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terça-feira, 7 de julho de 2020

Signatário Joinvilense é Acelerador dos ODS

Empresas que não se alinharem aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) deixarão de fazer sentido para a sociedade.
A afirmação, que vem se confirmando nos últimos anos, é de Laurence D. Flink, CEO do Fundo de Investimentos BlackRock, que administra sete trilhões de dólares de ativos mundo afora. Flink diz que em uma pesquisa recente da Deloitte, os trabalhadores millennials (também conhecidos como a geração Y, aqueles nascidos entre 1979 e 1995) foram consultados sobre qual deveria ser o propósito principal das empresas. Mais de 63% responderam que “melhorar a sociedade” é mais importante do que “gerar lucro”.
O CEO alerta que nos próximos anos, o mundo verá a maior transferência de riqueza da história: US$ 24 trilhões dos baby boomers (os nascidos entre a década de 1950 e 1960) para os millennials. "E os sentimentos das novas gerações influenciarão suas decisões não apenas como funcionários, mas também como investidores. Conforme essa riqueza muda de geração e as preferências de investimento também se transformam, questões ambientais, sociais e de governança serão cada vez mais significativas para as avaliações das empresas".
Signatário que sou dos ODS venho me especializando no tema e mais uma formação me qualifica como "Acelerador dos ODS".

Realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a formação aprimora habilidades para ajudar empresas, instituições e governos ao alinhamento para a Agenda 2030.
Os 17 ODS têm um conjunto de 169 metas que estão alinhadas à realidade brasileira nas Metas Nacionais dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Desenvolvimento Sustentável é “O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.”
O conceito “desenvolvimento sustentável” ficou mais conhecido quando aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio 92. Todavia é preciso reconhecer que a expressão “desenvolvimento sustentável” ficou muito mais atrelada a questões ambientais, o que pode não ser inteiramente correto.
Para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado entende-se que é crucial harmonizar três elementos centrais: crescimento econômico, inclusão social e proteção ao meio ambiente. OS ODS mesclam, de forma equilibrada essas três dimensões. São como uma lista de tarefas a serem cumpridas pelos governos, a sociedade civil, o setor privado e todos os cidadãos, na jornada coletiva para um 2030 sustentável.
É importante dizer que os ODS não são vinculantes, mas constituem uma poderosa ferramenta de planejamento a médio e longo prazo, que viabiliza o alinhamento nacional e subnacional de políticas sociais, ambientais e econômicas.

Destaco alguns pontos marcantes do curso:
√ Os ODS podem também oferecer um importante arcabouço para orientar políticas públicas. São globais por natureza e são universalmente aplicáveis, o que significa que se aplicam a todos os países do mundo. No entanto, a sua implementação dependerá da capacidade de torná-los realidade em países, regiões, estados e cidades, dependendo de suas capacidades, bem como dos seus níveis e prioridades de desenvolvimento.
Desta forma, o princípio da universalidade não pode ser confundido com uniformidade. Isso é coerente com algo que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento sempre defendeu. Ou seja, não há uma fórmula única para a promoção do desenvolvimento humano. Quem tentar aplicar uma fórmula única de desenvolvimento para diferentes localidades, vai estar fadado ao fracasso.
O conceito “Localização” ou “Territorialização” é o processo de levar em consideração os contextos subnacionais na realização da agenda 2030, desde o estabelecimento de objetivos e metas locais até a determinação dos meios de implementação, bem como o uso de indicadores para medir e acompanhar o progresso, ou avaliar o seu sucesso. Portanto, localização ou territorialização refere-se tanto à forma como os governos regionais e locais podem apoiar a realização dos ODS por meio de ações “de baixo para cima”, quanto à forma como os ODS podem fornecer um arcabouço para uma política de desenvolvimento local.
√ No Brasil, hoje, a confiança, por exemplo, em mídia, segundo o barômetro de confiança da Edelman, mostra então, que a confiança em mídia hoje é 41%, confiança no governo, 28%, enquanto a confiança nas empresas é 57%, e a confiança no seu empregador é de 77%.
Então, o nível de interlocução das empresas com os seus colaboradores e a comunidade é muito direto e muito intenso.
√ O setor privado tem um papel muito relevante na implementação dos ODS, tem uma parte de responsabilidade, dada a influência e o poder que essas instituições têm.
√ Destaque-se também a questão da oportunidade, como mostram vários estudos. Como, por exemplo estudos da “Business Commissions”, que aponta a oportunidade muito grande de mercado na implementação da Agenda 2030. Esse estudo fala em aproximadamente 12 trilhões de dólares em oportunidades de mercado.
√ Os ODS oferecem uma janela de oportunidade para influenciar estratégias políticas em âmbito nacional, regional e local. Considerando que a Agenda 2030 encoraja que os países desenvolvam, assim que possível, respostas nacionais ambiciosas à implementação global desta agenda, nesse sentido esses podem ampliar instrumentos de planejamento existentes que permitam as organizações da sociedade civil influenciar o refinamento dessas estratégias de desenvolvimento.
√ Os ODS oferecem oportunidades para levantar novos fundos. Embora haja o risco de fragmentação dos recursos, onde novas fontes de financiamento se tornam disponíveis, as organizações que representam a sociedade civil podem ter mais oportunidades de conseguir recursos financeiros para ampliar a sua mobilização e colaboração na implementação dos ODS.
√ Os ODS requerem a participação de todos os atores e todas as pessoas, inclusive os representantes das populações mais vulneráveis da sociedade. Essa participação pode se dar na adaptação dos ODS ao contexto nacional, regional e local; na implementação, no monitoramento e na prestação de contas da Agenda 2030. Combinar a ação de pessoas em âmbito internacional, nacional e comunitário em um efeito cascata pode aumentar o alcance e multiplicar os resultados em todas as áreas dos objetivos.
√ Para incentivar a participação de brasileiros em atividades voluntárias, o Governo Federal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD, criaram a Plataforma Nacional do Voluntariado -Viva Voluntário, no ar desde 28 de agosto de 2018.
Essa ferramenta foi concebida em formato de rede social para facilitar o encontro entre organizações que oferecem oportunidades de trabalho voluntário e pessoas interessadas em doar seu tempo.
A plataforma indica ainda como cada atividade contribui para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS da Agenda 2030, como educação de qualidade, igualdade de gênero, saúde e bem-estar, e erradicação da pobreza.

Um pouco mais da minha atuação como signatárrio dos ODS e ativista socioambiental:

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Areias Mortais, uma catástrofe ambiental se encaminha
O desastre da Tupy não Vale?
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Jornalismo continuado, denúncias têm desdobramentos
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Reação de gigante poluidor contra jornalista joinvilense
IVC denuncia prefeituras de Araquari e Balneário Barra do Sul
Defensoria Social e IVC denunciam prefeitura de Balneário Barra do Sul no MPF
IVC reage à graves violações
Loteamento com aterro de rejeitos é denunciado pela Defensoria Social
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"O GIGANTE acuado" já está na livraria
Acontecimentos inesperados, consequências de incalculáveis repercussões
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Livro de jornalista joinvilense é destaque em campanha nacional
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12/12/12, uma data enigmática
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R$ 50 milhões de indenização
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Empresas do PR são denunciadas por crimes ambientais e sonegação fiscal em SC
Governo catarinense é denunciado pela Defensoria Social e IVC
Imperdível, assustador, pois o veneno está à mesa
Barrancos, em Garuva (SC), terra-sem-lei
Uma arma à cabeça, um tiro. Jornalismo é profissão de risco

Saiba mais sobre o IVC, Oscip signatário dos ODS e que atuo, desde a sua fundação, como voluntário:

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Cartas do IV ECEA e IX FBEA
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Documentário "O rio que teima pela vida"
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Duas ONGs comprometidas com o rio Cachoeira
Inauguração na escola Hermann Müller

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Livro de jornalista joinvilense é destaque em campanha nacional contra uso de resíduos industriais na produção de alimentos


Denunciadas como cancerígenas, além de matéria-prima para construção de calçadas, como esta ao redor do 62o BI, no bairro Atiradores, e em obras de saneamento da Cia Águas de Joinville, areias residuais de fundições poderão ser usadas na agricultura para produção de alimentos

A Defensoria Social denuncia que é absurda a articulação empresarial que pretende criar mecanismos para reuso das areias de fundições em obras públicas e na agricultura. No início do mês de agosto de 2012, o Núcleo de Meio Ambiente da Acij (Associação Empresarial de Joinville) promove um debate com órgãos licenciadores sobre o assunto.
O tema também é destaque no fórum “Diálogos por um Brasil Sustentável”, no mês seguinte, no Rio de Janeiro, ocasião de anúncio de lançamento do livro “O Gigante Acuado” que aborda série de reportagens feitas nos últimos dez anos pelo JOV (Jornal O Vizinho) sobre o destino inadequado das areias residuais da Tupy Fundições S.A. em Joinville.
A maior e mais industrializada cidade de Santa Catarina lidera a iniciativa de uso de resíduo industrial na produção de alimentos. Para a Defensoria Social, nem produtos orgânicos estarão livres dos contaminantes. A entidade inicia uma campanha nacional contra a iniciativa que está para ser votada e aprovada pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
Um dos mais importantes estuários do hemisfério sul, a Baía Babitonga, está assoreado e contaminado por dejetos industriais, principalmente de indústrias joinvilenses

As indústrias de fundições deveriam depositar suas areias residuais em aterros industriais controlados. Mas, a maior fundição do mundo do setor, a Tupy Fundições S.A., com sede em Joinvile, SC, no bairro Boa Vista, tem no seu histórico o registro de espalhamento de milhares de toneladas pela região. Até poucos anos os moradores podiam retirar, gratuitamente, o que era tido como “areia boa” do pátio da Tupy para espalhar em seus terrenos. “Areia boa” porque nem tiririca nasce onde o resíduo industrial é espalhado.
Outras milhares de toneladas estão assoreando a Baía Babitonga. Segundo o IGWC (International Global Water Coalition), que tem sede em Genebra, na Suiça, animais desse ecossistema, como as toninhas, estão contaminados com elementos cancerígenos residuais também de fundições.
Quando a Tupy Fundições tinha seu próprio porto nos fundos da indústria na Lagoa Saguaçú, barcaças traziam areia virgem do bairro Paranaguamirim. Quando retornavam, não iam vazias, muitas levavam areia residual que ia sendo espalhada pela Baía. 
As montanhas de areia que deveriam estar nos fundos da indústria estão, invertidas, como icebergs, na Baía Babitonga, assoreando-a e contaminando um dos mais importantes ecossistemas do hemisfério sul, de acordo com o Movimento Grito das Águas.
Prefeitura tem histórico criminoso também. Para piorar, obras públicas foram construídas com essas areias. Quadras de esportes principalmente em bairros nos arredores da empresa foram aterrados com areias contaminadas com elementos cancerígenos, doadas pela empresa para a prefeitura. Estradas e praças também. Durante anos, a indústria livrou-se de enorme passivo ambiental e socializou-o com a população contaminando praticamente todo o lençol freático da região.
alguns anos o JOV (Jornal O Vizinho) vem alertando sobre essas práticas. A empresa se viu obrigada a parar com as doações da “areia boa”. Mas, está encontrando outro caminho para, mais uma vez, socializar seu passivo ambiental com a sociedade.
Num movimento apoiado pela Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) e Acij (Associação Empresarial de Joinville), essas areias estão sendo usadas para produção de pavers (blocos de cimento) usados na construção de calçadas, como a que circunda o 62o BI de Joinville, no bairro Atiradores.

Outras obras públicas como escolas também devem ser “beneficiadas” com essa generosidade da empresa que conta com o apoio e a defesa do atual governo municipal de Joinville, sob o comando do petista Carlito Merss.
Outro destino ainda mais “nobre” está sendo defendido por empresas do setor. O uso das areias residuais de fundições na agricultura. Em maio desse ano, engenheiros e especialistas da Tupy Fundições S.A. fizeram apresentação e defesa dessa prática em reunião do Comdema (Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente), na Acij.
Na ocasião, uma das maiores especialistas no assunto, e também conselheira do Comdema, foi pragmática. A Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Univille, que foi uma das primeiras a pesquisar o reuso de areias de fundições no país, alerta que o uso do resíduo na agricultura é um risco. “Não há estudo de longo prazo, ensaio crônico, para afirmar que o uso das areias residuais de fundições não farão mal à saúde humana”, enfatizou a Dra. Therezinha Maria Novais de Oliveira. “O efeito da toxidade crônica pode aparecer só na terceira ou quarta geração”, alertou aos conselheiros, rebatendo as alegações dos representantes da Tupy Fundições S.A.
Em réplica à pesquisadora, os técnicos da empresa alegaram que nos USA as areias residuais de fundições já são reaproveitadas na construção civil e também na agricultura. Therezinha Novais lembrou que não se pode confiar num país que não assinou o protocolo de Kyoto. “Não dá para usar seus parâmetros como referência”, rebateu a especialista joinvilense. “Devemos nos preocupar com esses ‘padrões’ que dizem estar tudo OK ou com o futuro das nossas gerações”, interpelou a Pró-Reitora da Univille.

O Secretário Geral da Defensoria Social faz coro com a joinvilense e vem denunciando essas práticas que classifica de “criminosas” contra a humanidade. “As fundições estão se livrando de seus passivos ambientais contaminando o solo, os lençóis freáticos, o ar, rios e mares, como acontece em Joinville. Vamos mobilizar o mundo para impedir esse absurdo liderado por Joinville”, avisa Leonardo Aguiar Morelli

O Conama está em vias de votar e aprovar o uso de areias de fundições na agricultura para a produção de alimentos. Segundo Morelli, "algumas 'cabeças iluminadas' das empresas joinvilenses Tupy e Schulz lideradas pela Fiesc apresentaram esse absurdo ao Conama e convenceram seus técnicos de algo que o Ministério da Saúde é contra. Se for aprovado eles vão colocar mais veneno nas mesas dos brasileiros".
“O Gigante Acuado” marca início de campanha nacional contra o reuso inadequado das areias de fundições. Em setembro de 2012, no Rio de Janeiro, no Fórum “Diálogos por um Brasil Sustentável” será anunciado o lançamento do livro que narra o histórico de reportagens e denúncias contra o reuso das areias da Tupy Fundições S.A. publicados nos últimos dez anos no JOV (Jornal O Vizinho). “É parte da história do menor jornal do Brasil num embate contra a maior fundição do mundo. Uma luta de ‘Davi X Golias’ onde o poder político e econômico vem sufocando e penalizando o jornal, mas que seu editor foi reconhecido pela ONU 'Parceiro da Paz e Sustentabilidade', honraria conferida em eleição por colegiado de 14.000 jornalistas de 30 países e que será lançado em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos”, anuncia Morelli.
A Defensoria Social denuncia que é absurda essa articulação empresarial que pretende criar mecanismos para reuso das areias de fundições em obras públicas e na agricultura e que ainda conta com a conivência de alguns profissionais de órgãos ambientais do setor público como a Fatma (estadual) e a Fundema (Municipal). "A Fatma é um órgão público comandado por indicações políticas comprometidas com o poder econômico e que tem relações promíscuas com muitas indústrias. Mas, nem todos os seus técnicos e líderes pactuam com isso. Tanto que a Fatma de Joinville, no passado, foi contra o reuso das areias da Tupy Fundições S.A. Então, tudo agora está sendo decidido por Florianópolis. Nem os fiscais de Joinville podem entrar na empresa. Só os da Capital".
Morelli, que também é Coordenador Executivo da Alades (Agência Latinoamericano para o Desenvolvimento Sustentável) diz que a Tupy nunca abriu as portas para que se pudesse conferir o destino das areias fenólicas. "Eles dizem, inclusive, que o aterro deles está desativado, como determinou uma ação do Ministério Público Federal. Mas, continuamos a receber denúncias de empregados da própria empresa que eles ainda depositam areias residuais e as misturam com a fenólica, que é cancerígena. Tudo isso está se transformando em calçadas e pode ir também para a agricultura, como fertilizante, para a produção de alimentos".