Empreendedor Social Polímata Nexialista. Consultor e Acelerador do Movimento Nacional ODS da Agenda 2030 da ONU. Educador Ambiental. Documentarista Cinematográfico. Professor e Personal Trainer de Oratória.
Esta primeira imagem apresenta-se como ícone e, dependendo de quem a olha, muita subjetividade pode ser deduzida. Uma das mais lógicas seria de retratar militares, adultos. Mas... A imagem acima mostra as mochilas deles e não têm muito jeito de ser bagagem de adultos... E não são. Participei, na tarde de 29 de setembro de 2015, de uma aula do Programa Protetores Ambientais da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina.
Neste caso, um grupo de quase 30 meninos e meninas na faixa etária de 12 aos 15 anos, estudantes da rede pública do município de Timbó, SC.
Fui conhecer o programa, na prática, pois o BPMA/SC está fazendo mais um investimento de qualificação profissional na sua equipe que atua diretamente nesse projeto. A partir desta semana o COL (Clube de Oratória e Liderança) inicia uma parceria com essa corporação e realiza Cursos de Oratória e Liderança com Ênfase em Meio Ambiente. Participarão do treinamento oficiais e soldados selecionados para o CEPA (Curso de Especialização em Policiamento Ambiental).
Segundo o tenente-coronel Adilson Schlickmann Sperfeld,o objetivo do CEPA é especializar e aperfeiçoar os policiais militares do BPMA (Batalhão de Polícia Militar Ambiental) em conhecimentos avançados, teóricos e práticos, para que possam atuar na função de Comandantes de Guarnição de forma mais eficiente e segura, nas ações de policiamento ostensivo ambiental. Para estes, o Curso de Oratória e Liderança com Ênfase em Meio Ambiente é um dos vários treinamentos de qualificação que iniciam no quartel, em Florianópolis, na Pedreira. Outro grupo de soldados e oficiais que atua diretamente como EA (Educadores Ambientais) também receberá a formação em oratória, como é o caso do cabo Luiz Antônio Batista, de Blumenau.
Luiz Antônio foi meu anfitrião no Morro Azul, em Timbó, no Parque Natural Municipal Freimund Germer, onde são realizadas as aulas do programa Protetores Ambientais. Nesse dia conheci também a bióloga Daniela Schroeder e a diretora de meio ambiente de Timbó e mantenedora do Instituto Aracuã, Sandra Regina Batista. Parceiras da Polícia Militar Ambiental da região de Blumenau. A tarde ensolarada me permitiu acompanhar a finalização da aula de gestão de flora, bem como uma trilha para soltura de uma serpente (jararaca).
Durante a caminhada várias paradas para aulas de campo ao atento grupo de jovens estudantes. No fim da trilha mais algumas fotos do grupo.
O Morro Azul é um local belíssimo e aberto à visitação pública. Recomendo. Voltarei. Minha participação foi importante para a finalização do conteúdo programático do Curso de Oratória para os instrutores do programa Educadores Ambientais que terminou com todos nós saboreando um delicioso picolé oferecido pelo pai de uma das alunas.
Duas obras cinematográficas serão exibidas na "Virada Educação Joinville", SC. Uma tem repercussão nacional. Trata-se do filme "Território do Brincar".
Outra, tem repercussão local, "O Marinheiro do Rio Cachoeira". Das 14h às 14h30 acontece a exibição do documentário que conta parte da história do rio que já foi um dos mais poluídos do sul do Brasil. O vídeo, de 26 minutos, tem imagens dos últimos 85 anos que revelam algumas intervenções feitas no leito e margem do Rio Cachoeira, em Joinville, SC, para torná-lo navegável; e também sua quase morte com o fim da navegação. A obra, produzida por Ipê Produções, uma produtora local, conta ainda que nos últimos 35 anos esse ecossistema urbano foi vítima de constantes crimes ambientais recebendo rejeitos industriais da maior e mais industrializada cidade catarinense. Ela mostra também que a mobilização da sociedade civil organizada, a partir de 1993, obrigou os governantes à prática de políticas e investimentos públicos voltados à recuperação ambiental do Rio Cachoeira. O vídeo é praticamente todo narrado pelo marinheiro aposentado Adilson Lopes da Silva que iniciou a profissão no Rio Cachoeira. "O Marinheiro do Rio Cachoeira", que foi patrocinado pelo Bureau de Comunicação e Eventos Ltda-ME e pela CAJ (Companhia Águas de Joinville) através de edital público conquistado pelo COL (Clube de Oratória e Liderança), confirma que proteger e recuperar o meio ambiente é uma decisão política conquistada pela pressão da sociedade. Das 14h30 às 15h participarei, como diretor do documentário, e acompanhando do principal protagonista, o marinheiro aposentado Adilson Lopes da Silva, de um debate com os presentes ao evento "Virada Educação Joinville", que acontece no dia 19 de setembro na Escola Municipal Professor Saul Sant'Anna, à rua Padre Roma, 800, Bairro João Costa. A Virada Educação é um projeto sobre provocar novas apropriações de um território em direção à construção coletiva de uma comunidade mais conectada, que percebe o aprender e o ensinar espalhados por todos os lugares. A primeira experiência da Virada aconteceu no Centro de SP em 2014. Enquanto parte do processo, a Virada Educação conta com um dia de celebração repleto de atividades ocupando de forma criativa um território. As ações são organizadas em quatro categorias: Diálogos Rodas de conversas para aproximar a escuta sobre questões essenciais da educação e nossas relações. Exibições Exibições de filmes, peças teatrais, mostra de fotografias, música e muito mais. Intervenções Ações que deslocam o espaço, as pessoas e criam um movimento próprio. Trilhas e Oficinas Atividades que promovem o aprendizado por meio de situações práticas e conectadas ao território. A outra obra, que será exibida a partir das 15h com termino às 16h30 e espaço para debate até às 17h30, é um trabalho de pesquisa, documentação e sensibilização sobre a cultura da infância e sua expressão mais genuína: o brincar. "Território do Brincar" é uma realização do Instituto Alana, que tem como missão Honrar a Criança. De abril de 2012 à dezembro de 2013, a educadora Renata Meirelles e o documentarista David Reeks percorrem diversas regiões brasileiras, incluindo comunidades rurais, indígenas, quilombolas, grandes metrópoles, localidades no sertão e no litoral, revelando o país através dos olhos das crianças e realizando um trabalho de escuta, intercâmbio de saberes, registro e difusão da cultura infantil. São inúmeros registros de brinquedos e brincadeiras de regiões brasileiras, diversas manifestações populares onde a criança tem uma participação efetiva, que estão publicados em filmes, textos e fotos no site do Projeto (www.territoriodobrincar.com.br). Com o resultado desse Projeto está sendo produzido um filme de longa metragem, duas séries para televisão, dois filmes de curta metragem para educadores, três livros e uma exposição itinerante. A iniciativa de trazer esta obra para o evento foi minha e do IVC (Instituto Viva Cidade).
Mais sobre "O Marinheiro do Rio Cachoeira" neste blog: O Marinheiro já navega a internet O Marinheiro do Rio Cachoeira Enigmas alienígenas de Joinville são desvendados
O trânsito da maior cidade catarinense fez mais uma morte no trânsito no dia 28 de agosto de 2015. Acidente com moto e van no bairro Nova Brasília resulta na morte do motociclista Elias Maia Cardoso, que voltava do trabalho. Outro acidente(?) ocorreu no início da manhã de 28 de agosto de 2015. Segundo Vanderlei Ludka Jr, seu pai, Vanderlei Ludka está no Hospital Dona Helena com traumatismo craniano. Mais um ciclista, trabalhador, que usava a bicicleta como veículo de locomoção está gravemente ferido por culpa da imprudência de um motorista e da insensatez de outro. Os dois motoristas, um que não foi atento o suficiente para entrar numa via rápida, e outro que tudo confirma, estava em alta velocidade naquela curva, se chocaram. O veículo que vinha em alta velocidade foi arremessado para o outro lado da pista e teria pego, de frente, o trabalhador, que estaria na ciclofaixa. O impacto foi tão grande que o ciclista ainda foi arremessado contra o muro alguns metros do local da batida. O ciclista foi vítima de um acidente. Os motoristas, nem tanto. Suas condutas provocaram a fatalidade.
O dia amanheceu ensolarado naquela sexta-feira. Daqueles que ao se despertar e olhar o horizonte bate uma vontade incontrolável de viver. Era a última sexta-feira do mês. Dia da Bicicletada Joinville. Integrantes deste movimento de conscientização e empoderamento da bicicleta, nesta noite, fizeram um ato voltado ao protesto do acidente. E quase outra tragédia. Um dos ativistas, enquanto se dirigia à concentração na Praça da Bandeira, no centro da cidade, foi atropelado, na ciclofaixa. O capacete ficou destruído. Ele, desta vez, apenas luxações e arranhões. Ciclistas, em Joinville, são vítimas constantes de perigosos e violentos motoristas. Sim, é mentira que a bicicleta é perigosa. Mentira! Motoristas, e não os carros, e não as bicicletas, é que são. Perigosos. Violentos.
Este é o sapato do operário que pedalava quando foi atropelado. Ele usava uma bicicleta para se locomover. Ele não poluía o ar que todos respiramos e que, contaminado pelos gases tóxicos dos escapamentos, lotam hospitais de doentes e consomem fortunas de recursos públicos. O trabalhador que pedalava era um carro a menos a congestionar o trânsito, a não exigir avenidas mais largas, nem viadutos, nem caríssimas e milionárias infraestruturas viárias que fazem a festa de políticos e empresários corruptos com superfaturamentos e propinas.
Você está chocado com essa imagem? Hipocrisia pouca é
bobagem. Choque-se com o trauma das famílias vítimas de motoristas
violentos, perigosos e de outras milhares que perdem anualmente seus entes queridos em acidentes de trânsito. O desenho, com seu próprio sangue, da cabeça do trabalhador ciclista arremessado contra o muro, antes deixou sua cabeça afundada e formatada também no vidro dianteiro do veloz veículo que o atropelou.
Essa é a moçada da Bicicletada Joinville, que insiste, com suas manifestações, sensibilizar a comunidade, as autoridades. O que ouvimos enquanto ocupávamos uma das pistas nesta noite? "Vão pedalar na praça", foram alguns gritos de motoristas que odeiam ciclistas e, se puderem, os atropelam, os jogam contra muros...
Rua Visconde de Taunay interditada em protesto ao acidente ocorrido no início da manhã naquele local.
Se a velocidade máxima naquela pista fosse essa, pichada na pista na intervenção dos integrantes da Bicicletada, com certeza os motoristas teriam tido tempo de evitar o acidente e o ciclista, no máximo, teria levado um susto das freadas e teria rido dos motoristas se xingando. Sim, porque eles, os dois lados do volante, sempre tem razão. Ali. nunca há culpado!!!
Depois, o destino foi a Praça do Mercado Público. E os ativistas, mais uma vez, estendem a denunciadora faixa.
E essa moçada não mede esforços para darem o seu recado.
A noite de 22 de agosto foi marcante para algumas dezenas de joinvilenses. Ao chegarmos à Estação da Memória, um incêndio criminoso se apresentava como um alerta ao que viria.
Antes da exibição do filme Bikes Vs. Cars, Aline Cavalcante, que foi recebida pelo anfitrião Valter Bustos, conheceu um pouco da história da ferrovia joinvilense e também o MUBI - Museu da Bicicleta.
Na entrada os participantes tiveram acesso a edição do JOA (Jornal O Araquariense) edição 039 com reportagem sobre a denúncia que o filme faz contra a BMW na Alemanha.
Pontualmente, às 19h30, a jornalista e uma das principais
protagonistas do filme Bikes Vs. Cars teve uma conversa inicial com a
plateia preparando-a para o documentário. Quando a obra teve início o auditório da Estação da Memória já estava lotado e pessoas em pé assistiam do lado de fora do espaço interno.
Algumas conseguiram assentos externos, entre elas a própria Aline.
Terminado o filme o momento mais esperado contou com diversas interações da plateia. E o filme provoca, então, uma discussão com ciclistas integrantes de diversos grupos de Joinville.
Os ponteiros do relógio já chegavam às 23h quando o encontro foi encerrado e 20 convidados à confraternizar com Aline Cavalcante.
As mulheres deste grupo abaixo entoaram discussão de viés político com terreno fértil para mudanças. Entre os temas aflorados o sexismo e o machismo que predominam e afastam mulheres do pedal.
No fim do dia, Aline Cavalcante recebeu o ativista Fellipe Giesel que montou um set de filmagem para um documentário que ele está produzindo sobre o tema pedal, financiado pelo Simdec.
Para quem ainda não assistiu o filme a chance é na noite de segunda-feira, 24 de agosto, no auditório da UFSC, em Joinville. Aline Cavalcante também estará. Leia mais sobre o tema neste blog: Bikes Vs. Cars tem exibição em Joinville
No fim do mês de julho de 2015 postei matéria neste blog com imagens e documentos que denunciam um grande e grave crime ambiental que acontece há anos na localidade de Barrancos, no município norte catarinense de Garuva. Com o título "Barrancos, em Garuva (SC), terra-sem-lei", terminei a postagem afirmando que "Há um clima de tragédia no ar, típico de uma Terra-Sem-Lei..." e que "O MPF precisar investigar estas denúncias e ouvir os moradores daquela região vítimas dos crimes e testemunhas das negociatas". No dia 13 de agosto, menos de 15 dias depois, em nome da Defensoria Social, protocolei na Promotoria de Justiça do Meio Ambiente do Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC) quatro denúncias:
1- Contra o cidadão garuvense denunciado por aqueles diversos crimes ambientais 2- Contra a prefeitura de Garuva e Celesc por apoiarem com infraestrutura 3- Contra o Governo do Estado de Santa Catarina por desaparelhamento da Polícia Militar Ambiental 4- Contra a Fatma (Fundação de Meio Ambiente) por não aceitar denúncias. As denúncias 1 e 2 são facilmente compreendidas as razões ao se ler a postagem anterior "Barrancos, em Garuva (SC), terra-sem-lei". A denúncia 3 se deve ao fato de, mais uma vez, nestes quase 25 anos de prática de jornalismo ambiental, confirmar que nestes últimos anos o Governo do Estado de Santa Catarina vem promovendo um desaparelhamento, que só posso qualificar de "criminoso", da Polícia Militar Ambiental (PMA). É absurdamente inferior ao mínimo a quantidade de policiais na corporação para atender todo o estado catarinense. É vergonhoso o desaparelhamento com falta de viaturas, combustível, manutenção, armas, munições etc, na instituição. Denúncias simplesmente não são averiguadas, como se pode comprovar na postagem anterior "Barrancos, em Garuva (SC), terra-sem-lei", por conta dessa triste e vergonhosa realidade. E para piorar, esse desaparelhamento também se confirma na Fatma. Sim, essa entidade também passa pelas mesmas dificuldades da PMA. Com um agravante que, neste caso, só se pode concluir que há, por parte do Estado, má fé, comportamento criminoso... Explico com este relato a denúncia 4: Estive, no início da tarde do dia 31 de julho, na sede da Fatma (Fundação do Meio Ambiente) de Santa Catarina, em Joinville, para protocolar a denúncia do grave crime ambiental que há anos está ocorrendo na localidade de Barrancos, no município de Garuva. Lá, fui informado pelo atendente que a Fatma não aceita denúncias nos seus escritórios. Recusou-se aceitar a documentação e disse que denúncias só podem ser feitas pela internet, no sítio virtual da Fatma. Mediante tal negativa, de receber a denúncia e os documentos, presencialmente, a partir das 14h30 do mesmo dia tentei protocolar pela internet. Após três tentativas infrutíferas, o sistema não se completava, após preencher todos os campos do formulário virtual e anexar documentos conforme orienta o sítio virtual, então, telefonei para o 0800 que está no sítio virtual. Após várias tentativas de ser atendido no 0800 para buscar informações de como proceder para que minha denúncia pudesse ser feita, também desisti, pois o fone toca e cai na caixa postal que tem uma mensagem gravada avisando que “a caixa postal está cheia”... Como se pode, mais uma vez, conferir nesse depoimento, os catarinenses estão à mercê de um Estado excludente que não permite ao cidadão sequer fazer uma denúncia. Considerando que milhares de catarinenses não têm acesso à internet e ainda é alto o nível de “analfabetismo tecnológico”, entendemos que não aceitar denúncias presenciais é uma afronta ao cidadão que não tem o seu direito assegurado, o direito de denunciar. E o cidadão que já superou o “analfabetismo tecnológico” e que também consiga dispor de um computador e acessar a internet, o que é uma estrutura para a minoria dos catarinenses, ele também fica impedido porque o “sistema” não funciona.
De tão grave esta quarta denúncia, que o IVC (Instituto Viva Cidade) também a protocolou no MP/SC. A situação é vexatória demais, pois com esta prática milhares de catarinenses estão impedidos de fazer denúncias. Considere ainda que nossas matas estão polvilhadas de propriedades rurais. Assim, são estes catarinenses simples, agricultores, gente com pouco ou quase nenhum acesso à computador e internet, quem mais próximos estão do criminoso das nossas matas. E justamente esse guardião está impedido de denunciar! Outras entidades também receberam estas denúncias com meus relatos, entre elas o Ibama, o MPF (Ministério Público Federal) e a Artigo 19, para nos ajudar a amplificar internacionalmente esse crime do Estado. Leia mais sobre este tema neste blog: Barrancos, em Garuva (SC), terra-sem-lei