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terça-feira, 24 de maio de 2011

Das minhas janelas

Podemos dividir a humanidade em dois grupos, criacionistas e evolucionistas. Os primeiros acreditam que o homem é obra de um "Deus" que o fez a Sua imagem e semelhança. Os do segundo grupo, do qual faço parte, creem que somos seres em evolução há milhões de anos.
Apesar disso, gosto do livro dos cristãos. A bíblia é um livro espetacular, reconheço. Tem uma passagem no Antigo Testamento que diz: "Monte de Deus é o monte de Basã, monte elevado é o monte de Basã. Por que tendes inveja, montes elevados, do monte que Deus escolheu para morar? O Senhor vai morar nele sempre". (Sl 68, 16-17.
Moro num monte que para mim pode ser o Basã que nenhum cristão ainda pode afirmar com certeza qual é essa montanha na qual Deus quis morar.  Das janelas da minha casa tenho paisagens fantásticas.

Nesse vídeo feito no mês de abril uma amostra do que vejo da janela do meu quarto com frequência. Essa bela ave é um "Jacu", típico da Mata Altântica. Bandos deles frequentam meu quintal e árvores. Chegam a ter o tamanho de um peru.
Aqui mais um momento único. Parte do bando caminha no gramado com uma elegância e despreocupação doméstica. Ainda não tenho certeza, mas me parece que o de papo vermelho é o macho.

O amanhecer visto do meu monte é uma obra de arte dinâmica. Fiz duas outras postagens nesse blog sobre o local: http://jornalistaandrade.blogspot.com/2011/01/brincando-com-lua.html e http://jornalistaandrade.blogspot.com/2011/01/bons-lugares-para-viver.html com algumas fotos.
Me considero um privilegiado. Além dessas enormes aves uma pequena e de grande valor comercial começa a frequentar minhas janelas. Trata-se do curió.
Mas, como nem tudo é perfeito, gatos da vizinhança (pelo menos três) também têm aparecido por aqui. Por enquanto só tenho visto penas de rolinhas pelos gramados. Menos mal. Elas são tão "idiotas" quanto as gaivotas do filme Procurando Nemo. Por isso não me incomodo muito. Espero nunca encontrar penas de saíras, curiós, jacus, jacutingas, tucanos... Ai, meu Deus!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Areias de fundição. Prossegue o embate

O tema ganha repercussão também em outros veículos, como o jornal Gazeta de Joinville na edição 372 de 16 a 20 de maio de 2011com reportagem de página inteira (8). O mesmo em rádio que durante a mesma semana foi um dos temas mais debatidos na Rádio Jovem Pan/Cultura AM-FM de Joinville no programa Breakfast do radialista Osny Almeida Martins

Na edição 748 do JOV (Jornal O Vizinho), comemorativa aos 160 anos de Joinville, publicamos entrevista exclusiva com o Secretário Geral da Defensoria Social, jornalista Leonardo Aguiar Morelli. A matéria denuncia a inadequada reciclagem das areias de fundição da Tupy na produção de tijolos que pavimentam a calçada que contorna o 62o BI (Batalhão de Infantaria) no bairro Atiradores. Ele afirma que o material é contaminante de graves conseqüências à saúde humana por conter elemento cancerígeno (fenol), classifica a ação da empresa e da prefeitura como prática de crime ambiental e diz que pode ser pedida a prisão do prefeito Carlito Merss.
Na edição 750 do JOV, outra entrevista, com o bispo diocesano de Joinville, Dom Irineu Roque Scherer, líder na região de Joinville da Campanha da Fraternidade da CNBB, que nesse ano tem como tema “Fraternidade e Vida no Planeta”. O bispo comenta a denúncia da Defensoria Social e diz que é um caso complexo, mas que a igreja também tem essa função, de debater o tema e contar com o apoio de especialistas no assunto.
Na Semana Santa, a Tupy Fundições S.A. publica em outros jornais matéria paga como “Nota de esclarecimento” desqualificando as denúncias da Defensoria Social, o JOV (Jornal O Vizinho) e o jornalista e avisa que estaria tomando providências judiciais.
Na edição 751 do JOV publicamos outra nota da Tupy Fundições (espaço não pago e considerado direito de resposta) que faz graves acusações contra o secretário geral da Defensoria Social. Na mesma edição noticiamos o embate que aconteceria na CVJ (Câmara de Vereadores de Joinville no mês de maio.
Nessa edição 752 do JOV reportamos o evento acontecido na CVJ no dia 11 de maio e alguns desdobramentos. Estes os principais destaques da edição:

Calçada do 62 BI pode ser apenas a ponta do iceberg
Denúncia da Defensoria Social contra a Tupy Fundições S.A., prefeitura de Joinville e Fundema traz à tona outros possíveis crimes ambientais cometidos em passado recente

Governo do Estado tem prejuízo milionário
Perda pode chegar a quase 30 milhões

Vai faltar água
Mais da metade dos municípios brasileiros pode ter problemas de abastecimento de água até 2015. Cia Águas de Joinville investe para evitar desperdícios

Governar o governo
Reduzir custos em 15% é meta de Raimundo Colombo para aplicar em prioridades da população

Mais uma ponte no Cachoeira
O prefeito Carlito Merss assegurou em Brasília recursos para a construção da ponte sobre o rio Cachoeira entre as ruas Aubé e Plácido Olímpio de Oliveira, ligando os bairros Boa Vista e Bucarein

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Reação de gigante poluidor contra jornalista joinvilense

A maior fundição da América Latina decide reagir às reportagens feitas no JOV (Jornal O Vizinho). Na Semana Santa, a gigante industrial publicou nota paga em outros jornais tentando desqualificar as denúncias feitas nas reportagens publicadas nas edições 748 e 750.
Na edição 748, comemorativa aos 160 anos de Joinville, publicamos entrevista exclusiva com o Secretário Geral da Defensoria Social, jornalista Leonardo Aguiar Morelli. A matéria denuncia a inadequada reciclagem das areias de fundição da Tupy na produção de tijolos que pavimentam a calçada que contorna o 62 BI (Batalhão de Infantaria) no bairro Atiradores. Morelli afirma que o material é contaminante de graves conseqüências à saúde humana por conter elemento cancerígeno que se desprende com o aumento da temperatura e também pela dissolução nas águas das chuvas ao longo dos anos. Classifica a ação da empresa e da prefeitura como prática de crime ambiental e diz que pode ser pedida a prisão do prefeito Carlito Merss.
Na edição 750, outra entrevista, com o bispo diocesano de Joinville, Dom Irineu Roque Scherer, líder na região de Joinville da Campanha da Fraternidade da CNBB, que nesse ano tem como tema “Fraternidade e Vida no Planeta”. Nessa reportagem, o bispo comenta a denúncia da Defensoria Social e diz que é um caso complexo, mas que a igreja também tem essa função, de debater o tema e contar com o apoio de especialistas no assunto.
Nessa mesma edição o JOV ocupa o espaço editorial para opinar sobre a gravidade da denúncia e se posiciona, como faz há mais de quinze anos, em favor do meio ambiente e contra “qualquer possibilidade da prática de crime ambiental”.
Na edição (751), que também é comemorativa aos 20 anos do JOV, o assunto é destaque de capa e ocupa o miolo, as páginas centrais da edição com publicação, na íntegra, de nota enviada pela Tupy Fundições S.A. e resposta do secretário geral da Defensoria Social às acusações da indústria.
Na edição do dia 20 de abril de 2011, no Jornal A Notícia, na página 11, a Tupy personifica as reportagens feitas no JOV para o editor do veículo numa tentativa manipulatória de opinião pública para enfraquecer as denúncias. O tiro saiu pela culatra. Na Câmara de Vereadores de Joinville, no próximo dia 11 de maio, o assunto será amplamente debatido em desafio de acareação e já ganha repercussão nacional e internacional.
Estarei lá acompanhando cada fala, cada movimento, cumprindo minha missão socioambiental.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Brincando com a lua

Na postagem anterior revelei um pouco do que tenho ao redor do lugar onde moro. Comecei mostrando a imagem do alvorecer. Pois o fim do dia também oferece, no mesmo horizonte, outro espetáculo
De vez em quando "brinco" com a lua e as luzes de parte da cidade produzindo imagens que gosto muito
Antes de mostrar outras dessas "obras", na postagem anterior também falei e mostrei algumas aves exóticas. Faltou mostrar uma das mais belas, pelo seu tamanho (quase o de um peru) e socialização (muito mansa).
Trata-se do Jacu. Este parece liderar o bando barulhento (são muito barulhentos!) que até na garagem já estiveram e foram enxotados para que não devorassem algumas plantas e flores de um dos jardins. Mas, voltemos às minhas brincadeiras com a lua.

Da varanda vê-se, em algumas épocas do ano, tanto o sol quanto a lua nascerem quase no mesmo ponto da linha do horizonte. Em alguns dias é possível ver o sol subindo ao leste e a lua se pondo a oeste  que são as laterais da casa que tem a frente voltada para o sul. Para se apreciar esse fenômeno matinal dos astros que nunca se encontram basta posicionar-se no centro da casa.
Seguem mais algumas imagens noturnas do meu passatempo "brincando com a lua":

Apesar de o Cemitério Municipal estar próximo, estes não são "Fogos Fátuos", apesar de ser assim que identifico esta imagem. Podem me ajudar a nominar as demais:


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Bons lugares para viver

Assim começam meus dias quando ensolarados
Minha relação com a natureza a considero umbilical. Vivi por alguns poucos anos no Condomínio Naturista Morro da Tartaruga, que criei com alguns amigos naturistas ao lado da Praia do Pinho em Balneário Camboriú, SC. Acreditava que dificilmente encontraria um lugar tão bom para viver. Enganei-me. Desde 2009 resido ao lado de uma área de preservação.
Além do belo espetáculo do nascer do sol, as manhãs são regidas por sinfonias que, nos meses de verão, têm predominância dos cantos das cigarras. Mas, as aves como Jacus (bandos), sabiás, saíras de sete cores, tiés, canários, tucanos entre outras espécies são abundantes.

Alguns desses emplumados entram na casa e ficam presos nos vidros. Exaustos, se deixam pegar e descansam por longos tempos até nas minhas mãos. Sem aviso, recuperados, vão embora, mas por pouco tempo. Logo voltam para o tratador que mantenho com sementes, frutas e líquidos perto de uma das janelas da casa. Deleito-me apreciando-os todos os dias.
Quase no topo de um morro e rua sem saída, o local oferece uma privacidade antagônica com a tangência do caos urbano do centro da mais industrializada cidade do Estado.
Rodeada por belíssimo jardim, a profusão de folhagens e flores pinta um quadro também contemplativo como paisagem.
Cores as mais diversas formam um mosaíco que só a natureza é capaz de tão harmônica mistura
Além da diversidade de espécies, algumas multiplicam essa variedade com as mudanças de cores e tonalidades

 A orquídea, flor símbolo de Santa Catarina e também de Joinville - que é conhecida como "Cidade das Flores" -, é outra que ornamenta os jardins. Nem todas as flores, no entanto, exibem-se por vários dias ou até semanas.
Na sequência, a Dama da Noite é daquelas flores exóticas, do tipo que a maioria não investiria em cuidados para vê-la apenas por uma noite. Ela floresce apenas uma única vez e durante a noite obedecendo o relógio biológico da natureza. Ao amanhecer fecha-se e em poucas horas cai. Já fiquei horas ao lado vendo-a abrir numa velocidade de câmera muito lenta até o seu clímax.

Noutro dia chuvoso, uma saíra militar brincava com seu reflexo no retrovisor do veículo.

Consideradas comuns, as rosas também perfumam o ambiente que convidam à interação mais intimista.

Esta é daquelas que pode inspirar o poeta que adormece em algumas almas. Por enquanto, talvez por minha insensibilidade, nenhuma delas despertou-me para a escrita de versos.
Quase sempre os fundos de quintais são poucos atrativos. Aqui tenho o privilégio de uma vastidão de mata com árvores frondosas e este buganville pintando o verde visto da porta dos fundos.

Ao completar um ano vivendo nesse local já podia afirmar que moro num lugar acolhedor, encantador. Na noite de 4 de janeiro 2010 fui surpreendido com um grande número de veículos estacionando em frente à minha casa. Estranhei. Logo compreendi. Um grupo com mais de uma dezena de pessoas desceu com instrumentos até à casa de meus vizinhos. Assisti, pela primeira vez, da minha varanda, um Terno de Reis que aplaudi com entusiasmo. Quando eles foram embora presentearam-me cantando em frente ao meu portão. Recebi o presente daqueles estranhos como um dos melhores da minha vida. Era o Grupo Alegria. Fotografei-os. Num descuido, perdi todas as fotos. Lamento. Lamento...


Na noite seguinte, amigos que moram em Washington, entre eles um poeta (João Luiz), ocuparam a mesma varanda. São momentos como esse que quebram o silêncio estimulante à meditações, reflexões...
Este é o meu. Quem não deseja ter seu porto seguro?

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"Solar" Leitura de Férias

Férias, Leituras e Reflexões na Ilha das Flores
Mais de uma centena de ilhas compõem o ecossistema da Baía Babitonga. Um lugar paradisíaco que poucos conhecem e menos ainda desfrutam. Há mais de dez anos este ponto geográfico do planeta tem propiciado meus melhores encontros, principalmente com a natureza, apesar de toda a degradação ambiental promovida pela ocupação irregular e desenfreada das margens de rios, lagoas e litorais, bem como os desmatamentos de remanescentes originais de Mata Atlântica e mangues. Meu brinquedinho favorito me permite esses inesquecíveis encontros.

Algumas ilhas praticamente ninguém nelas pisam. Especiais para o isolamento que algumas vezes necessito. Outras são pontos turísticos de embarcações que trazem algumas dezenas de visitantes que caminham pelas areias finas ou molham seus pés onde micro ondas rebentam suspendendo milhares de pontos dourados do conhecido "ouro de tolo". Esses visitantes têm apenas meia hora para esse contato. Durante um dia na Ilha das Flores, o silêncio é quebrado pelo tagarelar dos deslumbramentos apenas uma vez no período da manhã e outra no da tarde.

O nome da ilha é perfeitamente compreendido, mas que também é rodeada de pedras com suas bases - até onde a água as cobre nos picos de marés altas -, cobertas de ostras. Mangue é o nome da planta que suas folhas são alimento dos saborosos carangueijos. A árvore empresta seu nome para todo esse ecossistema que é o útero e a maternidade do Planeta Terra.








Impressiona ver a capacidade dessa planta se adaptar em local aparentemente tão estéril e produzir árvores de singular beleza. Elegantes.

Escrevo muito mais do que leio. Nos meus descansos, nos períodos de curtas férias, livros me acompanham.
Foi nesse ambiente que li, em dois dias, "Solar", de Ian McEvan. Ficção da melhor realidade, é uma leitura imperdível, de romance ficcional. Foi nesse mesmo ambiente geográfico que noutras curtas férias li duas obras citadas em "Solar". De Jared Diamond, "Colapso" e "A Vingança de Gaia", de James Lovelock. Sugiro a quem ainda não as leu que o faça nessa ordem: Solar, A Vingança de Gaia e Colapso.


Agora estou lendo meu presente de Natal: "A Sangue Frio", de Truman Capote. Já assisti o filme. Duas excelentes obras. Boas Festas de Ano Novo. Até 2011.