Foi assim o encerramento do primeiro dia do Segundo Fórum Mundial da Bicicleta, em 21 de fevereiro de 2013, em Porto Alegre, RS.
Acompanhei algumas oficinas e fiz alguns registros fotográficos que ilustram essa postagem.
Gentileza ao Pedalar contou com a participação de quatro painelistas que optaram por uma "conversa" com a plateia ricamente participativa.
Henrique Weyne, Renato Pecoitz, Alex Magnum e Letícia Cecagno
O foco da discussão, a paz no trânsito. Renato Pecoitz, que pedala desde os quatro anos de idade, não tem dúvidas. "Quando o egoísmo impera, as coisas começam a dar errado". E esse é um dos mais sintomáticos problemas da "guerra" no trânsito. Cada motorista se sente dono de toda a infraestrutura viária; que ele tem todas as preferências, mesmo na irracional competição egoísta com outros motoristas. Na relação com as bicicletas, essa competição sempre deixa o frágil ciclista em desvantagem.
No fim do dia, público foi atraído pela alegria da Bandinha Di Dá Dó
Para Pecoitz, os ciclistas precisam deixar de olhar os automóveis como se eles fossem "seres vivos". "Devemos olhar nos olhos dos motoristas e menos para os carros".
Tendo a bicicleta como seu veículo de locomoção com média de 28 km/dia de pedalada, Renato Pecoitz comemora que empresas já começam a construir bicicletários e banheiros com chuveiros e armários para seus empregados. Essa é uma tendência irreversível e muitos comércios, shoppings, bancos já perdem clientes por não oferecerem bicicletários em locais seguros e higiênicos.
Mezanino da Casa da Cultura Mário Quintana lotou
para o debater a falta de gentileza no trânsito
Alex Magnum é mensageiro há um ano. O bike boy surpreendeu a plateia ao afirmar que as mulheres motoristas são mais agressivas com os ciclistas no trânsito. "Elas me xingam muito mais, me encaram, me enfrentam, me hostilizam mais que os homens".
Ela também chamou a atenção para outra reação em favor dos ciclistas. "Quando estamos usando equipamentos de proteção como capacetes e sinalizadores, os motoristas nos respeitam mais". O mesmo afirma Henrique Weyne, que é técnico em segurança do trabalho. Segundo ele, depois da Primeira Massa Crítica houve um crescimento muito grande de mobilizações em favor dos ciclistas que têm resultado em ambientes cada vez menos hostis às bicicletas.
Outro objetivo destacado por Zerbinato é a criação e atualização de um banco de dados sobre as políticas públicas e sobre as estruturas cicloviárias visando contribuir para a segurança dos ciclistas e para o encorajamento de novos usuários.
O evento, bem organizado, consolidado no voluntariado, é uma iniciativa que tende ao crescimento, pois oportuniza à sociedade e, principalmente, aos governantes, disponibilidade de grande diversidade de saberes, teóricos e práticos, em favor da bicicleta e dos seus usuários.
No dia 23, às 11h, será minha vez com a oficina "Um ser menos destrutivo".
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Vicie-se, por favor
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A Bandinha di da dó é ótima!
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