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sábado, 29 de agosto de 2015

Mais um motociclista morto em Joinville

O trânsito da maior cidade catarinense fez mais uma morte no trânsito no dia 28 de agosto de 2015. Acidente com moto e van no bairro Nova Brasília resulta na morte  do motociclista Elias Maia Cardoso, que voltava do trabalho.
Outro acidente(?) ocorreu no início da manhã de 28 de agosto de 2015. Segundo Vanderlei Ludka Jr, seu pai, Vanderlei Ludka está no Hospital Dona Helena com traumatismo craniano.
Mais um ciclista, trabalhador, que usava a bicicleta como veículo de locomoção está gravemente ferido por culpa da imprudência de um motorista e da insensatez de outro. Os dois motoristas, um que não foi atento o suficiente para entrar numa via rápida, e outro que tudo confirma, estava em alta velocidade naquela curva, se chocaram. O veículo que vinha em alta velocidade foi arremessado para o outro lado da pista e teria pego, de frente, o trabalhador, que estaria na ciclofaixa. O impacto foi tão grande que o ciclista ainda foi arremessado contra o muro alguns metros do local da batida.
O ciclista foi vítima de um acidente. Os motoristas, nem tanto. Suas condutas provocaram a fatalidade.

O dia amanheceu ensolarado naquela sexta-feira. Daqueles que ao se despertar e olhar o horizonte bate uma vontade incontrolável de viver. Era a última sexta-feira do mês. Dia da Bicicletada Joinville. Integrantes deste movimento de conscientização e empoderamento da bicicleta, nesta noite, fizeram um ato voltado ao protesto do acidente.
E quase outra tragédia. Um dos ativistas, enquanto se dirigia à concentração na Praça da Bandeira, no centro da cidade, foi atropelado, na ciclofaixa. O capacete ficou destruído. Ele, desta vez, apenas luxações e arranhões.
Ciclistas, em Joinville, são vítimas constantes de perigosos e violentos motoristas. Sim, é mentira que a bicicleta é perigosa. Mentira! Motoristas, e não os carros, e não as bicicletas, é que são. Perigosos. Violentos.
Este é o sapato do operário que pedalava quando foi atropelado. Ele usava uma bicicleta para se locomover. Ele não poluía o ar que todos respiramos e que, contaminado pelos gases tóxicos dos escapamentos, lotam hospitais de doentes e consomem fortunas de recursos públicos.
O trabalhador que pedalava era um carro a menos a congestionar o trânsito, a não exigir avenidas mais largas, nem viadutos, nem caríssimas e milionárias infraestruturas viárias que fazem a festa de políticos e empresários corruptos com superfaturamentos e propinas.
Você está chocado com essa imagem? Hipocrisia pouca é bobagem. Choque-se com o trauma das famílias vítimas de motoristas violentos, perigosos e de outras milhares que perdem anualmente seus entes queridos em acidentes de trânsito.
O desenho, com seu próprio sangue, da cabeça do trabalhador ciclista arremessado contra o muro, antes deixou sua cabeça afundada e formatada também no vidro dianteiro do veloz veículo que o atropelou.
Essa é a moçada da Bicicletada Joinville, que insiste, com suas manifestações, sensibilizar a comunidade, as autoridades. O que ouvimos enquanto ocupávamos uma das pistas nesta noite? "Vão pedalar na praça", foram alguns gritos de motoristas que odeiam ciclistas e, se puderem, os atropelam, os jogam contra muros...
Rua Visconde de Taunay interditada em protesto ao acidente ocorrido no início da manhã naquele local.
Se a velocidade máxima naquela pista fosse essa, pichada na pista na intervenção dos integrantes da Bicicletada, com certeza os motoristas teriam tido tempo de evitar o acidente e o ciclista, no máximo, teria levado um susto das freadas e teria rido dos motoristas se xingando. Sim, porque eles, os dois lados do volante, sempre tem razão. Ali. nunca há culpado!!!
Depois, o destino foi a Praça do Mercado Público. E os ativistas, mais uma vez, estendem a denunciadora faixa.
E essa moçada não mede esforços para darem o seu recado.
Por um mundo com menos motor e mais amor..
Não é mesmo, Aline Cavalcante?

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