e uma força na sociedade para um olhar de recuperação e preservação ambiental do Cachoeira", declarou o presidente da Fundema.
Voltolini registrou o seu espanto ao assistir o vídeo pela primeira vez e conferir que ainda há tanta vida no leito e margens do rio. "Vocês vão conseguir que o rio seja recuperado. Depois disso, ninguém mais poderá dizer que qualquer outro rio da nossa região não possa ter o mesmo fim", ponderou o presidente da Fundema que finalizou agradecendo a todos os sócios e ambientalistas das duas entidades pela inciativa da produção do vídeo.

Leia mais sobre o tema neste blog: