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terça-feira, 30 de outubro de 2012

R$ 50 milhões de indenização

Como atividades da Semana Internacional dos Direitos Humanos 2012, a Defensoria Social concentra eventos em Joinville, SC, com destaque para o lançamento do livro "O GIGANTE acuado", obra que comporá documentação de Ação Civil Pública com pedido de indenização de R$ 50 milhões e Denúncia Internacional em Genebra (Suiça) e Washington (EUA).
Criada por Iago Sartini, arte capa do livro "O GIGANTE acuado"

A Defensoria Social, Seção Brasileira da Agência Latinoamericana para el Desarrollo Sostenible (alades.org) e do TSI (Tribunal Social Internacional), é um colegiado de instituições de caráter ecumênico, fundada em março de 2004 como Gesto Concreto da Campanha da Fraternidade, com apoio da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e Conic (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs no Brasil), dedicada à defesa da sociedade em demandas sociais e coletivas, em prol da Paz e Sustentabilidade como direitos fundamentais das presentes e futuras gerações.
Em sua estrutura orgânica mantém um Conselho Deliberativo que se reúne periodicamente em Brasilia-DF e uma Secretaria Geral com sede em Curitiba-PR. Em sua estrutura operacional, similar aos Ministérios Públicos e Delegacias de Combate a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, mantém uma Procuradoria Geral com sede em Nova Iguaçu-RJ; Procuradorias Regionais em todas as regiões do país e Delegacias (estaduais e locais) que atuam com foco na proteção de biomas naturais ameaçados, recebendo denúncias, instaurando procedimentos investigatórios, realizando perícias de forma a dar o melhor encaminhamento possível às demandas, nas esferas administrativas e judiciárias em instâncias locais, regionais, nacionais e internacionais, tendo como fundamento para sua ação a promoção da Cidadania Ativa  como ferramenta para a conquista da justiça ambiental e social.
No dia 10 de dezembro de 1948 foi sancionada pelas Nações Unidas a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o tratado internacional mais importante produzido pela humanidade para evitar que, no futuro, se repetissem os acontecimentos e violações ao ser humano que deram origem ao nazi-fascismo e os horrores da 2ª guerra mundial se repetissem. Essa data foi, então, oficializada pela Assembléia Geral da ONU como o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Mais de meio século passou desde então e as violações continuaram, ampliaram e se sofisticaram, levando movimentos sociais do mundo todo a criar a Semana Internacional dos Direitos Humanos dedicada à realização de atividades coletivas para a construção de uma cultura de paz, sem que isso represente tolerar a violência, como antídoto às violações dos direitos da humanidade a um mundo em que a Paz e a Sustentabilidade sejam compreendidas como direitos fundamentais das presentes e futuras gerações.


Calendário 2012 de Mobilizações
08 e 09 de dezembro (sábado e domingo)
√ Conferência Nacional e Curso de Oratória e Liderança com integrantes das Procuradorias e Delegacias da Defensoria Social em todo o país - Joinville/SC;

10 de dezembro (segunda-feira)
√ Curso de formação de Defensores e Defensoras Sociais para atuar junto ao TSI (Tribunal Social Internacional), dedicado a lideranças comunitárias e de movimentos sociais e aberto a estudantes de Direito interessados em atuar na área de direitos coletivos, sociais e ambientais - 14h
√ Solenidade de posse dos novos Procuradores e Delegados da Defensoria Social no Brasil, com a apresentação do livro “O GIGANTE acuado” pelo jornalista Altamir Andrade, a partir das 18 horas com show de encerramento com Muri Costa e convidados.

12 de dezembro (quarta-feira)
√ Lançamento do livro “O GIGANTE acuado” de autoria do Jornalista Altamir Andrade que relata a luta do menor jornal do Brasil contra os crimes ambientais cometidos pela maior indústria de fundição do mundo, com um “brunch” oferecido aos convidados, às 12 horas e 12 minutos do dia 12 do 12º. mês do ano 12 do novo milênio;

14 de dezembro (sexta-feira)
√ A Defensoria Social protocola Ação Civil Pública contra a empresa Tupy Fundições S.A (a maior indústria de fundição do mundo) por Crime de responsabilidade Social e Ambiental, exigindo a despoluição da Baía Babitonga (mais importante estuário em Baía de Mata Atlântica do hemisfério sul) bem como indenização de R$ 50 milhões à sociedade por danos causados ao meio ambiente com reflexos na saúde pública. Além da Ação na Justiça Federal em Joinville/SC, simultaneamente a Defensoria Social faz a entrega de denúncia  à Comissão Inter Americana de Direitos Humanos da OEA em Washington (EUA), Conselho de Direitos Humanos da ONU e Tribunal Social Internacional em Genebra (Suíça);

15 de dezembro (sábado)
√ Ato Público de instalação da sede da Secretaria Operativa do TSI (Tribunal Social Internacional) no Brasil com lançamento da Semana Internacional Dom Adriano Hypolito, em setembro de 2016, marco dos 40 anos do sequestro e tortura do Bispo brasileiro que dedicou sua vida à promoção dos Direitos Humanos, contribuindo para a reconstrução do Estado Democrático de Direitos no Brasil, a partir das 15 horas, na sede da Secretaria Geral da Defensoria Social em Nova Iguaçu – RJ.

O livro "O GIGANTE acuado" reúne coletânea de reportagens feitas desde 2001 no JOV (Jornal O Vizinho) com denúncias contra o reúso de ADFs (Areias Descartáveis de Fundições). A obra foi estimulada pelo prêmio que recebi "Parceiro da Paz e Sustentabilidade 2012/2016". Sobre esse tema seguem links de outras postagens nesse blog:

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Loteamento com aterro de rejeitos de fundições em Canoas, RS, foi denunciado pela Defensoria Social


A Defensoria Social, através da Procuradoria Regional Sul, protocolou na Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), em Porto Alegre, RS, pedido de investigação de denúncia de suposto crime ambiental cometido pela Prefeitura Municipal de Canoas – RS, Construtora Conterra e DNIT.
O pedido de responsabilização civil e criminal aos envolvidos no objeto da denúncia ocorreu na manhã de 1 de outubro de 2012, também pede à Fepam providências no prazo máximo de dez dias, sob pena de Ação Civil Pública contra o órgão estadual por “omissão ou prevaricação”.
O protocolo de número 016016-05.67/12-2 de documento de duas páginas tem anexadas outras 14 páginas com textos e imagens de postagem deste blog.

Trata-se de uma obra de aterro, terraplenagem e instalação de infraestrutura básica para loteamento que vai receber a construção de 175 casas financiadas pela CAIXA com o Programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida”, no município de Canoas, RS.
A Defensoria Social exige ainda que a Fepam determine a retirada do material contaminado que vem sendo “criminosamente depositado em área dedicada à moradias para populações pobres”.
A área está localizada entre as ruas do Aterro, Antonio Wobeto e João Wobeto sendo identificada como Loteamento Canoas Minha Terra I.
Na íntegra o teor do documento principal:

À
Diretoria de Fiscalização
FEPAM
Porto Alegre – RS

EM MÃOS

Prezados e prezadas,
A DEFENSORIA SOCIAL, Seção Brasileira da Agência Latinoamericana para el Desarrollo Sostenible (ALADES.ORG) é um colegiado de instituições de caráter ecumênico, fundada em março de 2004 como GESTO CONCRETO da Campanha Da Fraternidade, com apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Conselho Nacional das Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC), dedicada à defesa da sociedade em demandas sociais e coletivas, em prol da PAZ e SUSTENTABILIDADE como direitos fundamentais das presentes e futuras gerações, tendo em seu Conselho Deliberativo com sede em Brasília-DF, representantes do Ministério Público Federal, Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Cáritas Brasileira e Movimento GRITO DAS ÁGUAS.
Com uma estrutura similar à dos Ministérios Públicos mantém uma Procuradoria Geral com sede em Curitiba-PR e Procuradorias Regionais em todas as regiões do país, inclusive no sul do país, instalada em Joinville-SC, bem como Delegacias (estaduais e locais) que atuam com foco na proteção de biomas naturais ameaçados, recebendo denúncias, instaurando procedimentos investigatórios, realizando perícias de forma a dar o melhor encaminhamento possível nas esferas administrativas e judiciárias em instâncias locais, regionais, nacionais e internacionais tendo como fundamento para sua ação a promoção da CIDADANIA ATIVA como ferramenta para a conquista da JUSTIÇA SOCIAL e AMBIENTAL.
Assim, tendo atuação destacada na defesa de populações vítimas de áreas contaminadas com reflexos na saúde pública, vimos desenvolvendo intensa luta contra o descarte ilegal e irregular de rejeitos industriais, em especial areias descartadas de fundição, tomamos conhecimento de GRAVE CRIME AMBIENTAL que está em curso na cidade de CANOAS.
DA DENÚNCIA
A denúncia encaminhada pela Agência BRASIL SUSTENTÁVEL, rede integrada por mais de 14 mil jornalistas, pesquisadores e profissionais de comunicação, presente em 30 países com o conteúdo da mensagem recebida, ESPECIFICA O CASO descrito a seguir:

---------------------------- Original Message ----------------------------
Subject: DENÚNCIA DE DESCARTE ILEGAL DE AREIAS DE FUNDIÇÃO - CANOAS - RS
From:    agencia@brasilsustentavel.org
Date:    Thu, September 27, 2012 11:49 am
To:      morelli@alades.org
--------------------------------------------------------------------------
Trata-se de descarte de aproximadamente 50 mil toneladas de areias contaminadas e fundição, com forte presença de FENOL, agente tóxico cancerígeno, em obra localizada em frente à Escola Municipal Assis Brasil da Prefeitura Municipal de Canoas. É uma obra com placa indicando tratar-se de “Obra 086 DNIT Infra estrutura  do Loteamento Canoas Minha Terra I ( DNIT + PM de Canoas). A área está localizada entre as ruas Isabel Maria Finkler Antonio Wobeto, João Wobeto e Eng Irineu Carvalho Braga, sob responsabilidade da Construtora Conterra.
Eric H. 
OUVIDORIA AGÊNCIA BRASIL SUSTENTAVEL

DAS MEDIDAS CABÍVEIS, NECESSÁRIAS E URGENTES
Com base no exposto, requeremos IMEDIATAS PROVIDÊNCIAS no sentido de fazer cessar o fato denunciado, responsabilizando civil e criminalmente seus envolvidos, bem como seja determinada imediata retirada do material contaminado que vem sendo criminosamente depositado em área dedicada à moradias para populações pobres beneficiadas pelo Programa MINHA CASA MINHA VIDA, avaliação científica dos níveis de contaminação para imediata REMEDIAÇÃO e a correta destinação do material retirado e remanescentes contaminados para aterro industrial, nos termos da legislação vigente e das normas da ABNT respectivas.
A fim de evitarmos uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA que responsabilize esse ÓRGÃO AMBIENTAL por omissão ou prevaricação, recaindo sob o serviço público o ônus indenizatório devido, nos termos da legislação, ficamos no aguardo de providências no prazo máximo de 10 (dez) dias, a contar do recebimento desta”.

Fotos e imagens feitas no manhã do último domingo de setembro no canteiro de obras

Leia mais sobre o tema neste blog:
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/09/deus-tremendo-filho-da-puta.html
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/09/imperdivel-assustador-pois-o-veneno.html
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/09/acontecimentos-inesperados.html
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/08/dialogos-para-um-brasil-sustentavel.html


domingo, 30 de setembro de 2012

Minha casa, o fim da minha vida

A Constituição Brasileira diz que todos os brasileiros são iguais. Já estão comprovadas muitas contradições nessa afirmação textual da Carta Magna. No domingo, 30 de setembro de 2012, pude verificar o que pode ser mais uma confirmação dessa contradição Constituinte em Canoas, RS, no bairro Mato Grande, na Rua do Aterro
Veja como parece inocente essa imagem feita no aterro que vai receber 175 casas para reassentamento com o Programa do Governo Federal "Minha Casa, Minha Vida"

Chegou à Defensoria Social, denúncia de que o local está recebendo aterro, sob responsabilidade da Construtora Conterra, de rejeitos industriais contaminados. A obra é para edificar 175 casas de 43,5 metros quadrados com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço em lotes individualizados de 120 metros quadrados.
O loteamento também vai ganhar uma praça com academia ao ar livre e ruas pavimentadas, além de abastecimento de água, saneamento básico e iluminação pública. Trata-se do Loteamento Canoas Minha Terra 1, mais uma obra do programa do Governo Federal "Minha Casa, Minha Vida" financiado pela CAIXA, para reassentar moradores das margens da rodovia BR 448, obra do DNIT em andamento na grande Porto Alegre. A iniciativa tem marketing humanista, não fosse a realidade desumana que se apresenta.
Pudemos confirmar a denúncia. Inclusive com placas que anunciam: "Cuidado, Risco de Vida", "Perigo! Afaste-se".
Uma das placas está próxima ao local onde a construtora deposita a areia branca

Apenas duas placas em toda a obra. Uma delas ao lado desse monte de areia branca que, segundo a denúncia, trata-se de areia de fundição, areia de macharia, triturada. As ADFs (Areias Descartáveis de Fundições), principalmente as de macharia, contêm, em sua composição, altos teores de fenóis, elementos químicos altamente tóxicos, cancerígenos, que devem ser depositados exclusivamente em aterros industriais controlados.
A outra placa está próxima ao local onde a construtora deposita os montes de areias escuras

A outra placa, ao fundo, ao lado de outros dois montes de areia escura, tipicamente de fundições, que também deveriam ser depositadas em aterros controlados, mas que um movimento liderado por Joinville, SC, já vem permitindo algumas iniciativas de reúso em obras de pavimentação, produção de lajotas etc, em alguns estados brasileiros.
Em todo o restante do canteiro de obras, apesar dos imensos buracos e valas de saneamento, nenhuma outra placa chama a atenção para o "Risco de Vida", o que se leva a supor que os responsáveis sabem o risco que essas areias oferecem à vida humana...
Ambientalistas denunciam o grave erro de governantes que se rendem às pressões do poder econômico e se mobilizam para reverter essas leis e, principalmente, que esses rejeitos não possam ser usados na agricultura, como defende a maior fundição do mundo do setor, a Tupy Fundições S.A. de Joinville, SC.
Num dos poços percebe-se várias cores diferentes de areias e argilas usadas na obra

Mais uma vez acontece a velha prática empresarial apoiada por governos e políticos de socializar o prejuízo, não o lucro. Fundições, em todo o mundo, têm enormes passivos ambientais e se mobilizam para transformar esse problema em lucro para seus caixas, mesmo que a humanidade pague o preço com doenças graves ou a morte de milhares.
Como se pode conferir ao longo de toda a obra o terreno não está recebendo apenas o barro comum (argila) de um aterramento, mas areias e compostos típicos de rejeitos industriais.
Outro poço revela que o local já deveria ser um aterro de rejeitos industriais

Morador vizinho afirma que o local já recebia aterro de empresas, tanto que a rua que passa em frente é a Rua do Aterro. O que se pode confirmar nas escavações da obra é que há várias camadas diferentes de "solo" formado por areias escuras de tonalidades variadas, misturadas com argila e areia clara.
Areias escuras servem também de base para as calçadas do loteamento

As areias escuras não estão apenas nas partes mais profundas da obra. 

Estão servindo também para assentar as calçadas e as ruas do loteamento

Observe nas fotos seguintes, em vários pontos da obra:














A denúncia e as fotos confirmam a suspeita de que o local já era um depósito inadequado de rejeitos industriais e que agora recebe uma obra de loteamento onde também se usa rejeitos industriais.
Colhi amostras das diversas areias, fiz filmagens e fotos da coleta e fiquei surpreso que vizinho da obra soubesse que as areias vêm de empresas. "De Cachoeirinha, RS. Estão reciclando. Isso é bom né", afirmou, questionando, o senhor que pediu para não ser identificado.
Pequeno rebanho lambia o solo enquanto "passeava" pelo loteamento na ensolarada manhã do último domingo de setembro de 2012

Os irracionais animais que caminham e ingerem essas areias não devem ser bichos de estimação, mas provavelmente produzem leite ou fornecerão carne para centenas de famílias.
Dezenas de operários que trabalham na obra não devem ter consciência dos riscos que correm suas vidas e saúde por conta das areias contaminadas que estão manipulando, caso se confirme que sejam rejeitos industriais de fundições.
Se confirmado o crime, mais de uma centena de famílias, de uma classe social marginalizada, continuará sendo penalizada ou, no mínimo, tratada diferenciadamente para viverem com seus filhos sob um solo envenenado, em mais uma afronta à Constituição.
Assim, tendo atuação destacada na defesa de populações vítimas de áreas contaminadas com reflexos na saúde pública, a Defensoria Social, que vem desenvolvendo intensa luta contra o descarte ilegal e irregular de rejeitos industriais, em especial rejeitos de fundições, ao tomar conhecimento desse "grave crime ambiental que está em curso na cidade de Canoas" deve formalizar denúncia à Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessle) para uma avaliação científica dos níveis de contaminação para imediata remediação e a correta destinação do material retirado e remanescentes contaminados para aterro industrial, nos termos da legislação vigente e das normas da ABNT respectivas.


Leia mais sobre o tema neste blog:
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/09/deus-tremendo-filho-da-puta.html
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/09/imperdivel-assustador-pois-o-veneno.html
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/09/acontecimentos-inesperados.html
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/08/dialogos-para-um-brasil-sustentavel.html

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

"Deus" tremendo filho da puta

Se você não acessou ainda a postagem anterior que logo no início tem o documentário "O veneno está na mesa" do cineasta Silvio Tendler, sugiro que depois o assista. Nele, o aclamado escritor Eduardo Galeano diz que o "Deus mercado é um tremendo filho da puta, implacável, invisível", porque na sua lógica do lucro a qualquer preço dissocia os direitos humanos da natureza "e não pode haver essa contradição".
Ele abre e fecha o documentário que o cineasta, no seu lançamento, pediu para que a obra fosse pirateada o máximo que pudesse ser. Você precisa reunir sua família e assistir...

O fórum "Diálogos por um Brasil sustentável frente aos desafios da humanidade no século 21 - Avanços e retrocessos pós Rio+20" organizado pela Agência Brasil Sustentável, reuniu expoentes de várias regiões do país em Nova Iguaçu, RJ, no dia 01 de setembro.
Alexandre Pessoa Dias, engenheiro sanitarista e professor/pesquisador da Fiocruz/Cnpq

O mestre em engenharia ambiental Alexandre Pessoa Dias iniciou sua apresentação comemorando a iniciativa do evento de fazer uma avaliação da Rio+20. Durante sua exposição, avalizado com as especializações em Saneamento e Controle Ambiental e também como membro do grupo de pesquisa de Determinantes Sociais da Saúde, Ambiente e Habitacão Saudável da Fiocruz/Cnpq, ele afirmou que a saúde humana tem uma relação intrínseca com a saúde ambiental.
Ele comemora o documentário que foi resultado de um convite feito pela Fiocruz ao cineasta. Dias denuncia que é um erro completo a opção dos governantes em optar por investimentos em políticas públicas "que pensa a saúde hospitalocêntrica". Para ele, os hospitais são fundamentais, sim, mas é preciso investir mais no meio ambiente, no princípio da precaução, da prevenção.
O especialista ficou surpreso com o caso de Joinville e a Tupy Fundições S.A. Prega a defesa urgente dos ecossistemas estuarinos como é o caso da Baía Babitonga. "É onde está a maior biodiversidade, as comunidades tradicionais; e suas degradações provocam altíssimo custo social e ambiental", avisa.

Se em Joinville, SC, por publicar reportagens no JOV (Jornal O Vizinho), desde 2001, revelando que a Tupy, por décadas, fez descarte de milhares de toneladas de rejeitos de fundição pela região e agora está articulando o uso das areias para a produção de pavers, em obras de saneamento e também na agricultura, resultando em retaliações da empresa contra o jornal e contra o seu editor, Dias também foi alvo de uma gigante multinacional, a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA).
Mas, em janeiro desse ano, a gigante industrial pediu a extinção dos processos judiciais contra o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ele era acusado de danos morais por declarações e laudos técnicos que apontam prejuízos ambientais e riscos à saúde da populacão pela atividade da empresa em Santa Cruz.
O caso foi objeto de matéria da Tribuna do Advogado de dezembro de 2011 e considerado "um precedente perigoso" pelo presidente da OAB/RJ, Wadih Damous. "Se alguém quer refutar a conclusão de uma perícia deve fazê-lo apresentando dados, jamais impetrando acões judiciais por supostos danos à imagem. O caso abre um precedente perigoso", afirmou na época.
O secretário geral da Defensoria Social, Leonardo Aguiar Morelli (em pé) apresenta   quatro painelistas do evento: Leonel Rocha, repórter da revista Época; José Cláudio Souza Alves, Pró-Reitor de Extensão da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Altamir Andrade, editor do JOV e Alexandre Pessoa Dias, Fiocruz

É prática comum, a do poder econômico, de acionar judicialmente denunciantes ou seus contraditórios. Em Joinville, a Tupy Fundições S.A. também notificou o secretário geral da Defensoria Social por revelar, questionar e denunciar a empresa quanto às suas práticas de reúso dos seus rejeitos industriais.
No mesmo processo, a empresa também não perde a oportunidade de, mais uma vez, desqualificar o JOV como "malfadado" por abrir espaço ao denunciante numa prática democrática num país de imprensa livre.


Leia mais sobre o tema neste blog:
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/09/imperdivel-assustador-pois-o-veneno.html
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/09/acontecimentos-inesperados.html
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domingo, 2 de setembro de 2012

Acontecimentos inesperados, consequências de incalculáveis repercussões


Na Rio+20, alguns impedimentos determinaram acontecimentos inesperados e consequências de incalculáveis repercussões.
Um jornalista moçambicano, por exemplo, foi impedido de participar do evento. Ao descer no aeroporto em São Paulo foi preso e posto de volta no primeiro voo ao seu país. Integrante da Justiça Ambiental - Amigos da Terra, Jeremias Vunjanhe faria denúncias contra a gigante brasileira Vale que, segundo a entidade ambientalista, vem promovendo graves problemas socioambientais em Moçambique, África. A mineradora foi uma das apoiadoras da Cúpula da ONU e o ambientalista nem chegou a por os pés na Cidade Maravilhosa.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, que no seu discurso de abertura fez críticas ao evento responsabilizando negativamente o governo brasileiro, no encerramento da Conferência Mundial do Meio Ambiente, constrangido, obrigou-se a um discurso inverso e contraditório em relação ao seu primeiro pronunciamento e a opinião das entidades ambientalistas nacionais e internacionais.
Da mesma forma, a Declaração Final da Cúpula dos Povos foi reveladora ao denunciar: "As instituições financeiras multilaterais, as coalizões a serviço do sistema financeiro, como o G8/G20 (...) e a maioria dos governos demonstraram irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta e promoveram os interesses das corporações na conferência oficial".
No fim do ano passado fui um dos brasileiros eleito "Parceiro da Paz e Sustentabilidade"e seria homenageado na Conferência da ONU Rio+20.
De acordo com o secretário-geral da Defensoria Social, por intervenção direta do Palácio do Planalto, a homenagem aos "Parceiros da Paz e Sustentabilidade" na Conferência foi inviabilizada. "A homenagem ao jornalista joinvilense Altamir Andrade, editor do Jornal O Vizinho, revelaria ao mundo crimes ambientais cometidos pela Tupy, o que poderia trazer problemas para o Governo Federal, já que o Fundo Previ e o BNDESPAR são acionistas da empresa. Inclusive para Joinville, nestas eleições, pois a indústria é também uma das grandes financiadoras de campanhas e há suspeitas muito sérias da relação da Tupy com o PT", denuncia Leonardo Aguiar Morelli.
Por essa razão, a solenidade foi cancelada, pois a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil e o BNDES Participacões S.A. são os controladores da empresa, acionistas majoritários com 35,81 e 35,77% das ações da maior fundição do mundo do setor.
Uma das reações ao que movimentos sociais e entidades ambientalistas denominam de Rio-20, considerando o "fracasso" da Conferência, é o evento "Diálogos por um Brasil sustentável frente aos desafios da humanidade no século 21 - Avanços e Retrocessos Pós Rio+20". No primeiro encontro desse evento, realizado na Diocese onde atuou o bispo dom Adriano Hypólito, foi anunciado o lançamento do livro "O Gigante Acuado".
A obra revela que um dos mais importantes estuários do hemisfério sul, a Baía Babitonga, há décadas vem acumulando milhões de toneladas de dejetos humanos e industriais, principalmente das indústrias joinvilenses, entre elas a Tupy Fundições S.A.
O local do primeiro fórum "Diálogos por um Brasil Sustentável" merece um resgate histórico.


Considerado por muitos fieis da Igreja Católica um expoente defensor dos Direitos Humanos, em 1976 o líder religioso foi sequestrado e torturado por um grupo parapolicial

Dom Adriano Mandarino Hypólito foi sequestrado na noite de 22 de setembro de 1976 por ser considerado um comunista. Algemado, encapuzado, pintado de vermelho e espancado por um dos temidos grupos da extrema direita que atuava na Baixada Fluminense, o bispo de Nova Iguaçu, então com 52 anos, foi encontrado na rua Japurá, em Jacarepaguá, duas horas depois, nu, com pés e mãos amarrados, banhado de mercúrio e ferido. Era mais uma vítima da ditadura militar brasileira que ainda comandava, agonizante, o país.
Três anos antes, sob sua iniciativa, um repositório de lideranças - dizimadas pela ditadura - fora criado, o Cenfor (Centro de Formação de Líderes). Um ano depois do sequestro do bispo (1977) um grande debate sobre direitos humanos foi impedido e proibido pelas forças de segurança, que cercaram o Cenfor ostentando assustador aparato de guerra.
Em 1979, a Catedral Diocesana e outras igrejas filiadas foram pichadas com acusações ao bispo e à sua linha pastoral. Em 20 de novembro, uma bomba explodiu na Catedral, destruindo o Sacrário do Santíssimo, profanando as hóstias consagradas e danificando o altar lateral do templo. O grupo de direita que se autodenominava 'Vanguarda de Caça aos Comunistas' assumiu a autoria.
No mesmo ano, em Joinville, SC, no mês de abril, também nascia uma associação da sociedade civil organizada com o objetivo de formar líderes, tendo como base o desenvolvimento da oratória, o COL (Clube de Oratória e Liderança).
Dez anos depois (1987), no COL nascia o JOV (Jornal O Vizinho), que em 2001 publicava na capa a reportagem "Montanhas Escondidas" e questionava onde estavam sendo depositados os rejeitos da Tupy Fundições S.A. Desde então, diversas outras matérias sobre o tema (areias de fundições) têm sido pautada no veículo.
Por iniciativa do JOV e apadrinhado pelo COL, em agosto de 2008 nascia o IVC (Instituto Viva o Cachoeira), Oscip ambientalista que tem entre os seus objetivos a recuperação e proteção ambiental dos rios de Joinville e região e da Baía Babitonga.
No último dia do mês de agosto e no primeiro de setembro de 2012 parte da história dessas entidades se cruzam no estado carioca para o anúncio do lançamento do livro que estou ultimando, "O Gigante Acuado" que narra a história de reportagens e denúncias feitas contra a Tupy Fundições S.A. e o destino inadequado de seus rejeitos, as areias usadas no seu processo industrial de manufatura.
Água, Biodiversidade, Energia e Lixo nortearam os debates como temas dos avanços e retrocessos pós Rio+20 no Fórum "Diálogos por um Brasil Sustentável"

No Dia Mundial dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, acontece o lançamento nacional do livro "O Gigante Acuado".
O presidente do IVC, o ambientalista João Carlos Farias, foi convidado especial para representar a  entidade. Por ser um especialista em economia e aproveitamento de água, o que lhe conferiu o título de Dr. Água, Farias foi convidado a visitar o assentamento Antônio Conselheiro, no Mato Grosso. A aproximação de Farias com um dos líderes do projeto, o agricultor Paulo Zocal de Matos, 35, garantiu uma visita do Dr. Água ao assentamento para avaliar um dos seus maiores problemas, a falta de água às mais de 1.300 famílias assentadas. A visita está sendo organizada pela Defensoria Social e conta com o apoio do IVC.
João Carlos Farias (esquerda) em reunião com alguns palestrantes do evento. Ao seu lado, Paulo Zocal de Matos

O assentamento Antônio Conselheiro, segundo Matos, é o maior assentamento rural da América Latina, "fruto de uma das mais heróicas lutas sociais pela ocupação de terras improdutivas que estavam nas mãos do latifúndio, com famílias de Sem-Terras assentados em uma área de 35 mil hectares constantemente ameaçadas por queimadas e que estão abandonadas pelas políticas públicas de reforma agrária há mais de quinze anos".
Em sua apresentação, no "Diálogos por um Brasil Sustentável", Paulo Zocal de Matos, que estuda medicina na Bolívia, também chamou a atenção dos participantes para o que qualifica de uma nova ditadura naquele país. "A comunidade internacional precisa olhar para lá. Índios estão sendo mortos pela polícia de Evo Morales, que é o maior cocaleiro do país. E alguns produtores de coca que não se enquadram às suas determinações, têm suas plantações destruídas. Muita coisa ruim está acontecendo e não ganha os noticiários".

Leia mais sobre o tema neste blog:
http://www.jornalistaandrade.blogspot.com.br/2012/08/dialogos-para-um-brasil-sustentavel.html

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Livro de jornalista joinvilense é destaque em campanha nacional contra uso de resíduos industriais na produção de alimentos


Denunciadas como cancerígenas, além de matéria-prima para construção de calçadas, como esta ao redor do 62o BI, no bairro Atiradores, e em obras de saneamento da Cia Águas de Joinville, areias residuais de fundições poderão ser usadas na agricultura para produção de alimentos

A Defensoria Social denuncia que é absurda a articulação empresarial que pretende criar mecanismos para reuso das areias de fundições em obras públicas e na agricultura. No início do mês de agosto de 2012, o Núcleo de Meio Ambiente da Acij (Associação Empresarial de Joinville) promove um debate com órgãos licenciadores sobre o assunto.
O tema também é destaque no fórum “Diálogos por um Brasil Sustentável”, no mês seguinte, no Rio de Janeiro, ocasião de anúncio de lançamento do livro “O Gigante Acuado” que aborda série de reportagens feitas nos últimos dez anos pelo JOV (Jornal O Vizinho) sobre o destino inadequado das areias residuais da Tupy Fundições S.A. em Joinville.
A maior e mais industrializada cidade de Santa Catarina lidera a iniciativa de uso de resíduo industrial na produção de alimentos. Para a Defensoria Social, nem produtos orgânicos estarão livres dos contaminantes. A entidade inicia uma campanha nacional contra a iniciativa que está para ser votada e aprovada pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
Um dos mais importantes estuários do hemisfério sul, a Baía Babitonga, está assoreado e contaminado por dejetos industriais, principalmente de indústrias joinvilenses

As indústrias de fundições deveriam depositar suas areias residuais em aterros industriais controlados. Mas, a maior fundição do mundo do setor, a Tupy Fundições S.A., com sede em Joinvile, SC, no bairro Boa Vista, tem no seu histórico o registro de espalhamento de milhares de toneladas pela região. Até poucos anos os moradores podiam retirar, gratuitamente, o que era tido como “areia boa” do pátio da Tupy para espalhar em seus terrenos. “Areia boa” porque nem tiririca nasce onde o resíduo industrial é espalhado.
Outras milhares de toneladas estão assoreando a Baía Babitonga. Segundo o IGWC (International Global Water Coalition), que tem sede em Genebra, na Suiça, animais desse ecossistema, como as toninhas, estão contaminados com elementos cancerígenos residuais também de fundições.
Quando a Tupy Fundições tinha seu próprio porto nos fundos da indústria na Lagoa Saguaçú, barcaças traziam areia virgem do bairro Paranaguamirim. Quando retornavam, não iam vazias, muitas levavam areia residual que ia sendo espalhada pela Baía. 
As montanhas de areia que deveriam estar nos fundos da indústria estão, invertidas, como icebergs, na Baía Babitonga, assoreando-a e contaminando um dos mais importantes ecossistemas do hemisfério sul, de acordo com o Movimento Grito das Águas.
Prefeitura tem histórico criminoso também. Para piorar, obras públicas foram construídas com essas areias. Quadras de esportes principalmente em bairros nos arredores da empresa foram aterrados com areias contaminadas com elementos cancerígenos, doadas pela empresa para a prefeitura. Estradas e praças também. Durante anos, a indústria livrou-se de enorme passivo ambiental e socializou-o com a população contaminando praticamente todo o lençol freático da região.
alguns anos o JOV (Jornal O Vizinho) vem alertando sobre essas práticas. A empresa se viu obrigada a parar com as doações da “areia boa”. Mas, está encontrando outro caminho para, mais uma vez, socializar seu passivo ambiental com a sociedade.
Num movimento apoiado pela Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) e Acij (Associação Empresarial de Joinville), essas areias estão sendo usadas para produção de pavers (blocos de cimento) usados na construção de calçadas, como a que circunda o 62o BI de Joinville, no bairro Atiradores.

Outras obras públicas como escolas também devem ser “beneficiadas” com essa generosidade da empresa que conta com o apoio e a defesa do atual governo municipal de Joinville, sob o comando do petista Carlito Merss.
Outro destino ainda mais “nobre” está sendo defendido por empresas do setor. O uso das areias residuais de fundições na agricultura. Em maio desse ano, engenheiros e especialistas da Tupy Fundições S.A. fizeram apresentação e defesa dessa prática em reunião do Comdema (Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente), na Acij.
Na ocasião, uma das maiores especialistas no assunto, e também conselheira do Comdema, foi pragmática. A Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Univille, que foi uma das primeiras a pesquisar o reuso de areias de fundições no país, alerta que o uso do resíduo na agricultura é um risco. “Não há estudo de longo prazo, ensaio crônico, para afirmar que o uso das areias residuais de fundições não farão mal à saúde humana”, enfatizou a Dra. Therezinha Maria Novais de Oliveira. “O efeito da toxidade crônica pode aparecer só na terceira ou quarta geração”, alertou aos conselheiros, rebatendo as alegações dos representantes da Tupy Fundições S.A.
Em réplica à pesquisadora, os técnicos da empresa alegaram que nos USA as areias residuais de fundições já são reaproveitadas na construção civil e também na agricultura. Therezinha Novais lembrou que não se pode confiar num país que não assinou o protocolo de Kyoto. “Não dá para usar seus parâmetros como referência”, rebateu a especialista joinvilense. “Devemos nos preocupar com esses ‘padrões’ que dizem estar tudo OK ou com o futuro das nossas gerações”, interpelou a Pró-Reitora da Univille.

O Secretário Geral da Defensoria Social faz coro com a joinvilense e vem denunciando essas práticas que classifica de “criminosas” contra a humanidade. “As fundições estão se livrando de seus passivos ambientais contaminando o solo, os lençóis freáticos, o ar, rios e mares, como acontece em Joinville. Vamos mobilizar o mundo para impedir esse absurdo liderado por Joinville”, avisa Leonardo Aguiar Morelli

O Conama está em vias de votar e aprovar o uso de areias de fundições na agricultura para a produção de alimentos. Segundo Morelli, "algumas 'cabeças iluminadas' das empresas joinvilenses Tupy e Schulz lideradas pela Fiesc apresentaram esse absurdo ao Conama e convenceram seus técnicos de algo que o Ministério da Saúde é contra. Se for aprovado eles vão colocar mais veneno nas mesas dos brasileiros".
“O Gigante Acuado” marca início de campanha nacional contra o reuso inadequado das areias de fundições. Em setembro de 2012, no Rio de Janeiro, no Fórum “Diálogos por um Brasil Sustentável” será anunciado o lançamento do livro que narra o histórico de reportagens e denúncias contra o reuso das areias da Tupy Fundições S.A. publicados nos últimos dez anos no JOV (Jornal O Vizinho). “É parte da história do menor jornal do Brasil num embate contra a maior fundição do mundo. Uma luta de ‘Davi X Golias’ onde o poder político e econômico vem sufocando e penalizando o jornal, mas que seu editor foi reconhecido pela ONU 'Parceiro da Paz e Sustentabilidade', honraria conferida em eleição por colegiado de 14.000 jornalistas de 30 países e que será lançado em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos”, anuncia Morelli.
A Defensoria Social denuncia que é absurda essa articulação empresarial que pretende criar mecanismos para reuso das areias de fundições em obras públicas e na agricultura e que ainda conta com a conivência de alguns profissionais de órgãos ambientais do setor público como a Fatma (estadual) e a Fundema (Municipal). "A Fatma é um órgão público comandado por indicações políticas comprometidas com o poder econômico e que tem relações promíscuas com muitas indústrias. Mas, nem todos os seus técnicos e líderes pactuam com isso. Tanto que a Fatma de Joinville, no passado, foi contra o reuso das areias da Tupy Fundições S.A. Então, tudo agora está sendo decidido por Florianópolis. Nem os fiscais de Joinville podem entrar na empresa. Só os da Capital".
Morelli, que também é Coordenador Executivo da Alades (Agência Latinoamericano para o Desenvolvimento Sustentável) diz que a Tupy nunca abriu as portas para que se pudesse conferir o destino das areias fenólicas. "Eles dizem, inclusive, que o aterro deles está desativado, como determinou uma ação do Ministério Público Federal. Mas, continuamos a receber denúncias de empregados da própria empresa que eles ainda depositam areias residuais e as misturam com a fenólica, que é cancerígena. Tudo isso está se transformando em calçadas e pode ir também para a agricultura, como fertilizante, para a produção de alimentos".

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Parceiro da Paz e da Sustentabilidade

Eleito que fui “Parceiro da Paz e da Sustentabilidade”, sou um dos que serei premiado e certificado em junho de 2012 durante a Conferência Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que a ONU realizará no Rio de janeiro. A solenidade de premiação acontecerá durante 1ª BIENAL LATINO AMERICANA DE SUSTENTABILIDADE, a realizar-se no Bairro da Lapa no centro histórico da capital carioca.
O processo para a edição 2012 foi concluído com o referendo de representantes de organizações internacionais que integram o Comitê Certificador, reunidos nos dias 11, 12 e 13 de novembro em Foz de Iguaçu, para avaliar os resultados da pesquisa realizada junto a mais de 6.500 comunidades de todo o país e de 14 mil profissionais de mídia, referente a 118 indicações na categoria “personalidades”; 34 na categoria “reconhecimento profissional”; 135 na categoria “instituições”; 58 na categoria “cidades” e 500 na categoria “empresas”
O programa “Parceiros da Paz e da Sustentabilidade” promove, premia e certifica o reconhecimento social de personalidades, profissionais de comunicação, instituições, cidades e empresas que, sob os olhos da sociedade, se destacam por concretamente contribuir para a promoção dos direitos humanos das presentes e futuras gerações, a partir do efetivo exercício da responsabilidade social e ambiental.


O Comitê é integrado por representantes das seguintes instituições:
iGWC - International Global Water Coalition, com sede na Suíça e escritório de representação na Bolívia, cuja criação foi aprovada em 2005 no Fórum Alternativo Mundial da Água, com a participação de expressivas lideranças mundiais, entre elas: Mário Soares (ex-Presidente de Portugal), Vandana Shiva (Índia), Maude Barlow, Tony Clark (Canadá) e Danielle Miterrand (França);
CDS – Conselho que dirige a Defensoria Social, criada como Gesto Concreto Nacional da Campanha da Fraternidade, com apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil tendo ampliada, em 2011, sua área de atuação para defesa das demandas da sociedade em prol da paz e da sustentabilidade para a América Latina;
ALADES – Agência Latinoamericana para o Desenvolvimento Sustentável, fundada em 1993 em Buenos Aires, responsável pela gestão, entre outros, do Programa Internacional de Apoio a Iniciativas Produtivas para a Proteção de Populações, Culturas e Biomas Naturais Ameaçados para a América Latina e Caribe;
Agência BRASIL SUSTENTÁVEL - Rede integrada por mais de 14 mil jornalistas, profissionais de comunicação, pesquisadores e ativistas de mídias independentes, presentes em 30 países. 

A primeira edição ocorreu em 2008 no marco das comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde então a avaliação segue critérios estabelecidos pelo Programa Internacional de Certificação Social de Qualidade, coordenado – na América Latina e Caribe – pela ALADES, mediante a aplicação da metodologia CERTIQUALITY WORLD, sendo que as indicações premiadas e certificadas só são conhecidas após o final do processo, evitando interferências, induções ou distorções que poderiam prejudicar a credibilidade e autonomia.
Fui premiado na Categoria Mídia, adotada a partir de 2011, para promover o reconhecimento social de veículos e profissionais de mídia com destaque na formação isenta da opinião pública sobre questões ligadas à sustentabilidade. Estou entre os dez brasileiros homenageados, com destaque na modalidade "Premium", segundo o comitê, por ser "editor do Jornal Comunitário “O Vizinho” de Joinville (SC), distribuído gratuitamente há mais de 20 anos, pela cobertura de denúncias contra a Fundição Tupy por disposição irregular de resíduos tóxicos industriais nas margens da Baía da Babitonga e manipulação das autoridades ambientais do Estado para reuso desses resíduos em atividade que causam danos à saúde pública".

Destaco, abaixo, as edições dos jornais e as postagens que fiz nesse blog, sobre o tema:
Edição 748 do JOV (Jornal O Vizinho) - Edição comemorativa de aniversário de Joinville com destaque de capa para o tema (reuso de areias de fundições) com entrevista exclusiva do representante da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) nas páginas 6 e 7.
Edição 750 do JOV - Destaque de capa para entrevista com o Bispo Diocesano de Joinville, Dom Irineu Roque Scherer e editorial sobre a denúncia da Defensoria Social.
Edição 751 do JOV - Destaque de capa para o embate sobre o tema com publicação na íntegra, de nota da Tupy Fundições S.A. (direito de resposta) e alerta da Defensoria Social sobre o que qualifica de ações intimidatórias da empresa contra o jornal, nas páginas 4 e 5.
Edição 032 do JOG (Jornal O Garuvense) - Nota na página 8 sobre a repercussão nacional feita no JOV.
Postagem neste blog sobre a reação da empresa contra esse jornalista e o JOV
Edição 040 do JOI - (Jornal O Joinvilense) - Destaque de capa para os riscos do reuso de areias de fundições contaminadas com o cancerígeno fenol e complemento de reportagem na página 3.
Edição 033 do JOG - Nota na página 8 sobre o embate do reuso das areias de fundições
Edição 752 do JOV - Destaque de capa alerta que a Calçada do 62 BI pode ser apenas a ponta do iceberg com reportagem da cobertura jornalística de audiência pública na CVJ (Câmara de Vereadores de Joinville) nas páginas 6 e 7 e comentário em editorial.
Edição 33 do JOG - Destaque na coluna de meio ambiente na página 8 sobre o evento na Câmara de Vereadores de Joinville.
Postagem neste blog sobre a repercussão do tema noutros veículos de comunicação.
Edição 753 do JOV - Destaque de capa para as novas denúncias feitas por vereadores contra o reuso de areias de fundições e repercussão do tema noutros veículos nas páginas 6 e 7.
Edição 37 do JOG - Destaque na coluna de meio ambiente na página 8 sobre a denúncia nacional contra a Tupy Fundições S.A. no Anuário Brasil Sustentável.
Postagem neste blog com o alerta de radialista à atitude perigosa da Tupy contra jornalista joinvilense.
Postagem neste blog de entrevista com o presidente do Sindicato dos Jornalistas sobre o tema.
Edição 760 do JOV - Destaques de capa para resposta da Fatma/SC aos questionamentos feitos pelos vereadores sobre o reuso das areias de fundições
Edição 761 do JOV - e edição 046 do JOI - Destaques de capa para resposta do prefeito de Joinville às perguntas dos vereadores sobre os casos de suspeita de câncer e suas relações com as areias de fundição
Edição 045 do JOI - Destaque de capa para a resposta da Fatma que faz crescer suspeita contra fundição
Edição 046 do JOI - Destaque de capa para resposta do prefeito de Joinville às perguntas dos vereadores sobre os casos de suspeita de câncer e suas relações com as areias de fundição.

Edição 042 do JOG - Destaque na coluna de meio ambiente na página 8, alerta da Defensoria Social sobre a "Decisão Duvidosa" da prefeitura de Joinville em oficializar o reuso das areias de fundições.
Edição 762 do JOV - Destaque na coluna de meio ambiente na página 4, alerta da Defensoria Social sobre a "Decisão Duvidosa" da prefeitura de Joinville em oficializar o reuso das areias de fundições.

Esse reconhecimento não seria possível sem o apoio de três pessoas: Fabiane Carvalho e Jorge Mazotto (meus sócios) e Daiane Couto da Cunha (nossa funcionária). Estes são meu tripé e meus maiores patrocinadores nessa minha caminhada no jornalismo ambiental.

Segue a relação completa dos eleitos PARCEIROS DA PAZ E DA SUSTENTABILIDADE - EDIÇÃO 2012/2016 e informações gerais do programa:
Candidaturas e seleção
As indicações são feitas por organizações e movimentos sociais, populares e sindicais com reconhecida atuação nas áreas indicadas, definindo a amplitude geográfica da pesquisa de opinião junto às comunidades, áreas de influência com cálculo da pontuação de 0 a 10 (para mais ou menos). No caso de empresas, há ainda o cruzamento dos resultados de consultas e pesquisas de campo, com informações de bancos de dados públicos e mídias (consolidadas e independentes), quanto ao cumprimento da legislação, ética concorrencial, compromissos com a comunidade, governança e transparência corporativa.
A seleção, nas modalidades Gold e Premium, se baseiam na comprovação de mais de 90% das conformidades em relação às condicionantes estabelecidas pelo Comitê Certificador. Para a modalidade Certified Plus exige-se média entre 8,0 e 9,0 e na modalidade Certifified, notas entre 7,0 e 8,0. São negativadas as que apresentam desempenho de 0 a -10 (zero a dez negativo), sendo que a avaliação se desenvolve em 3(três) etapas para aferição das conformidades:
 A – QUANTITATIVA - Pesquisa de campo nas áreas do entorno das unidades produtivas;
 B – QUALITATIVA - Pesquisa Institucional com cruzamento de informações públicas em relação à legislação, normatizações e presença positiva na comunidade e na mídia, a partir de parâmetros sociais e ambientais e,
 C - TÉCNICA - Avaliação de processos produtivos.
Solenidade de Premiação
A premiação e entrega das certificações ocorrerá no dia 05 de junho de 2012 (DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE) em solenidade durante 1ª BIENAL LATINO AMERICANA DE SUSTENTABILIDADE, a realizar-se no Bairro da Lapa no centro histórico da capital carioca, durante a Conferência Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que a ONU realizará no Rio de janeiro.
Premiados
Categoria PERSONALIDADE
Modalidade Gold
Jacob Federmann, empresário da Construção Civil, fundador e dirigente do Grupo SENPAR – Terras de São José, pioneiro em empreendedorismo sustentável com a introdução do conceito de condomínio fechado no Brasil, há mais de 30 anos (Terras de São José - TERRAS I) e na adoção de inovações tecnológicas para o reuso de água em assentamentos humanos (TERRAS II), ambos em Itu - SP
Modalidade Premium
Venâncio Zezokemae – Cacique da Etnia Haliti - Reserva Indígena do Rio Formoso, Vice Presidente da Cooperativa dos Produtores da Agricultura Familiar de Tangará da Serra e região (COOPERVIDA-MT), coordenador da campanha em defesa do reconhecimento Cabeçabol como modalidade olímpica, buscando legitimar a participação das populações tradicionais e indígena nas Olimpíadas de 2016.
Modalidade Certified
Adilso Afonso da Silva, agricultor familiar, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tangará da Serra - MT pelas ações de apoio a iniciativas produtivas para a proteção ambiental dos biomas do Cerrado, Pantanal e Floresta Amazônica;
Alexandre Anderson, pescador, Presidente do Sindicato dos Pescadores do Rio de Janeiro, fundador da Associação Homens do Mar por sua luta contra a poluição das águas da Baía da Guanabara, poluídas pela Petrobras
Alexandre Pessoa - Pesquisador da FIOCRUZ-RJ pelo apoio científico às comunidades afetadas pela TK CSA (Thiessen Krupp – Companhia Siderúrgica do Atlântico) e à Campanha contra Agrotóxicos
Janira Rocha, Deputada Estadual pelo Psol/RJ pelo apoio às reivindicações dos Bombeiros e contra as violações dos direitos da categoria em função de arbitrariedades cometidas pelo Governo Sérgio Cabral e pela defesa das comunidades afetadas pela degradação ambiental e riscos à saúde pública, cometidas pela multinacional alemã Thiessen Krupp na Baía de Sepetiba no Rio de Janeiro
Jilson Silva – Secretário Adjunto da Casa Civil do Governo do Estado de Mato Grosso pelo apoio aos programas de incentivo à iniciativas produtivas da agricultura familiar em defesa da proteção de biomas naturais ameaçados;
Joice Hasselmann – Jornalista, âncora da BandNews FM Curitiba
Leopoldo Fiewski – Secretário de Saneamento e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Maringá pela implementação de ações estratégicas para garantir a sustentabilidade do município nas áreas de proteção do Bioma da Mata Atlântica; Saneamento Ambiental e adoção de novas tecnologias para tratamento de resíduos domésticos urbanos.
Marcelo Freixo – Deputado Estadual Psol/RJ, tendo sido Presidente da CPI das Milícias por conta do combate ao crime organizado no interior do sistema de segurança pública do Rio de Janeiro. Mesmo sob ameaça de morte, denuncia a omissão criminosa do Governo Sérgio Cabral;
Vittório Cury Calia – Industrial, fundador e dirigente do Grupo Mital de Salto Grande/SP com investimentos em apoio à gestão ambiental para o turismo sustentável; reciclagem de resíduos de farinha de mandioca para a produção de álcool de cereais e referência positiva no exercício de responsabilidade social e ambiental em atividades industriais no ramo de metalurgia.
Categoria INSTITUIÇÃO
Modalidade Premium
Associação dos Docentes da Universidade Rural – RJ (ADUR-RJ) - Pelo apoio à luta contra a implantação do mega lixão imposto arbitraria e ilegalmente pelos Governos Sergio Cabral e Eduardo Paes à comunidade de Seropédica na Baixada Fluminense, com risco à saúde pública pela contaminação do solo e das águas do aquífero que abastece a região metropolitana do Rio de Janeiro.
Modalidade Certified Plus
Cáritas Brasileira – Organismo de Caridade mantido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, desenvolvendo os mais importantes programas de apoio às populações do semiárido nordestino, construção solidária de cisternas na região do Bioma da Caatinga;
IAB - Instituto Adolpho Bauer pela promoção de conhecimento em sustentabilidade, com sede em Curitiba – PR;
inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias pela promoção de tecnologia e logística para recolhimento e destinação de embalagens residuais da agricultura
Pró Reitoria de Extensão Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Pelo apoio à pesquisa e certificação de tecnologias sustentáveis de tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos na região metropolitana do Rio de Janeiro;
Modalidade Certified
CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento pelo apoio à Agricultura Familiar através de programas de compra direta e distribuição de alimentos a entidades sociais;
Fazenda TIBÁ – Rio de Janeiro – Pela promoção, difusão e capacitação de jovens em técnicas construtivas sustentáveis, bioarquitetura e bioconstrução em benefício de comunidades e escolas carentes do Rio de Janeiro
SINDSPREV – RJ – Sindicato dos Trabalhadores da Previdência Social e Saúde do Estado do Rio de Janeiro pela solidariedade às lutas dos Seringueiros do Acre em defesa da Floresta Amazônica; incorporação da representação e defesa dos direitos dos Agentes Comunitários de Saúde; solidariedade às vítimas das enchentes na comunidade do Morro do Bumba e região serrana do Rio de Janeiro e suporte à DEFENSORIA SOCIAL nas demandas em defesa da preservação ambiental na região de Maricá e Seropédica;
União Municipal por Moradia Popular de Fazenda Rio Grande – PR pela resistência à implantação de lixão na cidade, tendo sofrido inclusive ataques de pistoleiros a mando de empresas de lixo.
Categoria CIDADE
Modalidade Premium
Maringá – PR – Modelo em planejamento estratégico de longo prazo visando a recuperação de remanescentes de Mata Atlântica e gestão dos resíduos sólidos urbanos com adoção de tecnologias sustentáveis para eliminação de lixões.
Modalidade Certified Plus
Alfenas – MG
Americana – SP
Barueri – SP
Bonito – MS
Canela – RS

Modalidade Certified
Mogi Guaçu – SP
Olinda - PE
Rio Negro - PR
Trancoso – BA
Vinhedo - SP
Categoria EMPRESA
Modalidade Premium
Brookfield Energia Renovável – Por ações eficazes de responsabilidade social e ambiental em empreendimentos de geração de energia limpa de baixo impacto.
Modalidade Certified Plus
CBN Curitiba – Radio Jornalismo
CEF – Caixa Econômica Federal – Investimentos com sustentabilidade em energias limpas no Estado do Mato Grosso através do FI-FGTS
Cimflex – Recicladora de Embalagens Agrícolas com sede em Maringá – PR, com melhor desempenho no segmento de inovações tecnológicas no ramo de embalagens;
EDM Logos – Pela promoção do conceito de sustentabilidade através de suas ações de comunicação corporativa, mantenedora do Instituto LOGOS Ambiental com ações expressivas na organização e realização do Festival Internacional de Dança de Joinville – SC;
EMBASA – Empresa de Saneamento da Bahia pelo programa de despoluição de praias, investimento expressivo no fornecimento de água de boa qualidade às populações carentes;
Foxx Soluções Ambientais pela promoção de modernas tecnologias para tratamento de resíduos sólidos que valorizam a reciclagem com promoção da recuperação energética de resíduos em consonância com a Política Nacional de Residuos do Governo Federal;
Grupo Brennand – Recife (PE) - Pelo apoio a atividades comunitárias de apoio à juventude no campo onde opera investimentos de geração limpa de energia com baixo impacto social e ambiental;
HP Travel - Melhor desempenho o ramo do turismo de aventura, eco turismo e turismo do conhecimento através de vivências em comunidades rurais, indígenas e quilombolas com destaque por sua participação ativa na construção de um Programa Integrado para o Desenvolvimento Sustentável da Região Médio Norte do Estado do Mato Grosso com vistas à COPA 2014;
JM Energia – Pelo desempenho, com responsabilidade social e ambiental, na implantação de empreendimentos de geração de energia limpa de baixo impacto nas regiões sudeste, centro-oeste e sul do país;
Panificadora Pão & Opção – melhor desempenho de sustentabilidade em empreendimentos de pequeno porte que promovem economia familiar de qualidade, localizada na Rua Francisco Nadolny no bairro de Campina do Siqueira – Curitiba – PR;
Modalidade Certified
Agua Nativa – Pinhais - PR
Banco da Amazônia
Brasilata
Case New Holland
Cisco
Clean Gestão Ambiental
Doceria Holandesa Shopping Sta Cruz SP
Editora Insular – Florianópilis – SC
Estação Café – Espetinho´s Bar - Maringá
Farmais
F.A. Maringá - Convicto Jeanswear
Ford Motors
Foxx Soluções Ambientais
Frigorífico Minerva
GVT
Honda Manaus
Hospital AC Camargo
Indústria de Móveis Todeschini
Jeans Sawari
Madeireira Raksa
Mapfre Seguradora
Metalúrgica Mital – Salto Grande - SP
Nokia
Oligráfica – Perus - SP
Osklen
Pousada Salto Grande - SP
Pousada Tubarão – Arraial D´Ajuda - BA
Res Brasil Tecnologia Sustentável para Embalagens
Saanga Grill Shopping Estação – Curitiba – PR
San Juan Executive Hotel – Curitiba - PR
SICREDI Tangará da Serra - MT
Siemens
Sony
Starbuck
Tetrapak
Trio Design – Salto Grande - SP
Toyota Indaiatuba
Villaggio Grando (Vinícola – Esteio - RS)
Vox Capital (Fundo de Impacto Social)
Weber Saint Gobain
Whirpool - SS 

Categoria MÍDIA
(Adotada a partir de 2011, visa promover o reconhecimento social de veículos e profissionais de mídia com destaque na formação isenta da opinião pública sobre questões ligadas à sustentabilidade)
Modalidade Gold
BAND NEWS FM Curitiba – Pela cobertura isenta do processo de licitação para implantação do modelo SIPAR para tratamento do lixo na região metropolitana de Curitiba.
Modalidade Premium 
Altamir Andrade, editor do Jornal Comunitário “O VIZINHO” de Joinville (SC), distribuído gratuitamente há mais de 20 anos, pela cobertura de denúncias contra a Fundição Tupy por disposição irregular de resíduos tóxicos industriais nas margens da Baía da Babitonga e manipulação das autoridades ambientais do Estado para reuso desses resíduos em atividade que causam danos à saúde pública.
Modalidade Certified 
Celso Nascimento, editorialista do Jornal Gazeta do Povo, com destaque para seu posicionamento independente na cobertura de irregularidades na licitação do lixo em Curitiba - PR ;
Eduardo Geraque, repórter de sustentabilidade da Folha de São Paulo;
José Padilha, cineasta e documentarista, pelo filme “TROPA DE ELITE 2” que deflagrou a denúncia com relação à limpeza e podridão na estrutura governamental da segurança pública no Rio de Janeiro em que a ficção escancara a vida real, o cinema com força de documentário;
José Wille, âncora da Rádio CBN Curitiba, com destaque para seu posicionamento independente na cobertura de irregularidades na licitação do lixo em Curitiba - PR ;
Lea Okseamberg, jornalista, pela publicação de matéria sobre gestão sustentável para de resíduos sólidos – Revista Sustenta Brasil mantida pelo Instituto Adolpho Bauer;
Leonel Rocha, repórter especial da Revista Época em Brasilia, colaborador da Agência BRASIL SUSTENTÁVEL;
Osny Martins, âncora da Rádio Jovem Pan FM Joinville pela cobertura de denúncias contra a Fundição TUPY pela destinação irregular de resíduos cancerígenos com impacto na saúde pública na região da Baía da Babitonga em Joinville-SC;
Silvio Tendler - Cineasta, pela produção e direção do documentário “O veneno está na mesa” que denuncia o consumo de 5,2 litros/ano de veneno pela aplicação de agrotóxicos na produção de alimentos pelo agronegócio com danos irreparáveis à saúde da população.