quarta-feira, 10 de abril de 2013

Formar líderes e oradores qualificados. Missão sendo cumprida desde 1979

O Brasil já viveu um período dominado pela Ditadura Militar que matou ou desapareceu com milhares de brasileiros país afora. Liderar, naquela época, era arriscar-se à morte. Mas, esse período sangrento foi vencido pelas forças democráticas alicerçadas no direito à livre expressão. Para tanto, foi necessário recuperar o tempo e as lideranças reprimidas.

No dia 10 de abril de 1979 nascia, em Joinville, SC, uma das entidades da sociedade civil organizada que mais tem contribuído, desde então, para a formação de oradores qualificados e líderes, o COL (Clube de Oratória e Liderança) de Joinville.
No dia 08 de abril, cumprindo sua orientação estatutária de assembleia às segundas segundas feiras de cada mês, sócios, convidados e formandos participaram de mais um evento festivo da ONG (Organização Não Governamental).
Na ocasião, o empresário Robson Roque Heidemann, diretor da Kyly Têxtil, de Pomerode, SC, recebeu da presidenta Mônica da Silva Robert o troféu de "Melhor Orador", pois fora eleito pelos alunos do Curso de Oratória e Liderança com Ênfase em Desinibição realizado no início do mês.
Heidemann diz que está muito satisfeito com o resultado do curso e já determinou ao RH da sua empresa a inscrição de sete colaboradores no próximo que acontece em julho. "O pragmatismo é muito importante para mim, bem como a aplicabilidade do que é ensinado. 100% do que aprendi é aplicável em minha vida diária. Além do que prezo muito cursos que tenham um efeito positivo na qualidade de vida das pessoas, e mais ainda quando este efeito acontece de forma rápida".
Outra formanda eleita "Melhor Oradora" pelo mesmo grupo recebeu o troféu do presidente Mário Lúcio Floriani. A advogada Jeana Paola Adriano afirma que o curso oferece muito mais do que o conhecimento das técnicas da oratória e de liderança. "Passamos a conhecer muito melhor a nós mesmos, nossa capacidade, nossos limites e a ampla possibilidade de superá-los. O conhecimento dos instrutores, não somente em relação às técnicas, mas especialmente em relação ao tratamento inter-pessoal com os instruídos, é fantástico".
Já o estudante Airton Akio Sato, eleito o orador que teve a "Maior Evolução" durante as 20hs do curso, disse em seu discurso de agradecimento que está surpreso com a sua própria evolução e o quanto está mais seguro para enfrentar plateias. "Agradeço muito o que os instrutores e o curso fizeram por mim". Ele recebeu o troféu do fundador do clube, empresário Laércio Beckhauser.
Eu e meu auxiliar de instrutor, o ambientalista João Carlos Farias, também recebemos uma emocionante homenagem, dos formandos.
 As COLeanas Jeana Paola Adriano e Mariana de Limas, presentearam-nos, em nome da turma, com o box "Dois homens que mudaram o mundo" contendo dois livros com as biografias de Albert Einstein e Charles Chaplin. Nas suas falas elas justificaram a escolha deste presente porque o curso provocou uma transformação impressionante nos participantes tornando-os pessoas melhores preparadas para os desafios da oratória e liderança. Agradeci emocionado o carinho e gentileza.
Os alunos, além dos troféus, receberam os seus respectivos certificados de conclusão de curso e posteriormente participaram da solenidade de posse da diretoria que vai liderar o clube de abril de 2013 a abril de 2015.

Os formandos receberam os seus certificados do primeiro presidente do COL, o advogado Jaime Geraldo Pereira.
Duas diretoras também participaram do curso. A advogada Fernanda Benedetti Batistella diz que o curso não muda as pessoas. "Melhora! E esse é o primeiro e importante passo para uma futura mudança, e melhorar significa muito nos dias de hoje". Para ela, o curso, por ser dinâmico e interativo, desenvolve muito os alunos.
Outra diretora, Avanir Luciane Herzmann Cardoso, que é facilitadora de pathwork, destaca o cuidado que o instrutor tem nas correções e observações das apresentações de cada aluno. "Me senti respeitada e em nenhum momento constrangida por seus comentários e observações. Isto é importantíssimo em um ambiente de aprendizagem".
O curso contou com a participação de moradores de outros municípios vizinhos, como o empresário Daniel de Bona, de Garuva. Ele diz estar muito grato e feliz de ter participado deste curso. "É realmente muito bom. Os professores excelentes. Nos oferece um conhecimento que muitos deveriam ter. Provoca uma grande transformação".
O cartorário Evandro Antunes Teixeira, de Araquari, pontua que os exercícios práticos auxiliam muito no aprendizado e que vai recomendar o curso para os amigos. "Porque a evolução no aprendizado da oratória foi verificada em todos os participantes. O curso ajuda muito as pessoas a se comunicarem melhor".
O curso contou com a participação de 24 alunos e alguns diretores também estiveram na sede recreativa do Sindicato dos Radialistas de Joinville algumas noites, local onde foi realizado o treinamento.
No evento festivo a advogada Mônica da Silva Robert foi diplomada presidenta pelo seu antecessor, o presidente Mário Lúcio Floriani, que agora se integra ao grupo do Conselho de Presidentes.
Em seu discurso de despedida, Floriani disse: "I have a dream", que tem o sonho de ver o clube ainda mais dinâmico e atuante, agora sob o comando da advogada. "Tenho a honra de ter feito minha sucessora, uma mulher, a primeira a liderar o clube que comemora 34 anos".
Da mesma forma, Mônica da Silva Robert reiterou, em seu discurso de posse, que dará continuidade a todos os projetos iniciados e parcerias firmadas pela diretoria que está sucedendo. "É meu compromisso pessoal contigo, presidente Floriani".
Foi na gestão dele, por exemplo, que o COL idealizou e realizou o projeto do vídeo documentário "O rio que teima pela vida", agora uma peça oficial do governo municipal de Joinville para a educação e conscientização ambiental.
Outros diplomados no evento festivo:
 Lucas Azevedo Fonseca: "O curso cumpre o que promete. Elimina o maior 
medo da humanidade. Transforma os tímidos e inseguros em confiantes"

Zenaide Belli Bogo: "É o melhor aprendizado que já tive. Vou recomendar a 
muitas pessoas. Não imaginava que seria tão importante para mim". 

Mauro Cesar Ronchi: "São ótimas as técnicas aplicadas no curso.
Os instrutores de alto nível e muito dedicados"

Maikon Ronsani Borges: "O curso é planejado, organizado e o conteúdo contempla dicas simples e altamente eficazes com uma didática excelente dos instrutores.
O bom humor empregado facilita o aprendizado, além da franqueza,
 honestidade e objetividade nas avaliações".

Hélio Satoshi Hanai: "Com o curso, nos últimos dias, percebi uma melhora significativa não somente na maneira como discurso, mas também na minha comunicação"

Gabriel Roberto Buerger: "O conteúdo do curso é denso e bem objetivo com práticas que induzem à melhoria imediata. Os instrutores, muito simpáticos e atenciosos, promovem um ambiente agradável e cordial"

Luiz Antonio Coimbra Krein: "A cada aula recebemos instruções que são colocadas em prática. Estas excedem as expectativas, seja em veracidade ou utilidade. Tive um resultado acima do esperado compensando todo e qualquer investimento"

Neste curso decidimos colocar em prática uma inovação no seu programa. A de transformar a formatura numa aula de organização de eventos. Assim, 15 alunos participaram de atividades diversas.
Luiz Krein foi quem fez a saudação de aniversário pelos 34 anos do clube

Luciane Cardoso atuou na recepção

Também atuou na recepção Robson Heidemann. Quem chegou mais cedo para ajudar a organizar o lay-out e instalar equipamentos foi Airton Sato e Paulino Rosanski.
Receber autoridades foi tarefa de Álvaro Bogo. A distribuição dos vales-jantares aos formandos foi realizada por Fernanda Batistella. Zenaide Bogo e Mariane de Limas acompanhavam às mesas os convidados.
As fotografias são de Jeana Paola. A tarefa de cronometrar os discursos e sinalizar o tempo, de Hélio Hanai. A saudação de boas vindas aos presentes foi praticada por Mauricio Zago e a conferência se todos foram servidos com o bolo comemorativo coube ao Lucas Fonseca.
O encerramento com desmonte dos equipamentos e levar tudo à sede do COL foi tarefa de Mauro Ronchi. O evento foi perfeito com toda a pauta cumprida rigorosamente nos seus horários planejados.
Outros momentos do evento:











Diretoria Gestão 2013/2015: Jéssica Andrade, Luciane Cardoso, eu,
Mônica Robert, Fernanda Batistella e Tânia Welter

Me digam se o Floriani não é um grande amigo? Ele faz uma mulher sucedê-lo e ela forma uma diretoria só de mulheres! Me sinto "bendito" entre elas. O único representante do gênero que comandou este clube por 34 anos! Obrigado Amigo. Vai ser muito bom ter essas diretoras lá em casa de vez em quando e cozinhar para elas.

Outras fotos do curso:
 A personagem "O despreparado", criada no clube e protagonizada por
João Carlos Farias cria um momento de muita descontração com sua atuação 
rica em exemplos de como não deve se comportar um orador

"O despreparado" entra em cena por apenas 15 minutos durante o curso.
Mas, ele é um abusado com os alunos que aprendem se divertindo 

 Nesse momento "O despreparado" começa a sair de cena
 e fica aquela vontade de "eu queria mais..."

Em cada módulo os alunos elegem o melhor orador que, após apuração é revelado,
 recebe brindes e faz um discurso com a técnica de agradecimento. 
Nesse módulo, a Mariana de Limas ganhou um brinde adicional, trazido da Índia. 
Ela comemorou muito a conquista e as pulseiras indianas

Leia mais sobre o tema neste blog:
Superação do medo e da inibição


Parceiros do COL Joinville

domingo, 7 de abril de 2013

Razões para relacionar-se com um jornalista

O dia 07 de abril foi instituído pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa) "O Dia do Jornalista" em homenagem a João Batista Líbero Badaró, médico e jornalista, que morreu assassinado por inimigos políticos, em São Paulo, em 22 de novembro de 1830. O movimento popular gerado por sua morte levou à abdicação de D. Pedro I, no dia 7 de abril de 1831. Um século depois, em 1931, em homenagem a esse acontecimento, o dia 7 de abril foi instituído como o "Dia Nacional do Jornalista".
Todavia, esta não é a única data. Várias são as criadas para homenagear esses profissionais da imprensa:
24 de janeiro - Data do padroeiro da profissão, São Francisco de Sales (bispo e doutor da Igreja Católica) para homenagear os profissionais do jornalismo.
29 de janeiro - A data é, de longe, mais citada nos calendários comemorativos brasileiros mas, ao mesmo tempo, a que menos tem referências à sua criação. As informações vão desde uma homenagem ao jornalista e abolicionista José do Patrocínio (que teria falecido, nesta data, em 1905) até sendo uma data exclusivamente católica.
16 de fevereiro - Dia do Repórter. Ao contrário do que o senso comum, repórter não é sinônimo de jornalista. A função de repórter é apenas mais uma das que os jornalistas podem exercer.
03 de maio - Pode ser considerado o Dia do Jornalista por ser a data da Liberdade de Imprensa, decretada pela ONU em 1993.
01 de junho - Dia da Imprensa que durante 192 anos foi comemorado, erroneamente, em 10 de setembro (atribuía-se à Gazeta do Rio de Janeiro, jornal oficial do Império, ser o primeiro jornal brasileiro). No Brasil, a Imprensa surge em 1808, quando passou a circular, em 1º de junho, o "Correio Braziliense", editado em Londres por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça.
E quanto ao dia mundial? Levando em conta o maior número de pessoas comemorando, o dia 8 de novembro seria o dia oficial, em que 1,3 bilhões de chineses comemoram a data. Nos EUA, o dia do jornalista é comemorado em 8 de agosto e mais datas surgem em pesquisas em outros países.

Jornalistas são profissionais que passam no mínimo quatro anos estudando história da arte, sociologia, filosofia, psicologia, antropologia, semiótica, gestão de empresas de comunicação etc, todavia, muitos pensam que aprendem apenas redação e a sorrir para as câmeras.
A primeira função de um jornalista é transformar informação em notícia, o que implica organizar o grande volume de dados por meio de diversos processos: classificar, priorizar, hierarquizar, incluir, excluir, adaptar, expor... Esses processos são tecnicamente chamados de edição. Mas essa não é a única função.
Entre várias outras, e uma das mais importantes e árduas da profissão, está a crítica. O bom jornalista pouco concorda e muito questiona. A contestação e o questionamento são inerentes ao profissional. Por consequência os bons jornalistas angariam antipatia pelas autoridades ou por aqueles que estão no poder. 

É por isso que a primeira providência em uma ditadura é a censura – calar a imprensa. 
Mas, existem boas razões para relacionar-se com um jornalista.
Recebi, alguns dias atrás, um texto bacana, sem identificação da autora. Socializo:

√ Jornalistas acham que podem salvar o mundo com uma matéria. Veja que sensibilidade!;
√ Geralmente é criativo, ele vai surpreender você quando menos esperar;
√ São curiosos e antenados, você sempre ficará por dentro de quase tudo que acontece;

√ Eles ganham muito mal, mas isso é bom porque vocês podem aprender a economizar dinheiro;
√ No Natal, Ano Novo, Carnaval… eles provavelmente estarão trabalhando. Mas, pense pelo lado positivo: antes trabalhando do que na farra;
√ E outra! Trabalhando muito, falta tempo de se interessar por outra pessoa;
√ Eles não são bons de matemática, mal sabem somar e subtrair; mas, para que saber isso se sabem escrever bem?;
√ Acostumados com pautas, são organizados e planejam as coisas antes de fazê-las;
√ Como é fissurado por fontes, quando você tiver uma ótima ideia, ele não vai dizer aos amigos que foi coisa da cabeça dele. Dará todas as honras para você!;
√ Como vive numa rotina corrida, não tem muito tempo para opinar nas coisas da casa. O que você fizer, ele vai achar lindo;
√ Tudo é um grande brainstorming (tempestade de ideias). Monotonia não vai entrar na sua casa!;
√ Quando vocês brigarem, ele não vai achar que a opinião dele é a melhor. Tem que ouvir todos os lados de um fato, ele saberá analisar a situação!;
√ Mantêm revistas e jornais no banheiro. Você nunca ficará olhando para o vácuo enquanto faz suas necessidades fisiológicas. Ganhará conhecimento!;
√ Idolatram pessoas totalmente desconhecidas (o seu Zé, a Dona Maria, o Juquinha…) Todos com ótimas histórias de vida que vocês podem usar no cotidiano também para se tornarem pessoas melhores!;
√ Tudo para o jornalista tem uma explicação. Eles nunca vão se contentar com a primeira versão de um fato. Você sempre terá uma resposta, mesmo que demore;
√ São ótimos investigadores. Se alguém no trabalho passar a perna em você, rapidinho ele descobre quem é!;
√ Como trabalham muito, não tem tempo para beber demais, fumar, se envolver com drogas… Você terá um companheiro saudável!;
√ Tá bom, vai… eles não costumam comer coisas muito saudáveis. Mas se você for legal e fizer comida para ele levar ao trabalho, isso se resolve rapidinho, não é?
√ Suas viagens nunca serão monótonas! Se acontecer qualquer movimento estranho, ele vai logo querer saber o que é e infiltrará você junto para desvendar o problema;
√ Amam roupas leves e simples no dia a dia. Você não vai gastar muito dinheiro com isso;
√ Mas também sabem se arrumar bonitinhos para os eventos. Você terá um parceiro que sabe ser simples, mas também sabe arrasar. Tudo vai depender da ocasião;
√ A agenda é o seu melhor amigo. Mas, não fique com ciúmes! Pense pelo lado positivo, nunca vai esquecer nenhuma data importante, porque tudo fica rigorosamente descrito lá;
√ Eles não ficam irritados com “nãos”, afinal, estão acostumados com assessorias de imprensa que não querem divulgar os bafões. Você não terá um companheiro irritado, mas, em compensação ele não vai desistir até conseguir o que quer. Mas só de não ser grosso já vale, não é!?;
√ Como são antenados, também sempre ficam sabendo das novidades tecnológicas primeiro. Às vezes, até ganham de presente para testar a ferramenta. Você terá tudo em primeira mão na sua casa;
√ Eles não se importam com calor, chuva, trovões… afinal, precisam estar onde a notícia está! Você poderá ir na praia com 50 graus tranqüila ou aquela viagem dos sonhos pode se tornar um pesadelo no caos urbano que ele não vai blasfemar. Ainda vai dar risada da situação;
√ Eles sempre sabem tudo todo o tempo;
√ Gostam de música para acalmar;
√ Leem livros raros, histórias para crianças e semiótica… Seus filhos serão super dotados se depender dele;
√ Sua vida social é infinitamente grande. Você nunca poderá reclamar que não conhece gente nova;
√ Eles estão acostumados com coisas chatas e sabem contorná-las muito bem. A relação nunca vai virar algo monótono;
√ Eles gostam de camisas com estampas de alguma brincadeira sobre algo atual. Suas amigas vão ficar com inveja do seu companheiro inteligente;
√ Eles sempre têm uma opinião sobre qualquer coisa na face da Terra. Durante uma conversa entre amigos, vocês nunca ficarão apagados;
√ A maioria gosta de virar psicólogo, técnico de futebol e médico às vezes. Você terá um companheiro mil e uma utilidades;
√ Por causa da profissão, são forçados a aprender mais de um idioma. Você vai ouvir “Eu te amo” em, pelo menos, umas três línguas diferentes;
√ A primeira coisa que seu filho vai aprender é que a informação é a alma do negócio. Com dois anos, sua fofurinha vai saber o que é aquecimento global, mercado financeiro e já saberá criticar políticos;
√ Gostam de mudar de cidade, estado e até de país. Você conhecerá muitos lugares!;
√ Assistem documentários e vão a museus o tempo todo, não importa o que seja. Ô cultura!


Apesar destas "maravilhas" apontadas acima, nos últimos dez anos aumentaram os casos de depressão, infidelidade conjugal e uso de drogas entre os jornalistas. No vídeo abaixo uma excelente dica de como ajudá-lo numa situação cada vez mais comum de acordo com a pesquisa de José Roberto Heloani.

A recente pesquisa do professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas ), revela também que o fato de haver poucos e grandes grupos de comunicação, isso faz com que as pessoas afetadas não façam denúncias formais em casos de assédio.
Para ele, a melhor maneira de melhorar a situação do jornalista é dialogar sobre os problemas da profissão e fortalecer os sindicatos. O estudo foi feito com base em uma pesquisa intermediária de 2005 feita com 70 profissionais e uma pesquisa mais recente, com 250 jornalistas.
Para finalizar esta postagem, uma imagem e um curto texto para que você possa fazer uma das coisas que mais dá prazer ao profissional do jornalismo, provocar no cidadão a reflexão, diferentes pontos de vista, o debate:

Leia mais:
Corrupção, um mal que aleija consciências
Uma arma à cabeça, um tiro. Jornalismo é profissão de riscos

sábado, 30 de março de 2013

Governantes que mentem, cedo ou tarde são desmascarados


"Ciclovias de Joinville são destaque na imprensa de São Paulo". Essa foi a manchete de relise distribuído à imprensa pela Secretaria de Comunicação da prefeitura em 19 de março de 2012.
A manchete já é um engodo, pois o que Joinville quase não tem são ciclovias, mas sim ciclofaixas. O texto começava assim: "
As ciclovias de Joinville foram destaque nacional da reportagem "Bikes de Joinville têm muito a ensinar a SP", do jornal Diário do Comércio, de São Paulo, no dia 8 de março. Conhecida como Cidade das Bicicletas, Joinville tem quase 100 quilômetros de ciclovias ciclofaixas e 12% dos mais de 500 mil habitantes são ciclistas".

A informação oficial da prefeitura afirmava, ainda: "Sobre o convívio entre automóveis e bicicletas, o diretor do Ippuj (à época) ressaltou que nossas ciclovias ocupam na pista o chamado leito carroçável, espaço que seria destinado normalmente ao estacionamento de veículos. 

É uma faixa razoável, com dois metros de largura e mão de sentido duplo, na qual o ciclista se movimenta com segurança..". 
Aqui, mais uma enganação oficial, pois são raras as ciclofaixas com essa largura. A maioria não permite que duas bicicletas se cruzem ou ultrapassem, de tão estreitas, como comprovou uma série de fotografias feitas no início deste ano pelo bike jornalista Valter Bustos.

Destruí a bicicleta
Incrível o que vi... A bicicleta entortou, a roda dianteira estava longe e o homem não conseguiu mais pedalá-la. Tudo isso na trombada com o meu corpo! Que muralha, pensei, sendo quase franzino.
Meu acidente ocorreu próximo deste ponto da Rua Visconde de Taunay, onde, num passado recente, a ciclofaixa protegia mais o ciclista. Agora, restam apenas a pintura na pista e alguns sinalizadores. Os blocos de cimento, atropelados pelos carros, foram tirados todos para protegerem os veículos. Os ciclistas não precisam de proteção, concluiu o governo anterior (gestão Carlito Merss-PT), ao mandar desmanchar o que ele mesmo fez

A via é de mão única. Uma curva fechada obriga ao pedestre atenção redobrada para não ser pego por veículos que surgem de repente. Então, a atenção é só para o lado esquerdo. Foi assim que a atravessei. Pois, do lado direito pedalava um trabalhador na contra-mão (pelas 6h30 da manhã é pequeno o fluxo de veículos). Não o vi nem o ouvi. Só senti o impacto que foi como se houvesse tomado um soco de um boxeador. Foi mais ou menos o que aconteceu. A mão esquerda no guidão foi quem acertou-me nas costelas naquele ponto que os boxeadores buscam incansavelmente atingir seus opositores. Foi uma esquerda direta no fígado.
Caí de quatro ralando bastante os joelhos ainda sem entender o ocorrido e vitimado por um desmaio de uns três segundos. Ato contínuo, e já consciente, ouço uma voz se desculpando. O homem estava perplexo e preocupado comigo. Ainda zonzo, precisei sentar-me (havia um providencial muro baixo) e a primeira coisa que disse foi: "Estás maluco. Vens na contra-mão e não olhas o que tem à frente!". Mas, logo em seguida sorri e disse para ele não se preocupar, apesar da forte dor nos joelhos.
Cinco minutos depois eu decidi continuar minha caminhada de casa ao trabalho e me despedi do homem desejando que ele tivesse um bom dia. Senti pena dele. Afinal, foi um acidente. A calça roçando os joelhos me obrigaram a ir mais devagar, quase coxo. Ao chegar à empresa, sentei-me e tive uma vertigem pela dor na região do fígado e rim direito. Não tive dúvidas. Fui imediatamente à emergência do Hospital Dona Helena que fica a menos de 500 metros de onde era a sede da minha empresa.
Lembrança cavalar
Dezenas de radiografias e nenhum osso quebrado. Só a visão dos nós de duas costelas quebradas há alguns anos quando meu cavalo passou por cima de mim num tombo em que tentei segurar minha filha que caia do cavalo dela.
Mais de duas horas depois e consulta com especialistas, o jovem médico (Damiano S. Hemkemaier) deu-me uma lista de sintomas que se um deles se apresentasse deveria voltar à emergência. "Observação rigorosa pelas próximas 48 horas", alertou o simpático médico. Então, fiquei me observando, ralado e dolorido. Mas, foi só isso mesmo! 
Este acidente ocorreu em 11 de janeiro de 2011 com uma postagem sobre o episódio: Fui atropelado e posto à nocaute.
Em Joinville, que já foi considerada a "Cidade das bicicletas", ciclovias e ciclofaixas e trânsito cada vez mais congestionado estimulam pedestres e ciclistas. 
Mas, as políticas públicas ainda priorizam os veículos motorizados e algumas iniciativas para os ciclistas, têm retrocesso, como nesse caso da Rua Visconde de Taunay.
E isso inibe mais adesão às bicicletas. Há cinco anos optei por ela como principal veículo para a minha locomoção. Aprendi, nas costelas, e observando decisões públicas que devo ser cuidadoso. Isso porque ainda há muita desinformação, mas principalmente, falta de respeito, de gentileza e de políticas públicas comprometidas com as "magrelas", como também costumamos chamá-las por aqui.
Pedalada Santa
Participei, na Sexta-Feira Santa, de mais uma iniciativa de Bicicletada. Apesar da pequena participação, o movimento insiste e estes "jovens sonhadores" fazem parte de uma iniciativa que mobiliza grupos que reúnem de dois a milhares de ciclistas e cicloativistas mundo afora. No fim desta postagem reúno várias outras que comprovam essa revolução mundial em favor das bicicletas.


A concentração da Pedalada Santa foi na Praça da Bandeira. Enquanto esperávamos para a largada às 19h, um grupo de praticantes de BMX apareceu lá. Um dos participantes da pedalada era praticante do esporte e foi reconhecido pelo grupo. Mauro Lorenzi Júnior, tatuador, agora é adepto das bicicletas de roda fixa, comumente conhecido como fixie, uma alternativa popular entre ciclistas, principalmente urbanos. 

Quase sempre os próprios ciclistas montam suas bicicletas que não têm freios. Assim como o Mauro, outros são aficionados pela modalidade. Mas o esporte exige mais cuidado ainda. Há poucas semanas um destes praticantes sofreu um acidente e quebrou o braço, numa manobra de frenagem, sem freios, em que o corpo é o principal elemento. Pedalei na bicicleta do tatuador, mas essa modalidade não é para mim. Prefiro a segurança dos freios...
Estávamos em oito ciclistas e o tempo previa chuva. Então saímos da Praça da Bandeira às 19h20 e fizemos um pequeno percurso até o Terminal Norte de Ônibus e retorno à Praça. Uma foto do grupo para esta postagem e eu aproveitei para testar uma nova bicicleta, dobrável, que me acompanhará nos bagageiros de ônibus e aviões em futuras viagens Brasil afora.
Para finalizar, recomendo que assista o vídeo abaixo, e aos governantes uma dica: Joinville precisa de mais ciclovias e os ciclistas de mais proteção nas ciclofaixas.



Leia mais sobre o tema:
O mau exemplo de Joinville, danem-se os ciclistas
Prefeito, construa e eles virão
Nudez com sensatez
Nus em bicicletas pedalam por ruas da capital gaúcha
Bicicletada pelada
A besta fera assassina
Incentivo fiscal para bicicletas
Mais de 1600 ciclistas invadem Porto Alegre
Di, Dá Dó no Fórum Mundial da Bicicleta
Deputado catarinense Mariani quer manual para ciclistas
Vicie-se, por favor
Vereador de Curitiba, PR, defende ciclistas
Fui atropelado e posto à nocaute

sexta-feira, 22 de março de 2013

IVC finaliza projeto e escola se torna referência

A manhã do Dia Mundial da Água, no 22 de março de 2013, foi de comemoração entre ambientalistas, professores, gestores públicos e comunidade da Estrada Palmeiras, do bairro Rio Bonito, no Distrito de Pirabeiraba, em Joinville, SC.
Às 10h, dezenas de convidados serviram-se de delicioso café para a comemoração que contou com a presença do secretário municipal de educação, Roque Mattei e parte da sua equipe.
Na Extensão da Escola Municipal Rural de Ensino Fundamental Hermann Müller, o IVC implantou dois sistemas que são modelo de sustentabilidade e financiados com recursos públicos do FMMA (Fundo Municipal de Meio Ambiente) em parceria com a Fundema (Fundação Municipal do Meio Ambiente). 
O mais complexo trata-se da coleta, reservação, tratamento e aproveitamento da água de chuva. O segundo, a transformação de todo o resíduo orgânico da escola, e também das casas dos alunos, em adubo via compostagem.
Todo o projeto pode ser conferido no fim desta postagem com diversos links de reportagens feitas durante a implantação.

Ao visitar os sistemas instalados pelo projeto Eco-Escola implantado pelo IVC (Instituto Viva Cidade), Mattei ficou entusiasmado.
"É isso que precisamos fazer em todas as escolas do município", comemorou o secretário, que fez a abertura oficial do evento.
O presidente do IVC, ambientalista João Carlos Farias, mais uma vez reiterou ao secretário que os voluntários da Oscip (Organização Social Civil de Interesse Público) desejam realizar mais parcerias como esta. "Diga ao prefeito Udo e a toda a sua equipe na Secretaria de Educacão, que os associados do IVC querem ajudar o poder público a realizar obras como esta, que promovem enormes benefícios ambientais para as comunidades onde são implantados".

O casal Marcos Llerena e Rosenete Eberhardt valorizaram o evento com músicas de repertório próprio exaltando a natureza. A diretora da escola, professora Silvane Aparecida de Almeida Silva, lembrou aos participantes que o casal é da comunidade do Rio Bonito.
Os responsáveis pelas obras de instalação dos equipamentos do Eco-Escola estavam felizes com mais este projeto, pois cada peça, cada sistema é um elemento didático, de pesquisa, estudo nas aulas da escola que é uma das mais comprometidas com o meio ambiente que o IVC tem conhecimento. "Fizemos uma pesquisa para eleger qual escola municipal iríamos premiar com esse projeto. Ao conhecer a Hermann Müller e o trabalho dos seus professores não tínhamos dúvidas", diz Farias, que também é conhecido como Doutor Água e que nasceu no dia 22 de março, sendo homenageado com o tradicional "Parabéns a você", numa iniciativa da diretora.
Outras imagens do evento:






Leia mais sobre o tema: 
Escola modelo é 100% meio ambiente
Matéria oficial sobre o evento no sítio da Prefeitura
A primeira confraternização do IVC
Eco-Escola entra em operação na inauguração da Gibiteca
Diretoria IVC Gestão 2012/2014