Esse recorte é meu, enfim, dos "Dois Irmãos"
Aos mais chegados costumo dizer que gosto tanto da água que não me surpreenderia se tivesse escamas, ao invés de pele. Não perco uma oportunidade de nadar ou mergulhar. Mas, em nenhum outro mergulho compartilhei tanta exuberância de biodiversidade marinha de flora e fauna. Para qualquer lugar onde se olha tromba-se com um espetáculo da natureza.
Trinta e dois anos atrás eu praticava caça subaquática. Eram outros tempos. A partir dos meus vinte anos arpoar tartarugas, lagostas ou peixes tornaram-se apenas lembranças que não trazem saudades. Desde 1979, os habitantes aquáticos só têm apontados, de mim, equipamentos fotográficos ou de filmagem. Acompanhar o "vôo" de uma tartaruga é uma experiência inesquecível.
Com essa nadei por vários minutos, depois de fotografá-la. Trocamos olhares muitas vezes, eu e ela. Mansa. Dócil. Como jamais eu pudera interagir. Nos meus tempos de caçador elas fugiam rapidamente quando me avistavam. Os animais reconhecem fácil os seus predadores. Em Fernando de Noronha eles são protegidos. Multas pesadas e fiscalização constante aliadas à consciência ambiental de praticamente todos que para lá vão criaram um ambiente de convívio que aquele santo, Francisco de Assis, nem seria notado se passasse por lá nesses tempos.
Devo fazer outras postagens dessa minha experiência com outras fotos que me revelaram peixes e cores que só os via em filmes, na internet, nos documentários, em sonhos...Essa primeira postagem vou finalizar com um vídeo. Está registrado quando um albatroz tentou devorar meu dedo. Al-ba-troz!