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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Heil Dilma

Na tarde de 07 de dezembro de 2014, fui ao chamamento do senador Aécio Neves. Eu e outras aproximadamente duas mil e quinhentas pessoas, segundo um policial militar que pediu para não ser identificado porque não poderia ser porta-voz dessa informação. Respeitei-o e, dada minha experiência de anos organizando grandes eventos em Joinville, SC, como Festa das Flores e Fenachopp, conferi que o policial sabia o que dizia.
Fiquei surpreso com tudo o que vi e ouvi naquela tarde. A começar por esta imagem.
É possível que eu tenha sido o único que conseguiu registrar o cartaz do "Heil Dilma", pois cheguei cedo, às 14h30, ao MASP, na Avenida Paulista. E quando vi os organizadores do caminhão de som com a faixa do Movimento Brasil Livre colando o cartaz, fiz a foto imediatamente.
Meu ato chamou a atenção de uma mulher que estava na calçada (o dedo que aponta o cartaz é dela) que ao ver meu crachá de jornalista deve ter sentido que o cartaz poderia trazer complicações e mandou retirá-lo. "Tirem isso daí que vai dar merda", no que foi atendida imediatamente.
Basicamente esse era o nível do evento convocado por Aécio Neves, pró impeachment (impedimento) de Dilma Rousseff.
Lobão ficou de bobão
Com uma hora de atraso chegava na Avenida Paulista outra liderança do "Fora Dilma" o Lobão. Ainda distante uns 100 metros do MASP fiz este registro.
Gosto desta foto. É um quadro perfeito para um debate semiótico. Lobão, cães que ladram (eram dois, um está atrás do ex cantor), moradores de rua, Itaú, Avenida Paulista... Emblemática a foto, neste seu tempo! 
Lobão ficou de bobão no evento. Ele até chegou alegre, dando autógrafos e posando para fotos. Mas, não demorou muito para mudar o seu humor. Bobão, quero dizer, Lobão estava puto com o Aécio. E naquele momento, isso já era perto das 17h, ainda não sabia ele que o senador, naquela tarde ensolarada, estava curtindo a Bela & Santa Catarina, mais especificamente a praia de Balneário Camboriú.
Para muitos gostos

Havia uma linha de produção de cartazes para muitos gostos.







 Quando cheguei, embaixo do vão do MASP estavam centenas de pessoas que participavam de um evento do Movimento Superação com dezenas de cadeirantes, familiares e simpatizantes presentes.
Mas, os integrantes do Movimento Vem pra Rua tinham pressa, e oito minutos antes do seu horário invadiram o tempo dos praticantes de um dos mais justos atos de cidadania. O desrespeito dos apressados obrigou os deficientes a gritarem mais alto do seu caminhão para terem o que lhe era de direito assegurado e combinado.
Ânimos acalmados e, terminado o evento do Superação, esperava para entrar em cena um grupo de percussionistas carioca; surdos, que ocupariam o espaço. Foram impedidos de armar seus tambores embaixo do MASP sob berros de integrantes do Movimento Brasil Livre e intervenção de populares que foram interceder em favor dos surdos, pois tinham a certeza de que seriam agredidos. E por pouco não aconteceu.
Os cariocas foram, desolados, para o outro lado da Avenida Paulista. Não vi se depois voltaram.

As animosidades não cessaram. Eram 3 caminhões de som. Movimento Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre,  Movimento Intervenção Militar Já.
Também estava lá outro caminhão, do www.ronaldobrasileiro.com.br. Era muito caminhão para pouca areia...
Num determinado momento, manifestantes que desejam o golpe militar começaram a agredir violentamente verbalizando palavrões contra Dilma Rousseff. Os integrantes do Movimento Brasil Livre se obrigaram a gritar que eram contra a intervenção militar, tal a violência verbal.
Os ânimos se agitaram no piso do MASP e a Polícia Militar se viu obrigada a fazer uma barreira dupla de policiais para separar os integrantes dos dois movimentos.

Eu acompanhava estas manifestações como a maioria dos brasileiros. Pelos veículos de comunicação e internet. Me assustava. Confesso que saí de São Paulo mais tranquilo.
Os reacionários que estavam lá, naquela que seria a maior mobilização contra a Dilma, a última do ano, liderada pelo seu opositor maior, foi um fiasco. Não há discurso.
Sobra ódio.
E muita mentira
No domingo, acessei o facebook e vi uma postagem de um ex-candidato a vereador pelo PSDB joinvilense.  O empresário, que estava em Joinville, postou um link com uma imagem borrada de uma aglomeração em frente ao prédio da Fiesp afirmando tratar-se do evento do dia 07. Tratava-se de mais uma das tantas mentiras postadas nas redes sociais pelos opositores de Dilma.
Mais uma das tantas mentiras veiculadas na grande mídia, como a capa da Veja às vésperas das eleições. Uma revista que se transformou num panfleto político partidário dos mais mentirosos deste país. E mesmo depois de desmascarada, a revista, ainda havia cartazes com aquela vergonhosa capa desfilando também no evento dia 07...
Por isso estou aliviado. Porque o PIG (Partido da Imprensa Golpista) tem contra ele a internet, as redes sociais, para desmascará-lo imediatamente.
Não sou. Nunca fui. E provavelmente nunca serei petista. Fui até tratado como inimigo na gestão petista joinvilense. É só conferir postagens feitas neste blog.
Mas, também sei odiar.
Odeio a mentira.
Odeio o golpismo.
Odeio o reacionarismo.
Odeio a hipocrisia.
Estou aliviado porque neste caso os protagonistas destes meus ódios são poucos. Numericamente insignificantes. Poderosos, sim! Mas, a sociedade brasileira na sua maioria é de gente do bem. De Brasileiros que irão às últimas das suas forças para manter e fortalecer o regime democrático.
E isto quer dizer que também devemos permitir que reacionários, mentirosos, hipócritas e odiosos possam se manifestar. Assim é a democracia.
Mas liberdade é diferente de libertinagem... como a desta imagem:

Ou como as agressões verbais ditas por manifestantes que ocuparam o carro de som do Movimento Intervenção Militar. "Chega dessa Dilma Filha da Puta, Vagabunda..."

Outras postagens neste blog com as temáticas, administração pública e política