Será no dia 22 de agosto de 2015 (sábado), às 19h30, no auditório da Estação da Memória (antiga Estação Ferroviária), ao lado do MUBI (Museu da Bicicleta) e com acesso gratuito ao público.
Em Joinville, o desrespeito de alguns motoristas aos espaços reservados aos ciclistas é abusivo
Quando assisti ao filme, em São Paulo, saí da sala de cinema, em 22 de junho, decidido a fazer o que fosse possível para trazê-lo aos joinvilenses. Como cicloativista assumi a organização do evento e já está tudo definido e confirmado.
Minha iniciativa contou com o entusiasmo de outro apaixonado por bicicletas, o Coordenador da Estação da Memória, ciclojornalista Valter Bustos, com o carinho de Aline Cavalcante, protagonista no filme, com a solicitude de Josi Campos, da VIDEOCAMP e a parceria de Guilherme Gassenferth, diretor da FCJ (Fundação Cultural de Joinville).
Bicicleta está no "DNA" das famílias joinvilenses que são facilmente mobilizadas
para passeios ciclísticos que costumam tomar ruas da cidade esporadicamente
para passeios ciclísticos que costumam tomar ruas da cidade esporadicamente
Conheci Aline em 2013, no II Fórum Mundial da Bicicleta, em Porto Alegre, RS, evento em que também fui um dos palestrantes para contar minha experiência de vida após ter optado por transformar a bicicleta no meu principal veículo de locomoção e desfazer-me de todos os veículos motorizados que eu tinha. Uma das mais acertadas decisões da minha vida... Ela passará o fim de semana em Joinville e estará presente para uma conversa após a exibição do filme.
Joinville já foi a Cidade das Bicicletas. O
município tem no seu calendário oficial a
"Semana da Bicicleta", instituída em dezembro de 2013, através da lei nº 7666,
coincidindo com os festejos de aniversário do município, em 9 de março
"Semana da Bicicleta", instituída em dezembro de 2013, através da lei nº 7666,
coincidindo com os festejos de aniversário do município, em 9 de março
"Joinville, Cidade das Bicicletas". Hoje isso soa tão falso quanto dizer que é a "Cidade dos Príncipes", pois a realeza nunca pisou aqui.
Mas, a cidade tem vocação natural -praticamente toda plana-, e histórica. Tanto que sedia o único museu de bicicleta da América Latina.
Ciclistas passam em frente ao Centreventos Cau Hansen, onde acontece o maior festival de dança do mundo. Isso sim, dá para afirmar, que Joinville seja a "Capital Mundial da Dança"
A exibição do filme Bikes Vs Cars será uma excelente oportunidade para os joinvilenses refletirem e, torço, para que possa ajudar a mobilizar forças à recuperação do título de "Cidade das Bicicletas".
Motivos não faltam, como se pode conferir nesta reflexão dos divulgadores do filme.
"Em 2012, havia 1 bilhão de carros no planeta. A previsão é de que em 2020 este número suba para 2 bilhões, o que certamente implicará em mais congestionamento e menos mobilidade. Mas como evitar que as grandes cidades parem? Como garantir a fluidez nas vias integrando o carro, o transporte público e vias alternativas de locomoção, como a bicicleta?
A experiência mostra que construir mais ruas, rodovias, pontes e viadutos não é a solução, pois quanto mais vias, mais veículos para circular nelas. Por outro lado, é impossível abandonar totalmente o carro em algumas cidades que não contam com outras opções de transporte eficientes. O que fazer, então?
O grande embate do momento no Brasil ocorre entre carros e bicicletas, e o debate é fundamental para encontrar soluções em que ambos os meios de transporte possam conviver em harmonia e, mais importante, que seu uso adequado transforme o trânsito das grandes cidades, hoje um cenário de guerra, em um ambiente de tranquilidade, fluidez e paz.
Para isso, é preciso questionar os motivos que levaram à supremacia automotiva e que sustentam a predominância dos carros nos grandes centros urbanos, como o lobby da indústria automobilística e a influência do dinheiro que esta indústria movimenta.
Quer ver um exemplo sistemático de motoristas desrespeitosos?
Vá ao Mercado Público Municipal de Joinville no sábado. Esta pista para bicicletas vira estacionamento.
E a guarda municipal? E a Polícia Militar? Órgãos públicos incentivam a infração premiando a impunidade
É possível mudar este cenário? Qual o papel da bicicleta neste novo modelo de mobilidade urbana, em que se pretende devolver a cidade a seus cidadãos, para que todos possam ocupá-la igualmente, independentemente do meio de transporte escolhido?
Experiências de sucesso em grandes capitais com problemas de trânsito pelo mundo mostram que não se faz uma ciclovia a partir da demanda gerada por ciclistas, mas sim para convidar as pessoas a optarem por outros meios de transporte, que não o carro. Foi assim em Copenhague.
Hoje capital mundial da bicicleta, a cidade já sofreu com grandes congestionamentos na década de 1950, quando o jovem arquiteto Jan Gehl, recém-contratado pela prefeitura, resolveu arriscar uma solução: fechar as ruas para os carros.
Os comerciantes e moradores de Copenhague não aceitaram a novidade, a revolta foi geral. Mas, com o tempo, Gehl venceu a batalha e ganhou o apoio de todos, provando que quanto mais ciclovias existem, mais gente pedala e melhor fica o trânsito, a qualidade do ar e a qualidade de vida da população. Porém, foram necessários 20 anos para alcançar o sucesso.
Esse é o cartaz do nosso evento em Joinville, SC
No Brasil, ainda estamos pedalando lentamente nesta direção, mas já existem alguns sinais de mudança. O Rio de Janeiro, por exemplo, é hoje o município com a maior extensão de ciclovias da América Latina: sua malha cicloviária passou de 150 km, em 2009, para os atuais 380 km, com meta de atingir 450 km até 2016, distribuídos em todas as regiões da cidade. Em São Paulo a malha cicloviária também começa a aumentar, mesmo sob protestos. Este ano a capital já ganhou 78,3 km e a meta é fechar 2014 com 200 km implementados. A meta total é de 400 km de ciclovias até o final de 2015.
Ainda há muito que se caminhar – ou melhor, pedalar – debater, mudar. Mas a largada foi dada e o debate, que é o meio mais eficaz para se transformar realidades, já começou. E dele todos podem – e devem! – participar, porque a cidade, se ainda não é, deve ser planejada, cuidada e melhorada por todos, e para todos."
Se você quiser ajudar a divulgação da exibição do filme em suas redes sociais use as hashtags
#bikesvscarros #precisamosfalarsobreisso #videocamp #movedbymovie #mff
De acordo com a Prefeitura de Joinville, quando se avalia a divisão modal por veículos, o município possui elevados percentuais de uso de bicicletas (11,13%) e superiores a outras cidades brasileiras, que possuem rede cicloviária implantada. Somado este percentual ao modo a pé (23,11%), as viagens não motorizadas correspondem a 34,25%; já as viagens motorizadas, 65,75%. Entre os modais motorizados, 37,41% correspondem ao transporte coletivo, enquanto o restante ao transporte individual.
Atualmente, Joinville possui 125km de vias cicláveis. Por notas oficiais, a Fundação IPPUJ, através de seu presidente Vladimir Constante, diz que a meta é ampliar para 730 km até o ano 2025.
A prefeitura está empenhada também no Projeto das Bicicletas Públicas como alternativa para para melhorar a mobilidade urbana da cidade. Elaborado também pela Fundação Ippuj, o plano prevê a criação de 60 estações de integração, também chamadas de pontos de compartilhamento de bicicletas.
As estações estão sendo instaladas inicialmente em locais de grande circulação de pessoas com o objetivo de beneficiar 14 bairros disponibilizando 300 bicicletas.
As bikes ficarão mais concentradas na área central e num raio de 4 km a partir da estação ferroviária e da Univille, no sentido Sul-Norte, e do Parque Zoobotânico e da Cidadela Cultural Antarctica, no sentido Leste-Oeste.
Realização deste evento:
FCJ (Fundação Cultural de Joinville)
Organização deste evento:
Cicloativista Altamir Andrade
Apoiadores deste evento:
IVC (Instituto Viva Cidade)
COL (Clube de Oratória e Liderança)
PMJ (Prefeitura Municipal de Joinville)
MUBI (Museu da Bicicleta)
EMEM (Estação da Memória)
JOV (Jornal O Vizinho)
JOI (Jornal O Joinvilense)
Leia mais sobre o tema neste blog:
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