Foi casual, na Alemanha, em 1996. O encontro que tive com o jornalista Joelmir Beting, que faleceu nessa madrugada de 29 de novembro de 2012.
Joelmir Beting e eu na Feira de Hannover, Alemanha, em abril de 1996
Ele iniciou atuação profissional no jornalismo dois anos antes de eu nascer. Desde criança os telejornais têm sido minha maior atração televisiva. Por muitos anos da minha vida, Joelmir Beting foi meu companheiro virtual diário. Meu mais confiável informante e tradutor do "economês", como costumava dizer.
Quando nos encontramos, na Alemanha, reagi como fã e tive simpática e inesquecível acolhida. Disse a ele que há cinco anos eu estava enveredando para o empreendedorismo jornalístico com o JOV (Jornal O Vizinho).
Expliquei tratar-se de um jornal de bolso com distribuição gratuita de porta-em-porta em Joinville, SC. Ele conhecia a cidade, mas nunca ouvira falar do JOV. Mas eu disse que ele ainda ouviria. Rimos.
No rápido contato - a conversa durou pouco mais de dez minutos -, na despedida, ficou registrado um conselho que pratiquei poucos anos depois. "O jornalismo é apaixonante. Já pensastes em fazer uma faculdade?". Dali em diante comecei a pensar.
Treze dias antes do lançamento do meu primeiro livro "O GIGANTE acuado" e já com 75 anos, Beting, de noticiador, é o noticiado, pela sua morte. Entristeci-me.
Ele tinha razão. A profissão é apaixonante.
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