A noite de cinco de março de dois mil e dezesseis, para aproximadamente 300 pessoas, pode ser um marco histórico.
Uma apresentação "despretensiosa" de Chico César, no Teatro Oficina, iniciativa para que a bilheteria pudesse fazer caixa e, assim, quitar uma dívida de Zé Celso, pendente na área da saúde, teve momentos de catarse, ou quase isso, e ampliou sua razão de acontecer.
O show, com o cantor ocupando praticamente todos os espaços do Teatro Oficina, acompanhado de parte do elenco de Zé Celso intercalando poesias, configurou-se numa obra inesquecível, marcante.
Registrei dois minutos dos momentos finais do espetáculo com Chico César, Zé Celso, o elenco e o público a cantar e dançar "Mama África".
A música seguinte (Pra não dizer que não falei das flores), que não pude gravar, pois a bateria foi-se, encerrou o show no interior do teatro. E então, todos foram para céu aberto, nos fundos do prédio, entoar cirandas...
Este desfecho foi fermentado pelo discurso de Zé Celso. Com a lucidez de um ativista político/cultural que tem na memória e na carne a vivência do período do Golpe Militar de 1964, Zé Celso convidou os presentes à reação.
Reagir a outro fato histórico da manhã do dia anterior quando o ex-presidente Lula fora levado, coercitivamente, à Polícia Federal, para depoimento.
A condução forçada de Lula, que durante o dia quatro de março ganhou proporções assustadoras de manifestações prós e contras, principalmente nas redes sociais, no Teatro Oficina, conquistou o engajamento de um dos mais importantes intelectuais da área artística/cultural.
E as mãos dadas de elenco e público deram mostras de uma união à uma causa que há muito não se via.
O espetáculo, marcante, construiu-se como manifestação política de brasileiros mais à esquerda que estão dispostos a reagir para dar um "basta" ao que têm certeza tratar-se de um novo golpe sendo articulado por alguns setores da sociedade mais à direita.
Veremos.
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